terça-feira, 23 de julho de 2019

Artigo de Opinião - 'Homemcídio' e vaginofobia - Nelson Motta

A pergunta que todo homem que tem filha deve se fazer é: você gostaria que sua filha fosse tratada como você trata as filhas dos outros? E sua mãe? E sua irmã? O que faria se a visse sendo assediada na rua? Sendo espancada por um homem que ela não quer mais? Com fotos íntimas divulgadas na internet por um ex-namorado vingativo? Só imagine.

Você sabia disso ? - O homem que odiava Machado de Assis

Machado de Assis é arqui-inimigo de protagonista em romance que aborda racismo contra o escritor
Livro mistura ficção com fatos reais sobre o Bruxo do Cosme Velho
Jan Niklas
15/06/2019 

Você sabia disso ?


Artigo de Opinião - O país que mais mata LGBTQIA+ -

O país que mais mata LGBTQIA+

A cada 19 horas uma pessoa lésbica, gay, bissexual, trans ou travesti é assassinada, segundo relatório do Grupo Gay da Bahia, uma das maiores organizações para os direitos LGBTQIA+ do país

Por O Dia
Rio - A Avenida Paulista reuniu mais de três milhões de pessoas para a 23ª Parada do Orgulho LGBTQIA, no mês passado. Ironicamente, no mesmo local, um casal homossexual que andar de mãos dadas pode ser vítima de homofobia. A situação reflete uma realidade ainda muito dura da população LGBTQIA+ no Brasil, onde a cada 19 horas uma pessoa lésbica, gay, bissexual, trans ou travesti é assassinada, segundo relatório do Grupo Gay da Bahia, uma das maiores organizações para os direitos LGBTQIA+ do país.

Artigo de Opinião - Educação já!!!!

Rio - No ano passado, foi lançada a proposta denominada “Educação Já!”, com o objetivo de propor medidas que, caso sejam implementadas, serão capazes de promover um salto de qualidade na educação básica brasileira, no período de 2019 a 2022. Trata-se de uma iniciativa suprapartidária, liderada pelo Movimento Todos pela Educação, em parceria com outras organizações e especialistas do setor. O documento apresenta uma proposta de estratégia nacional a partir dos conhecimentos consolidados pela literatura científica nacional e internacional, e também pelos resultados das pesquisas de opinião junto a professores e alunos. Da mesma forma, foram levadas em conta as experiências exitosas no Brasil e no mundo. 

Artigo de Opinião - Um livro, um filme, um país

Novo livro da antropóloga Lilia Schwarcz discute as raízes do nosso atraso: mandonismo, desigualdade, confusão entre público e privado
O Brasil tem uma história muito particular. A constatação abre “Sobre o autoritarismo brasileiro”, livro em forma de ensaio da antropóloga Lilia Schwarcz. A autora conduz o leitor por um passado que insiste em se fazer presente. Nele estão as raízes do nosso atraso: o mandonismo, a desigualdade, a confusão entre o público e o privado.

O desprezo pelo ensino superior é uma das chagas mais ancestrais. As primeiras universidades da América Latina datam do século XVI: São Domingos (1538), Lima (1551), Cidade do México (1551). Aqui as elites preferiam mandar seus filhos para a Europa. Só mudaram de ideia no século XIX, depois que Napoleão obrigou a Corte a se refugiar na colônia.
O Brasil foi o último país das Américas a abolira escravidão. Lili a observa que a Lei Áurea libertou, mas não integrou. Depois de 131 anos, a clivagem racial persiste. Os jovens negros têm 2,5 mais vezes de chance de ser assassinados que os brancos .“Criamos uma nação profundamente desiguale racista ”, escreve.
A antropóloga desmonta o discurso de que haveria “coitadismo” ou “mimi-mi” na luta por inclusão. “Faz parte dos discursos conservadores ignorar e desautorizar demandas das minorias”, afirma. “Enquanto persistir o racismo, não poderemos falar em democracia consolidada.”
O brasileiro gosta de se ver como “tolerante” e “pacífico”. Essas definições, argumenta a autora, têm pouca conexão coma realidade. “Não sobrevivem a um enfrentamento no campo, a uma batida da polícia nas cidades, a uma discussão entre políticos, a uma briga no trânsito.”
A política, por sinal, ocupa boa parte do livro. Lilia lembra que a captura do Estado por interesses particulares vem de longe. “Por aqui sempre fez falta o interesse pelo coletivo”, observa. “Como nossa República é frágil, ela se torna particularmente vulnerável ao ataque de seus dois principais inimigos: o patrimonialismo e a corrupção.”
Num salto histórico, a antropóloga vê nas manifestações de 2013 a origem de um processo de radicalização que ainda parece longe do fim. Na visão dela, o impeachment de Dilma Rousseff destampou de vez o “caldeirão de ressentimentos”, liberando os discursos de ódio e a polarização. Ambiente ideal para a ascensão de “pretensos outsiders, políticos autoritários, oportunistas e populistas, que se dizem acima e além dos demais”, escreve. Mais uma vez, o passado ajuda a entender o presente.
Estreia dia 19, na Netflix, o documentário “Democracia em vertigem”. O filme de Petra Costa mergulha nos bastidores da queda de Dilma. Numa das melhores cenas, servidores do Palácio da Alvorada carregam retratos, roupas e até o colchão usado pela presidente deposta. O filme mostra como um deputado do baixo clero conseguiu se projetar na onda antipetista. Numa sequência, ele recebe a equipe de filmagem e exibe, orgulhoso, uma galeria de retratos dos presidentes da ditadura. O dono do gabinete era Jair Bolsonaro.

Bernardo Mello Franco - O Globo - 

Artigo de Opinião - Intolerância, incoerência, irracional, inaceitável

Rio - Nessa última semana o Brasil foi palco de sentimentos de ódio oriundos de criação, índole, convivência e doença. Acho urgente discernirmos os acontecimentos. Existe uma grande diferença entre intolerância, discriminação, preconceito e criminalidade.

Artigo de Opinião - Por direitos e por justiça!

Rio - A percepção da seletividade do sistema de justiça no Brasil incentiva a campanha pela libertação do ex-presidente Lula, maior líder popular da história recente do Brasil. Seu partido – sabiamente - mobiliza sua militância com a campanha Lula Livre, visando a retomada do projeto político interrompido com o golpe de 2015. Mas, as manifestações contra os cortes na educação, desmonte do SUS, precarização das relações de trabalho, sucateamento do sistema previdenciário e outras ameaças ao mundo do trabalho – por interessarem a amplos setores da sociedade - aglutinam mais que a campanha por sua liberdade. E, por não se restringirem à militância no entorno do líder carismático elevado a símbolo, têm maior potencial transformador.

Artigo de Opinião - Ô loko, sô!

Falar em doença mental é coisa antiga e embute muitos preconceitos e ignorância. Muita gente sofre de distúrbios psiquiátricos, mas não os admite. Psicanalistas e terapeutas têm cada vez mais pacientes e impacientes que precisam de ajuda. Não é crime, não é pecado, não é vergonha, nem culpa de ninguém: é da natureza da humana.

Artigo de Opinião - Com estudante não se brinca - Flávia Oliveira

Não é boa política brigar com estudantes, principalmente secundaristas. Nunca foi. O erro político — tanto do presidente da República quanto do ministro da Educação — de preferir viés ideológico a argumentos técnicos para justificar cortes no orçamento de universidades e institutos federais rendeu onda de protestos tão precoce quanto volumosa contra uma gestão que não completou cinco meses. Não à toa, o movimento tomou as redes sociais pela hashtag #tsunamidaeducação.