domingo, 17 de abril de 2016

Impeachment sem achar provas concretas contra Dilma, é golpe, diz The New York Times - Você sabia disso ?

Editorial do jornal norte-americano “The New York Times” divulgado nesta segunda-feira (17) afirma que forçar a saída da presidente Dilma do cargo sem “evidência concreta de malfeito, traria sérios danos para a democracia” brasileira. De acordo com o jornal , não há benefício em troca da mudança e também não há nada que indique que outro político (Talvez esteja falando de Aécio, que quer a faixa da presidente)  faria trabalho melhor na economia.

Dilma x Collor: o que impeachment de hoje difere do de 92 - Você sabia disso ?

Caso o processo de impedimento do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) seja aprovado por dois terços dos deputados da Câmara neste domingo (17), os brasileiros estarão um passo mais próximos de ver o segundo impeachment da história do país.

Dilma, Temer, nem Dilma nem Temer: Qual o destino da República brasileira? - Você sabia disso ?

Com um movimento comparado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao de uma bolsa de valores, com uma “guerra de sobe e desce”, governo e oposição iniciam o dia em que o plenário Câmara dos Deputados decide se dá prosseguimento ao pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff em clima de instabilidade.

23 investigados na Lava Jato decidem neste domingo impeachment da presidente - Você sabia disso ?

Dos 513 deputados federais que têm direito a voto na sessão deste domingo, 17, que vai decidir sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, 23 são investigados pela força-tarefa da Operação Lava Jato, que apura corrupção e desvios na Petrobrás. Todos os parlamentares são alvo de inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal, a quem cabe julgar integrantes do Congresso que detêm prerrogativa de foro privilegiado.

O partido com mais deputados investigados na Lava Jato é o PP, com 17 parlamentares. Desses, 13 já declararam voto a favor do afastamento da presidente, dois são contrários à saída de Dilma da Presidência, um está indeciso e um não quis informar seu posicionamento. O partido decidiu orientar sua bancada a votar, na sessão deste domingo, a favor do impeachment, mas o posicionamento não é unânime entre os 45 deputados da legenda que devem participar da votação.

A maioria dos deputados do PP foi citada pelo doleiro Alberto Youssef, delator da Lava Jato. Youssef relatou "mesadas" de R$ 30 mil a 150 mil aos parlamentares como "cota" do partido no esquema na Petrobrás.

Do PMDB, são alvo de inquéritos o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), desafeto do governo Dilma que já declarou voto favorável ao impeachment, e Aníbal Gomes (CE). Cunha foi denunciado pelo Ministério Público Federal acusado de corrupção e lavagem de dinheiro e virou réu. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em denúncia ao Supremo Tribunal Federal, acusa o presidente da Câmara de ter recebido propina no valor de ao menos US$ 5 milhões para viabilizar a construção de dois navios-sonda da Petrobrás, no período entre junho de 2006 e outubro de 2012. O peemedebista nega envolvimento em irregularidades. Um pedido de Janot para que Cunha seja afastado da presidência e do mandato de deputado será julgado pelo Supremo em data ainda indefinida.

O PT também tem dois deputados na mira da Lava Jato. Vander Loubet (MS) e José Mentor (SP) são apontados como recebedores de dinheiro originário do esquema na Petrobrás. A Procuradoria-Geral da República ofereceu denúncia no fim do ano passado contra Loubet - a acusação afirma que o petista participou de esquema envolvendo a BR Distribuidora.

Na denúncia que entregou ao Supremo contra o deputado de Mato Grosso do Sul, a quem acusa por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o procurador descreve o esquema de corrupção instalado na subsidiária da Petrobrás. Janot afirmou que o senador Fernando Collor (PTB-AL) tinha um "bando de asseclas" agindo na BR Distribuidora.

O Supremo investiga, ainda, o parlamentar Júlio Delgado (PSB-MG) e o Missionário José Olímpio, ex-PP e atualmente filiado ao DEM. Ambos são a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A maioria dos parlamentares foi citada pelo doleiro Aberto Youssef e pelo ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa. Os dois delatores da Lava Jato citaram dezenas de políticos como beneficiários do esquema de corrupção na Petrobrás e os depoimentos ajudaram a embasar o pedido feito pelo procurador-geral da República de abertura de inquéritos contra parlamentares no Supremo, em março do ano passado.