A resposta das autoridades é macha, enérgica: mais presídios! É guerra!
“Feliz Ano Novo! Depois desse horrível 2016...’’ Foi o que mais se ouviu na passagem de datas. Pois sim... Deu o dia 1º, e o chamado Estado Islâmico matou 39 pessoas em Istambul. — Começo ruim, mas quem sabe... — No mesmo dia, rebelião no presídio de Manaus matou mais de 60 detentos. Bastou? Nada. No dia 6, outro levante, esse em Rondônia, deixou mais 33 decapitados. Sim, decapitados. Nas duas penitenciárias a selvageria se arrematou com a decapitação dos vencidos. — Briga entre grupos criminosos, disseram. Um pavoroso acidente, foi a fala presidencial, depois de um longo silêncio. A isso chegou a banalidade na percepção do mal. Um secretário do governo federal não se envergonhou de afirmar que uma limpa dessas devia ocorrer toda semana. E o diretor da penitenciária de Manaus pontificou que ali ninguém era santo. — Mas foram os próprios detentos que praticaram essa barbaridade, dizem os apressados da vida. — Mas estavam sob a guarda do Estado. — Mas a gestão era privada. — Ah, bom, então... — Que começo de ano!