Feriado santo não édia de falar em problemas — a não ser, naturalmente, com o próprio santo do dia. O título acima, por exemplo, até parece, mas não tem nada a ver nem o Temer nem como Crivella. Tr atasede uma referência que us opara obras de suspense em geral, aquelas quenos prendem do início ao fim, masque agentes abe que só contam mentirinhas. e legítimo entretenimento—com ose isso fosse pouco. Não é, pois elas existem para nos recarregaras baterias, sem depor contra nossa inteligência.
É nessa categoria que incluo ‘O livro dos Baltimore ’, do Joel Dicker. S ou fã d ele desde‘ A verdades obre ocas o H arry Quebert ’, obrigatório para quem quer aprender como se estrutura um bom romance. Vale quanto pesa.
Não é diferente em ‘Baltimore’, em que um escritor de sucesso investiga o que aconteceu coma própria família, metida numa série de mistérios, crimes e tragédias pessoais. E ele ainda reviveu ma antiga paixão, daquelas que agente achaque já mor reumas, quando percebe, continua nos atazanando.
Joel me pegou mais uma vez. Ele sabe contar uma história sem pressa de ser feliz. Haja talento. Só o larguei na última página — ao custo de uma noite em claro e um dia seguinte sonolento. Mas valeu. Avidaé curta.
Também por isso, aliás, recomendo a leitura, ou releitura, de Machado de Assis, na pele de ‘Dom Casmurro’. Para quem não está ligado, é nessa obra que vive a Capitu, aquelados olhos de ressaca,de cigana oblíqua e dissimulada. É oro man cedo ciúme, da insegurança, das dúvidas e, também, dos segredos que morrem como tempo. Volto a ele justamente par atestara consistência dos meus ciúmes, minhas inseguranças, alguns segredos. Com a graça do Machado de Assis, fica fácil atravessar a história outra vez. É como rever amigos.
Foi o que fiz esta semana. Devo confessar, entretanto, que o fiz por pura afeição pela edição caprichada da Carambaia, que há meses ficava me seduzindo com seu formato mignon, capa dura, fotos do Augusto Malta... Com fetiche não se brinca. Por isso, para reencontrar Capitu, tratei de seguir o conselho de Oscar Wilde e me livrei da tentação da melhor maneira: me entregando a ela. Custou-me não os olhos da cara, mas um pedacinho do rim... Foi tipo R$ 100. Nem doeu.
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