segunda-feira, 26 de setembro de 2016

6 sites para baixar livros gratuitamente e de forma legal

Quer ler mais sem "sentir dor no bolso"? Separamos sites incríveis que disponibilizam obras para download gratuito. Baixe e-books de forma legal, economize e viaje para lugares incríveis na frente do computador (ou do tablet, ou do reader):

É bom saber .....

Pedimos aos nossos leitores, através das redes sociais, recomendações de livros escritos por autores brasileiros. Mas livros especiais, que haviam mudado a vida das pessoas e que eles recomendavam. Confira aqui algumas das melhores indicações e veja a lista completa das recomendações no fim do post:

Você tem medo da polícia ?

Tua mãe já era", foi o que o adolescente ouviu de um dos policiais. Sua cabeça foi empurrada contra a janela da viatura para que ele a visse dentro do carro, machucada, mãos e pés algemados. No dia 8 de abril, na periferia de Ribeirão Preto, em São Paulo, o jovem de 14 anos presenciou o espancamento da mãe, Luana Barbosa dos Reis, por policiais militares. Cinco dias depois, ela morreria em decorrência de uma isquemia cerebral causada por traumatismo cranioencefálico.

Você sabia disso ? - Precisamos de um currículo que abranja a Humanidade - Antônio Nóvoa

RIO — Cooperação, aprendizado em conjunto, criação, Humanidade, alegria de viver. Palavras e expressões como estas apareceram ao longo da palestra do educador português António Nóvoa, professor e reitor honorário da Universidade de Lisboa, como direções para os novos rumos da educação. Em sua conferência no Educação 360, o sociólogo também disse que a escola deve oferecer uma visão ampla de mundo, o que não se consegue reduzindo a importância de artes, filosofia, sociologia e educação física no currículo.

Você sabia disso ? - 'O fim de um mundo não é o fim do mundo' - Michel Maffesoli

RIO — O sociológo francês Michel Maffesoli abriu o segundo dia do Educação 360, neste sábado, descrevendo uma era dos afetos. Na avaliação dele, a era moderna chegou ao fim em meados do século XX junto de seus paradigmas. O individualismo dá lugar à “pessoa plural”, à crença no presente sai de cena para a valorização do presente, e o racionalismo cai diante do sentimento. Esse é, para ele, o “espírito coletivo” da pós-modernidade. O encontro internacional que recebeu o professor da Universidade de Sorbonne é realizado pelos jornais O Globo e "Extra", em parceria com o Sesc. O evento, que acontece na Escola Sesc de Ensino Médio, em Jacarepaguá, tem apoio da Coca-Cola Brasil, da TV Globo e do Canal Futura.

Você sabia disso ? Renato Russo - Tudo era para sempre

POR SILVIO ESSINGER 25/09/2016 



RIO – Líder da Legião Urbana — a maior banda de rock do Brasil, com mais de 20 milhões de discos vendidos e um memorável histórico de shows lotados —, Renato Manfredini Júnior morreu no dia 11 de outubro de 1996, vítima de complicações da Aids. Já era um mito. Agora, às vésperas dos 20 anos de sua morte, ele será celebrado com lançamentos, eventos e reedições que mostram que, desde 1996, Renato só fez crescer em notoriedade e adoração.

Você sabia disso ? - Brasil leva capoeira da paz a congoleses

Com a luta, cerca de quatro mil menores e jovens da República Democrática do Congo tentam superar violência e se reinserir na sociedade

POR CAROLINA JARDIM 18/09/2016 


RIO — Ao ritmo de berimbau e pandeiro, crianças e jovens da República Democrática do Congo tentam superar uma realidade de intensos conflitos armados, violações e vulnerabilidade. Elas se esquecem, pelo menos por um instante, da infância conturbada, dando espaço a sonhos e planos para o futuro. Desde que o projeto “Capoeira pela paz” desembarcou no segundo maior país da África, há três anos, cerca de quatro mil menores e jovens — de 6 a 25 anos — já foram apresentados à luta brasileira.

Idealizada pelo embaixador do Brasil na República Democrática do Congo, Paulo Uchôa, a iniciativa foi implementada primeiro em Goma, capital da província do Kivu do Norte (área mais violenta do país), para atender crianças desmobilizadas de grupos armados e em fase de reinserção na sociedade. Depois, a prática da capoeira se estendeu a outras localidades. Na capital, Kinshasa, o programa é destinado a menores de rua da periferia. E na região Norte, é aplicado para refugiados nos campos de Mole e Boyabu.

— Quando cheguei ao país, fui tomando conhecimento dos aspectos da realidade local e da situação das crianças. Busquei algum projeto que pudesse contribuir com a pacificação e a reintegração social — contou o embaixador, que praticou capoeira na adolescência. — Nos últimos 40 anos, a capoeira começou a ser abordada pela sua capacidade sociointerativa de promover inclusão e conter a violência. A atividade ajuda as crianças rejeitadas a superarem traumas e a tentarem encarar a ressocialização de maneira natural e suave.

Coordenador do projeto em Goma, o mestre de capoeira Flávio Saudade ressalta que a prática, utilizada como ferramenta social, também oferece a possibilidade de reconstrução da identidade e contribui para a formação humana.

— A criança entra em contato consigo mesma. Tentamos criar um círculo de interação e proteção com apoio da comunidade e das famílias. O objetivo é que elas se tornem multiplicadoras e possam espalhar a capoeira pelo país — destacou Flávio.

Natural de São Gonçalo, o mestre já havia trabalhado em favelas no Rio e no Haiti. Ele descreveu o drama enfrentado pelos capoeiristas congoleses aprendizes, a maioria vítima de violações e brutalidade. Rico em minerais, o país é palco da violenta disputa entre grupos rebeldes armados.

— Muitas das crianças foram raptadas, sofreram recrutamento forçado e tiveram suas escolas e vilas invadidas. A situação para as meninas é ainda pior, pois foram vítimas de abusos sexuais. Com a capoeira, elas aprendem a dominar suas emoções e a perdoar colegas que vieram de grupos armados rivais — complementou Flávio, que também coordenou o projeto "Gingado pela Paz" para haitianos em Porto Príncipe, da ONG Viva Rio.


Na roda, os capoeiristas congoleses demonstram familiaridade com a arte marcial, desenvolvida no Brasil principalmente por descendentes de escravos africanos. Eles relatam até mudanças de comportamento:

— A capoeira leva a raiva embora, tira o comportamento violento de mim. Antes, eu só queria lutar. Quando eu voltar para casa, vou ensinar aos meus irmãos mais novos. Meu sonho é me tornar professor de capoeira — relatou Aimé, de 17 anos, em um vídeo divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Assim como Aimé, milhares de crianças foram sequestradas por grupos armados no país e atuam na linha de frente dos combates — estima-se que mais de três mil ainda estejam sob poder dos insurgentes. De acordo com o embaixador, a redução do comportamento violento dos capoeiristas foi atestada pelos próprios monitores.

— Os instrutores vêm observando uma melhora no comportamento. As crianças ficam mais estimuladas a retomar uma vida normal — acrescentou Uchôa.

Outro aspecto importante, segundo ele, é que o projeto tem ajudado a aliviar as tensões religiosas:

— Um dos problemas nos campos de refugiados são as diferenças religiosas. Cristãos e muçulmanos centro-africanos relatavam ter muito ressentimento. Com a capoeira, aprenderam que podem brincar juntos e se entender através da tolerância.



Além do Brasil, a iniciativa conseguiu apoio de diferentes entidades e países, incluindo Mônaco, Canadá e Suíça. É executada em parceria com o Unicef, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA). Já foram mobilizados cerca de US$ 1,2 milhão — o Brasil destinou US$ 85 mil por meio do Unicef.

Em visita ao país, em fevereiro, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, chegou a arriscar alguns passos de capoeira com as crianças desmobilizadas de grupos armados. O Unicef também usou o esporte brasileiro em campos de refugiados palestinos na Cisjordânia, na Síria e no Iraque. Segundo a organização, a atividade ajuda no bem-estar físico e psicológico dos jovens afetados pelos conflitos no Oriente Médio.



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