sábado, 30 de abril de 2016

Você sabia disso ? - Projeto Escola Livre: o golpe de Estado na Educação

27 DE ABRIL DE 2016



A assembleia legislativa alagoana aprovou ontem o chamado Projeto Escola Livre que impede, uma lei que censura os professores dentro da sala de aula. O Projeto Escola Livre é uma das faces das múltiplas faces do golpe em curso contra a classe trabalhadora.

Você sabia disso ? - QUATRO RAZÕES PARA DIZER NÃO AO PROJETO “ESCOLA LIVRE” Francisco Alberto

Foi aprovado na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) o Projeto de Lei Escola Livre de autoria do Deputado Estadual Ricardo Nezinho (PMDB)com o objetivo de defender a “neutralidade política e ideológica” em sala de aula e proibir o ensino de conteúdos que “induziriam” o aluno a ter posições políticas.

Por Que a Lei Sobre “Assédio Ideológico” Interessa? por Jamile Chadud

No começo de Junho deste ano, o deputado Rogério Marinho (PSDB) propôs um projeto de lei que tipifica como crime de Assédio Ideológico quando, em âmbito escolar, um educador venha a expor temas políticos ou de qualquer ordem ideológica que possam vir a “interferir negativamente na vida acadêmica da vítima”, nesse caso, o aluno. Essa Lei do dia 6 de Junho define nos termos de “Assédio Ideológico”:“… toda prática que condicione o estudante a adotar determinado posicionamento político, partidário, ideológico ou qualquer tipo de constrangimento causado por outrem ao aluno por adotar posicionamento diverso do seu, independente de quem seja o agente.” Ou seja, com as alterações sugeridas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Código Penal, a ideia geral que se pode extrair do PL 1411/2015  é a de que o/a professor(a) que abordar temáticas políticas em sala de aula corre o risco de ser denunciado e pegar de 3 meses a até 1 ano de cadeia.

Você sabia disso ? -O destino dos negros após a Abolição

Morro da Favela (atual Providência), em 1927. Após a Lei Áurea, os negros libertos foram buscar moradia em regiões precárias e afastadas dos bairros centrais das cidades. Uma grande reforma urbana no Rio de Janeiro, em 1904, expulsou as populações pobres para os morros

Gilberto Maringoni - de São Paulo

Crônicas do Dia - Arraiá do ChikunCunha - Aldir Blanc



O que falta para a amputação do líder dessa gang-grena?

Charge


quinta-feira, 28 de abril de 2016

Crônicas do Dia - Supers - Verissimo

Supers
Hoje não faltam heróis, faltam vilões, ou vilões identificáveis com tal

24/04/2016 

As principais características da Literatura Machadiana

Visão objetiva e pessimista da vida, do mundo e das pessoas.
Análise psicológica profunda das contradições humanas na criação depersonagens imprevisíveis, jogando com insinuações em que se misturama ingenuidade e a malícia, a sinceridade e a hipocrisia.
Crítica irônica das situações humanas, das relações entre as pessoas edos padrões de comportamento. Casamento, família, religião (idéiasburguesas) são envenenados pelo interesse, pelas segundas intenções epela malícia.
Linguagem: estilo conciso, sentenças curtas, equilíbrio entre a linguageme o conteúdo. Não se preocupa em descrever fisicamente os ambientes eos personagens. As descrições prendem-se aos aspectos psicológicosmais marcantes.
Envolvimento do leitor pela oralidade da linguagem, pelas surpresas deque suas histórias (contos e romances) estão cheias e pelas “conversas”que o narrador estabelece freqüentemente com o leitor, transformando emcúmplice e participante do enredo (metalinguagem).
Citação de autores clássicos e da bíblia (cultura e intertextualidade).
Reflexão sobre a mesquinhez humana e a precariedade da sorte humana.
Atitude de escárnio diante do poder.
Os aspectos externos (tempo cronológico, espaço, paisagem) são apenaspontos de referência, sem merecerem maior destaque.
Enredo não segue uma ordem cronológica (de tempo em linha reta, tipopresente-passado e futuro), antecipando a forma moderna de escrever literatura.
Infidelidade: é amplamente enfocada e torna-se curioso como Machado deAssis prioriza a traição feminina (ver, em Dom Casmurro, Capitu).
Fazem parte da criação machadiana mulheres dissimuladas, mulheresambíguas, mulheres muito sensuais e, principalmente, astuciosas. Nãosão nem um pouco frágeis como as mulheres românticas, pois Machadovia a mulher como um ser dominador. Por esse motivo, deu às váriasmulheres presentes nas suas obras nomes bem fortes: em Dom Casmurro, Capitu sugere a idéia de “capitã”, de comandante; em QuincasBorba, Sofia sugere a idéia de “sabedoria”, entre outras.

Você sabia disso ? - Luta contra a Escravidão - Defesa com conhecimento de causa

RIO — Quem observa a força com que os movimentos sociais têm ganhado as ruas do Brasil, em nome de diferentes causas, pode não imaginar o quão distantes e organizadas são as raízes desse tipo de ação no país. É o caso do movimento abolicionista, considerado por muitos historiadores uma das primeiras grandes mobilizações populares em terras brasileiras. Por trás desse movimento, que reverberou por vias, teatros e publicações impressas no final do século XIX, estão atores nem sempre lembrados com o devido destaque: literatos negros que se empenharam em dar visibilidade ao tema. Debruçados sobre essa fase decisiva da história do Brasil, uma leva de historiadores tem revelado detalhes sobre a atuação desses personagens e mostrado que a conexão entre eles era muito maior do que se imagina.

Crônica do Dia - A tragédia e a culpa - Artur Xexéo



É muita falta de percepção dizer que os cálculos que foram feitos seriam suficientes. Se fossem, a ciclovia não se desmanchava

terça-feira, 26 de abril de 2016

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Crônicas do Dia - A democracia e o ensaio sobre a lucidez

24/04/2016 
A democracia contemporânea é frágil porque foi sequestrada, condicionada e amputada pelo capital

O DIA

Crônicas do Dia - Tristes cenas de uma democracia violentada

24/04/2016 
Sob o apelo de combate à corrupção, a sessão da Câmara, com poucas exceções, apresentou cenas bizarras e comportamentos incompatíveis com o exercício do cargo

O DIA

Crônica do Dia - Os admiradores do deputado da tortura - Fernando Molica

25/04/2016 
A aceitação das propostas do deputado Jair Bolsonaro revela um país brutal, agressivo, perverso

O DIA

Editorial do Jornal O Dia - Batalha dos aposentados

25/04/2016 

Os mais de 137 mil aposentados e pensionistas do estado terão hoje novo round na luta constrangedora e inadmissível

O DIA

Artigo de Opinião - Coluna da Esplanada - Divórcio do Ano

25/04/2016 

Um processo de divórcio sigiloso de US$ 130 milhões em curso no STJ pode render a entrada do FBI dos Estados Unidos

O DIA

Você sabia disso ? - O constrangimento nosso de cada dia

22/04/2016 

Mesmo com a nova Lei Brasileira de Inclusão, que entrou em vigor este ano, muita coisa ainda precisa mudar

O DIA

Instituto defende que Jair Bolsonaro seja expulso

21/04/2016 

Entidade classificou deputado, que exaltou a ditadura e a memória do coronel Carlos Brilhante Ustra, durante votação do impeachment, de 'uma figura abjeta'

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Você sabia disso ?

Harriet Tubman, ex-escrava e ativista norte-americana bateu Eleanor Roosevelt e Rosa Parks na escolha da figura da primeira mulher que estampará uma cédula de dólar

Editorial de O Dia - Apologia à tortura é inaceitável

20/04/2016 





É inaceitável que um parlamentar ocupe a tribuna do povo para fazer loas a um período de trevas

O DIA

Artigo de Opinião - Golpe de Estado avança, mas ainda tem luta -

21/04/2016 
O Brasil começa a virar piada aos olhos do mundo, pelo espetáculo deprimente dos golpistas

O DIA

Artigo de Opinião - Impeachment : o tempo é fundamental

21/04/2016 

A votação na Câmara mostrou pragmatismo de políticos comprometidos com o interesse público e a voz das ruas

O DIA

Você sabia disso ? - Discurso de Bolsonaro deixa ativistas ‘estarrecidos’ e leva OAB a pedir sua cassação


Mariana Della Barba e Marina Wentzel
Da BBC Brasil em São Paulo e da Basileia (Suíça)
20 abril 2016

Artigo de Opinião - Foi ruim ? Pode piorar - José Casado


No sábado, véspera da votação, imprimiu-se uma edição extra do Diário Oficial. Ficaram visíveis 63 nomeações emergenciais para 22 órgãos federais. Dilma perdeu por 72%

19/04/2016 

José Casado, O Globo

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Você sabia disso ? - Ambiguidade na Redação

A função da ambiguidade é sugerir significados diversos para uma mesma mensagem. É uma figura de palavra e de construção. Embora funcione como recurso estilístico, a ambigüidade também pode ser um vício de linguagem, que decorre da má colocação da palavra na frase. Nesse caso, deve ser evitada, pois compromete o significado da oração.

Você sabia disso ? - Desastre ambiental em Mariana (MG)


O desastre ambiental em Mariana teve consequências catastróficas para vários ecossistemas, que, provavelmente, demorarão décadas para se recuperar.

Por Vanessa Sardinha dos Santos


No dia 05 de novembro de 2015, o Brasil presenciou o maior acidente da História com rejeitos de mineração. O material liberado, além de destruir completamente o distrito de Bento Rodrigues, avançou por outras regiões do município de Mariana, Minas Gerais, deixando por onde passava um rastro de prejuízos materiais e ambientais, sem contar as perdas humanas.

→ O acidente

A barragem de Fundão da mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela BHP Billiton, rompeu-se no dia 05 de novembro de 2015 e liberou cerca de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração. Inicialmente, acreditava-se que duas barragens haviam se rompido, entretanto, a mineradora desmentiu o fato dias após o acidente e explicou que o rompimento de Fundão fez com que a barragem de Santarém transbordasse.

A lama liberada, que, segundo a Samarco, é formada apenas por óxido de ferro, água e areia, destruiu uma grande área, desabrigando centenas de pessoas, principalmente no distrito de Bento Rodrigues. Os rejeitos, além dos danos materiais, provocaram um grande desastre natural que pode afetar o meio ambiente por décadas.

→ Impactos ambientais

Apesar de, segundo a mineradora Samarco, a lama não ser tóxica, os efeitos dos rejeitos no meio ambiente são extremamente graves, principalmente em razão da quantidade de material liberada. De acordo com o Ibama, a quantidade de rejeitos seria capaz de encher mais de 20 mil piscinas olímpicas.

O primeiro impacto causado pela lama foi observado nos municípios atingidos, que foram parcialmente cobertos. Essa cobertura, quando secar, pavimentará o local, formando uma espécie de capa de cimento, onde nada cresce. Além disso, o material possui pouca matéria orgânica, o que dificultará o surgimento de uma nova vegetação. Nesse local, será impossível, por exemplo, o desenvolvimento de agricultura. Podem ocorrer ainda desestruturação química do solo e alteração do pH.

Vale frisar que a grande quantidade de lama demorará anos para secar completamente e, enquanto isso, nada poderá ser construído ali. Sem resistência para a construção de casas e sem formas de desenvolvimento de vida, a área tornou-se completamente inabitável.

A lama também atingiu os rios da região, começando pelo Rio Gualaxo, atingindo o rio Carmo, até chegar ao Rio Doce, responsável pelo abastecimento de vários municípios. Ao atingir os rios, a lama tornou a água imprópria para o consumo humano e para a sobrevivência de várias espécies.

Os rios atingidos tiveram grande perda em biodiversidade. Após o acidente, os peixes, por exemplo, tiveram suas brânquias obstruídas pela lama, morrendo em consequência da falta de oxigênio. Além de peixes, outras espécies morreram, tanto macroscópicas quanto microscópicas, o que significa que, em alguns pontos dos rios atingidos, todo o ecossistema aquático foi destruído. Segundo alguns biólogos, o rio Doce, por exemplo, precisará de 10 anos para se recuperar do dano causado pelo acidente.

É importante salientar que os rios foram afetados também de outras formas. Além da morte trágica da vida aquática, a lama pode provocar assoreamento de rios, desvio de cursos de água, diminuição da profundidade e soterramento de nascentes. A mata ciliar ao redor dos rios também foi completamente destruída. Com a passagem dos resíduos, muitas árvores foram arrancadas e algumas espécies vegetais foram completamente soterradas pela lama.

Como toda a lama que está no rio Doce chegará ao mar, no Espírito Santo, os rejeitos podem prejudicar também a vida marinha. Estima-se que os efeitos sejam sentidos em pelo menos três áreas de conservação marinha, como os recifes de corais de Abrolhos, que se destaca pela grande biodiversidade.

→ Como o acidente em Mariana pode ser cobrado em provas?

Estão cada vez mais comuns em provas de Enem e vestibulares questões sobre o meio ambiente, sendo amplamente cobrados os impactos ambientais decorrentes do desenvolvimento humano. Assim sendo, é importante entender os problemas gerados pela falta de fiscalização de grandes obras, a falta de planejamento em caso de acidentes, os efeitos negativos desses acidentes para o meio ambiente e quais medidas podem ser tomadas para reverter, mesmo que parcialmente, a situação.

No caso de Mariana (MG), é importante entender como esse acidente afetou diferentes ecossistemas e que todas as nossas ações causam impactos não somente locais. Entre os pontos que merecem destaque, podem ser citados os efeitos dos rejeitos na cadeia alimentar e os problemas desencadeados pelo assoreamento de rios e soterramento de nascentes.




Por Ma. Vanessa dos Santos

Crônicas do Dia - Querida Fernandinha Torres


Fernandinha Torres escreveu incrível artigo sobre sua condição de mulher. Foi mais xingada, amaldiçoada e vilipendiada do que fiel que bebeu o dízimo

19/04/2016 

Miguel De Almeida, O Globo

O espírito do sindicalismo de resultados, ora vigente, inaugurou o artista que luta pela censura, o mercenário digital e ainda (talvez o pior de todos) o feminismo de oportunismos. Tudo isso nos levou a ser um país de covardes intelectuais.

Até o momento em que escrevo, nenhuma intelectual de peso (mesmo peso-leve) marcou posição contrária à patacoada praticada pela ex-amante abandonada (na Europa) Mirian Dutra contra Fernando Henrique Cardoso, ao bullying desonesto sofrido por Fernandinha Torres e ao seco comentário do ex-ministro Lula acerca do grelo duro de suas companheiras.

Pelo contrario. O feminismo de oportunismos se alia ao silêncio dito estratégico em nome da causa. São traições (ao gênero), omissões (dos fatos) e canalhices (ideológicas). Um companheiro (ora nos ares da República de Curitiba), irritado com a oposição da brava Luciana Genro, se referiu a 1940, quando o chacal de Stalin, Ramón Mercader, assassinou Leon Trostsky.

Quis o destino que o detido para esclarecimentos revelasse ao público a matriz do atual clima stalinista de perseguições, do empoçamento de biografias e do falseamento de informações. A História não perdoou os cães de Stálin e não o fará com os vira-latas brasileiros.

De novo não vi nenhuma intelectual brandir armas em defesa de Luciana Genro. É possível que também tenha me fugido algum comentário das feministas em defesa da jornalista Debora Bergamasco, acusada (!) de ser ex-amante do José Eduardo Cardozo. Bergamasco fez uma reportagem contra o governo. Vira e mexe (com respeito) informações de coxia trazidas à tona pela colunista Monica Bergamo são creditadas a seus namorados!

Ouvi, com esses ouvidos que já ouviram cumprimentos respeitosos de Chet Baker e Miles Davis, da deputada Maria do Rosário, com seu jeitinho papa-hóstia, a defesa do uso da expressão grelo duro violentada pelo companheiro Lula.

Jacques Passivo Wagner esbravejou quando Aécio Neves qualificou a candidata Dilma Rousseff como leviana, com a mentira de que leviana é sinônimo de mulher da vida no Nordeste. Como Aécio só conhece o Leblon, ficou com aquela cara de cliente da Osklen quando não encontra seu número e não peitou dizendo que nem no Brega da baixo Castro Alves, em Salvador, leviana pode ser visto como palavrão.

Com esforço sintático, apenas mulher leviana é tomado por insulto. Mesmo assim vai depender de quantas doses estão na cachola… Pois Maria do Rosário, em seu estilo verão-quermesse, atenuou, assoprou e aliviou Lula pela referência baixo ventre ao grelo duro de suas companheiras. Estivesse na boca de José Serra e ele teria de localizar a travessa Gregório Duvivier sem Waze.

A causa, a causa. À esquerda e à direita.

Fernandinha Torres escreveu incrível artigo sobre sua condição de mulher. Foi mais xingada, amaldiçoada e vilipendiada do que fiel que bebeu o dízimo. O que ela fez? Escreveu um mea-culpa — e mesmo assim continuou a ser xingada.

Blogueiras e outras ativistas não aceitaram suas desculpas. Pobre Fernanda: acostumada aos aplausos por seu talento dramático e de escritora, arriou frente ao tiroteio vindo das hostes onde grassam raciocínios dolosos, formulações tapa-sexo e inveja de mulher bonita e inteligente. Fernanda, você deveria saber que a pior de todas são as inimigas íntimas, querida.

O silêncio feminista à delação (premiada?) de Mirian Dutra esconde a luta política contra o grão-tucano FHC. A história irá perdoar o zíper fechado adotado por renhidas feministas como Marilena Chauí, Maria da Conceição Tavares e José de Abreu? Imagine se Patrícia Galvão não pegaria em armas para criticar o feminismo de oportunistas.

Miguel De Almeida é editor e escritor

Você sabia disso ? - Vírus Zika e o grande surto de microcefalia


O vírus Zika e o grande surto de microcefalia apresentam relação direta, sendo fundamental, portanto, o controle do mosquito que transmite o vírus.

Por Vanessa Sardinha dos Santos

Você sabia disso ?

A obra de Machado continua a impressionar, mais de 100 anos depois de sua morte, por traçar um retrato crítico da sociedade brasileira de seu tempo e antecipar questões que parecem escritas para o leitor de hoje

27/09/2013 

O centenário da morte de Machado de Assis, em 2008, foi marcado por inúmeras homenagens a esse que é considerado o maior escritor brasileiro. Sua obra continua a impressionar o leitor de hoje porque, como dizem os críticos, parece ficar mais atual à medida que o tempo passa. Os textos de Machado abordam, com visão aguda e de forma elaborada, vários aspectos da vida humana.

É fácil perceber, em seus livros, a fina ironia e o senso de humor que não são deixados de lado nem mesmo quando se trata de assuntos graves. Essas características, que formam parte importante do legado do escritor, estão presentes com grande força em suas obras mais importantes, entre as quais os romances Memórias Póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro.

Se atualmente a ficção de Machado é cada vez mais estudada e admirada, isso não significa que ele não tenha obtido também grande reconhecimento em vida. Seus contemporâneos admitiram o talento do autor, que foi dos mais respeitados na sociedade brasileira letrada do fim do século XIX e início do XX.

Sua própria trajetória de vida surpreende. De origem humilde, escreveu uma obra sofisticada, na qual transparece grande conhecimento acerca da literatura clássica e de alguns dos mais importantes escritores de sua época. Tanto em sua biografia quanto em sua obra, Machado de Assis parece desafiar os clichês e as frases feitas. 

PRIMEIROS PASSOS 
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro, em 21 de junho de 1839, filho de Francisco José Machado de Assis, pintor de paredes carioca, descendente de escravos mulatos alforriados, e de sua mulher, Maria Leopoldina, lavadeira portuguesa da ilha de São Miguel.
Teve uma infância difícil no morro do Livramento, onde foi criado. Perdeu a mãe bem cedo e depois a irmã mais nova. Quase mais nada se sabe de sua infância e adolescência, exceto que teria sido coroinha, auxiliando o padre nas missas rezadas na igreja da Lampadosa. Sem ter recursos para freqüentar boas escolas, dedicou-se a estudar como pôde. Era autodidata.

Ainda não havia completado 16 anos quando publicou o primeiro trabalho literário, na revista Marmota Fluminense. No número de 12 de janeiro de 1855, saiu seu poema Ela. Aprendeu os idiomas francês e inglês. Ingressou na Imprensa Nacional em 1856, como aprendiz de tipógrafo, e lá conheceu o escritor Manuel Antônio de Almeida. O autor de Memórias de um Sargento de Milícias se tornaria seu protetor. Depois, trabalhou como revisor e passou a escrever para vários órgãos de imprensa.

Em 1862 começou a colaborar em O Futuro, órgão dirigido por Faustino Xavier de Novais, irmão de sua futura mulher. Publicou o volume Teatro, que se compõe das comédias O Protocolo e O Caminho da Porta, em 1863, e seu primeiro livro de poesias saiu um ano depois, com o nome de Crisálidas.
Foi nomeado ajudante do diretor de publicação do Diário Oficial em 1867. Em agosto de 1869, o chefe e amigo Faustino Xavier de Novais morreu. Menos de três meses depois, em 12 de novembro de 1869, Machado de Assis se casou com a irmã dele, a portuguesa Carolina Augusta Xavier de Novais. 

PUBLICAÇÃO EM JORNAIS E REVISTAS 
Incentivado pela mulher, lançou seu primeiro romance, Ressurreição, em 1872. Pouco depois, obteve a nomeação como primeiro oficial da Secretaria de Estado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. A carreira no serviço público foi, até o fim da vida, seu principal meio de sobrevivência. Mas manteve sempre a atividade jornalística, como redator de notícias e também como ficcionista. Boa parte de seus romances e contos, antes de serem publicados em forma de livro, foi editada em jornais e em revistas literárias em que Machado era colaborador.

Em 1881 saiu o livro que daria uma nova direção a sua carreira literária: Memórias Póstumas de Brás Cubas, que publicara em folhetins na Revista Brasileira, de 15 de março a 15 de dezembro de 1880, considerado o marco de início do realismo no Brasil.

Do grupo de intelectuais que se reuniam na redação da Revista Brasileira, surgiu a idéia de criação da Academia Brasileira de Letras (ABL), que Machado de Assis apoiou desde o início. Ao ser fundada a instituição, em 28 de janeiro de 1897, foi eleito seu presidente. Dedicou-se à ABL até morrer.

A obra de Machado de Assis impressiona por abranger praticamente todos os gêneros literários. Na poesia iniciou com o romantismo de Crisálidas (1864) e Falenas (1870), passando pelo indianismo em Americanas (1875) e pelo parnasianismo em Ocidentais (publicado pela primeira vez no volume Poesias Completas, em 1901).

Ao mesmo tempo, lançou as coletâneas Contos Fluminenses (1870) e Histórias da Meia-Noite (1873), entre outras, e os romances Ressurreição (1872), A Mão e a Luva (1874), Helena (1876) e Iaiá Garcia (1878), que foram considerados do seu período romântico.

Suas obras-primas vieram em seguida: Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1899), Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908). Em 1904 morreu a fiel companheira e incentivadora Carolina Xavier de Novais, a quem ele dedicou um de seus melhores poemas, Carolina. Doente, solitário e abatido com a perda da mulher, Machado de Assis morreu em 29 de setembro de 1908, de câncer, em sua velha casa no bairro carioca do Cosme Velho. 

ROMANTISMO X REALISMO? 
Machado de Assis ocupa lugar único na literatura brasileira. Em sua época, foi algumas vezes criticado porque se dizia que não abordava as grandes questões sociais e nacionais. Posteriormente, novos estudos fizeram uma reavaliação de sua obra, que é vista agora como extremamente crítica e expressiva de transformações profundas na sociedade brasileira a partir do fim do século XIX.

É a sua genialidade que levou muitos especialistas a dizer que Machado talvez seja mais compreendido pelo leitor de hoje, 100 anos depois de sua morte, do que por seus contemporâneos.
O lugar diferenciado deve-se também à impossibilidade de rotular Machado, de forma estrita, em uma corrente literária. Como foi dito, seus primeiros romances são em geral identificados com o romantismo. No entanto, essa classificação é problemática, porque passa uma visão estreita a respeito de uma obra bastante complexa.

Lidos com atenção, há em seus romances iniciais várias indicações de que se trata de um escritor com grande consciência de um projeto literário mais amplo, que, já naquele momento, ultrapassava o horizonte dos autores do romantismo. As histórias ditas românticas esboçam várias das questões que Machado viria a desenvolver nas obras chamadas de realistas. É o caso dos temas da ascensão social, do ciúme e do papel subalterno que a sociedade patriarcal reservava à mulher.

Félix, personagem principal de Ressurreição, primeiro romance do escritor, contém várias das características do homem conservador e inseguro que se verá, de forma mais acabada, em Bento Santiago, protagonista de Dom Casmurro. Ambos são figuras que expressam grande temor diante de situações novas às quais estão confrontados, como a emergência de mulheres independentes, que têm opinião própria e abalam seu velho mundo.

No próprio prefácio de Ressurreição, Machado estabelece distância da narrativa romântica convencional ao escrever: “Não quis fazer romance de costumes; tentei o esboço de uma situação e o contraste de dois caracteres; com esses simples elementos busquei o interesse do livro”.

De maneira sutil, mas firme, o escritor chama atenção aqui para o fato de que seu objetivo é aprofundar as características dos personagens e das situações por que passam, e não simplesmente entreter o leitor. De todo modo, as metas ambiciosas de Machado não o levaram a se distanciar do público, que recebeu bem a obra desde o lançamento. A crítica da época também fez elogios ao romance. 

AMPLITUDE DE QUESTÕES 
Os livros de sua fase madura, a partir de Memórias Póstumas de Brás Cubas, antecipam procedimentos e temas que só viriam a se desenvolver plenamente no modernismo. Neles, revela-se um autor com pleno domínio de elementos narrativos, como o monólogo interior, além do desenvolvimento de temáticas, como a situação do agregado e dos tipos que compõem a classe dominante brasileira.

Um dos pontos altos de sua obra, destacado por leitores comuns e críticos, é a análise que faz da alma humana. Pode-se dizer que o Rio de Janeiro de Machado era diferente do de hoje, mas aspectos da natureza do homem não mudaram: ele continua a ser egoísta, vaidoso, indeciso e repleto de complexos. Por isso tudo, a classificação de Machado de Assis como escritor realista tem uma função didática, porque o situa no período histórico em que viveu e escreveu, mas não dá conta da amplitude de questões abordadas em seus livros. Esse é, aliás, um bom exemplo de como não basta saber a que escola literária determinado autor está vinculado para conhecer de fato sua obra. Cada escritor tem sua especificidade e nada substitui a leitura direta de seus textos. Isso é ainda mais válido no caso de um grande autor.

Machado de Assis é considerado um dos grandes autores da literatura de língua portuguesa. Sua obra, que serve de inspiração para muitos outros artistas, foi e continua sendo adaptada em trabalhos para a TV, o teatro e o cinema.

A obra de Machado de Assis
ROMANCES 
Ressurreição (1872); A Mão e a Luva (1874); Helena (1876); Iaiá Garcia (1878); Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881); Quincas Borba (1891); Dom Casmurro (1899); Esaú e Jacó (1904); Memorial de Aires (1908). 

CONTOS 
Contos Fluminenses (1870); Histórias da Meia-Noite (1873); Papéis Avulsos (1882); Histórias sem Data (1884); Várias Histórias (1896); Páginas Recolhidas (1899); Relíquias da Casa Velha (1906). 

POESIA 
Crisálidas (1864); Falenas (1870); Americanas (1875), Poesias Completas (1901). 

TEATRO 
Desencantos (1861); Quase Ministro (1862); O Caminho da Porta (1863); O Protocolo (1863); Deuses de Casaca (1866); Tu, Só Tu, Puro Amor (1881); Não Consultes Médico (1896); Lição de Botânica (1906).

http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/machado-assis-autor-frente-seu-tempo-755503.shtml

Editorial de O Globo - 19 / 04/ 16 - Temer precisará blindar a Polícia Federal

Vice terá de ir além de declarações e demonstrar com atos que a PF continuará com autonomia, para ficar claro que não importa que o PMDB seja alvo da Lava-Jato

terça-feira, 19 de abril de 2016

Artigo de Opinião - O perigo da vacância presidencial - Aurélio Bastos

19/04/2016 

Há que se ressaltar que a presidente não está impedida de governar, mas perdeu os suportes de legitimidade

Editorial de O Dia - Quando suas excelências pagam mico

19/04/2016 

Que as lembranças do circo de domingo resistam por muitas eleições até que outro tipo de gente seja escolhido

Você sabia disso ?

Surpresas, desafios a Cunha e "tchau querida": os votos mais marcantes da sessão do impeachment

Editorial de O Dia - Política com mais razão e menos rancor

17/04/2016 

É preciso avaliar o impacto de rupturas e o Brasil que emergirá depois de tão excruciante processo constitucional

Crônicas do Dia - Os desafios para o futuro do Brasil

Os desafios para o futuro do Brasil
Dilma ou Temer, seja quem for o responsável pelo comando do país após o processo de impeachment, terá que enfrentar cenário semelhante de dificuldades econômicas e políticas

Crônicas do Dia - No reino do gumex - Milton Cunha

19/04/2016 

Para mostrar que está no comando,bastaram sete horas para que Ele nos desse exemplo de seu bom humor

Editorial de O Dia - Desafios após o desfecho do impeachment

16/04/2016 

Lidar com uma das mais profundas crises econômicas da história exigirá medidas duras e difíceis de engolir por uma população já solapada por agruras de uma recessão sem fim

domingo, 17 de abril de 2016

Impeachment sem achar provas concretas contra Dilma, é golpe, diz The New York Times - Você sabia disso ?

Editorial do jornal norte-americano “The New York Times” divulgado nesta segunda-feira (17) afirma que forçar a saída da presidente Dilma do cargo sem “evidência concreta de malfeito, traria sérios danos para a democracia” brasileira. De acordo com o jornal , não há benefício em troca da mudança e também não há nada que indique que outro político (Talvez esteja falando de Aécio, que quer a faixa da presidente)  faria trabalho melhor na economia.

Dilma x Collor: o que impeachment de hoje difere do de 92 - Você sabia disso ?

Caso o processo de impedimento do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) seja aprovado por dois terços dos deputados da Câmara neste domingo (17), os brasileiros estarão um passo mais próximos de ver o segundo impeachment da história do país.

Dilma, Temer, nem Dilma nem Temer: Qual o destino da República brasileira? - Você sabia disso ?

Com um movimento comparado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao de uma bolsa de valores, com uma “guerra de sobe e desce”, governo e oposição iniciam o dia em que o plenário Câmara dos Deputados decide se dá prosseguimento ao pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff em clima de instabilidade.

23 investigados na Lava Jato decidem neste domingo impeachment da presidente - Você sabia disso ?

Dos 513 deputados federais que têm direito a voto na sessão deste domingo, 17, que vai decidir sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, 23 são investigados pela força-tarefa da Operação Lava Jato, que apura corrupção e desvios na Petrobrás. Todos os parlamentares são alvo de inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal, a quem cabe julgar integrantes do Congresso que detêm prerrogativa de foro privilegiado.

O partido com mais deputados investigados na Lava Jato é o PP, com 17 parlamentares. Desses, 13 já declararam voto a favor do afastamento da presidente, dois são contrários à saída de Dilma da Presidência, um está indeciso e um não quis informar seu posicionamento. O partido decidiu orientar sua bancada a votar, na sessão deste domingo, a favor do impeachment, mas o posicionamento não é unânime entre os 45 deputados da legenda que devem participar da votação.

A maioria dos deputados do PP foi citada pelo doleiro Alberto Youssef, delator da Lava Jato. Youssef relatou "mesadas" de R$ 30 mil a 150 mil aos parlamentares como "cota" do partido no esquema na Petrobrás.

Do PMDB, são alvo de inquéritos o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), desafeto do governo Dilma que já declarou voto favorável ao impeachment, e Aníbal Gomes (CE). Cunha foi denunciado pelo Ministério Público Federal acusado de corrupção e lavagem de dinheiro e virou réu. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em denúncia ao Supremo Tribunal Federal, acusa o presidente da Câmara de ter recebido propina no valor de ao menos US$ 5 milhões para viabilizar a construção de dois navios-sonda da Petrobrás, no período entre junho de 2006 e outubro de 2012. O peemedebista nega envolvimento em irregularidades. Um pedido de Janot para que Cunha seja afastado da presidência e do mandato de deputado será julgado pelo Supremo em data ainda indefinida.

O PT também tem dois deputados na mira da Lava Jato. Vander Loubet (MS) e José Mentor (SP) são apontados como recebedores de dinheiro originário do esquema na Petrobrás. A Procuradoria-Geral da República ofereceu denúncia no fim do ano passado contra Loubet - a acusação afirma que o petista participou de esquema envolvendo a BR Distribuidora.

Na denúncia que entregou ao Supremo contra o deputado de Mato Grosso do Sul, a quem acusa por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o procurador descreve o esquema de corrupção instalado na subsidiária da Petrobrás. Janot afirmou que o senador Fernando Collor (PTB-AL) tinha um "bando de asseclas" agindo na BR Distribuidora.

O Supremo investiga, ainda, o parlamentar Júlio Delgado (PSB-MG) e o Missionário José Olímpio, ex-PP e atualmente filiado ao DEM. Ambos são a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A maioria dos parlamentares foi citada pelo doleiro Aberto Youssef e pelo ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa. Os dois delatores da Lava Jato citaram dezenas de políticos como beneficiários do esquema de corrupção na Petrobrás e os depoimentos ajudaram a embasar o pedido feito pelo procurador-geral da República de abertura de inquéritos contra parlamentares no Supremo, em março do ano passado.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Ta na Hora do Poeta - Deus Negro - Neymar de Barros

Eu, detestando pretos. 
Eu, sem coração. 
Eu, perdido num coreto gritando, separação.

Eu, você, nós, nós todos cheios de preconceitos, 
fugindo como se eles carregassem lodo, 
lodo na cor, e com petulância, arrogância, afastando a pele irmã. 

Mas estou pensando agora, e quando chegar minha hora? 
Meu DEUS, se eu morresse amanhã de manhã, 
numa viagem esquisita, entre nuvens feias e bonitas...

Se eu chegasse lá e um porteiro manco como os aleijados que eu gozei, viesse abrir a porta?
E eu reparasse sua vista torta, igual aquela que eu critiquei, 
se a sua mão tateasse pelo trinco, como as mãos do cego que não ajudei,

se a porta rangesse, chorando choros que provoquei? 
Se uma criança me tomasse pela mão, criança como aquela que não embalei,
e me levasse pôr um corredor florido, colorido como as flores que jamais dei,

se eu sentisse o chão frio como dos presídios que não visitei,
se eu visse as paredes caindo como das creches e asilos que não ajudei,
e se a criança tirasse corpos do caminho,

corpos que não levantei dando desculpa que eram bêbados,
mas eram epilépticos; que era vagabundagem, mas era fome.
Meu DEUS! Agora me assusta pronunciar seu nome.

E se mais pra frente a criança cobrisse o corpo nu da prostituta que eu usei,
ou do moribundo que não olhei, ou da velha que não respeitei, ou da mãe que não amei?
Corpo de alguém exposto, jogado por minha causa,

porque não estendi a mão, porque no amor fiz pausa e deixei lá,
eu só dei desgosto, e no fim do corredor o início da decepção.
Que raiva, que desespero, se visse o mecânico, o operario, aquele vizinho,

o maldito funcionário, e até o padeiro, todos sorrindo não sei do que.
Ah! sei sim, rindo da minha decepção.
DEUS, não está vestido de ouro? Mas como? Está num simples trono?

Simples como não fui, humilde como não sou?
DEUS decepção, DEUS na cor que eu não queria...
Deus cara a cara, face a face, sem aquela imponente classe.....

DEUS simples...DEUS NEGRO.
DEUS NEGRO?
E eu racista, egoísta, e agora?

Na terra só persegui os pretos, não aluguei casa, não apertei a mão...
Meu DEUS, você é negro? Que desilusão!, será que vai me dar uma morada?,
será que vai apertar minha mão? Que nada. Meu DEUS você é negro?

Que decepção!... não dei emprego, virei o rosto, e agora?
Será que vai me dar um canto? Vai me cobrir com seu manto?
Ou vai me virar o rosto no embalo da bofetada que dei?

Deus, eu não podia adivinhar.
Porque você se fez assim? Porque se fez preto?
Preto como o engraxate, aquele que expulsei da frente de casa?

DEUS, pregaram você na cruz e você me pregou uma peça....
e eu me esforcei a beça em tantas coisas e cheguei até em pensar em AMOR....
mas nunca, nunca pensei em adivinhar sua cor!!!!!!

Autor : Neimar de Barros

Ta na Hora do Poeta - Biografia - José Henrique da Silva

BIOGRAFIA



Desperto hoje
Desfolhando o livro
Que, com meu pulsar, há cinqüenta anos ando a rascunhar...

Onde vou me descobrindo,
Onde vou me refazendo,
Vou ainda me conhecendo,
Vou me explorando, 
Me revelando,
Vou corajosamente me despindo.

Me percebendo 
Que como todos nessa viagem
Sou ímpar,
Misto de terra, mar, fogo e ar.

E sigo aos seres encantados
A reverenciar,
Tendo muito a agradecer,
Afinal, após algumas páginas mal escritas
Encontrei meu complemento, meu verdadeiro par.

E tomo susto ao me ler pai
De um guri de trinta anos,
Com a difícil missão de a ele ter que ensinar
Que todos, invariavelmente, nessa trajetória
Ao edificar sua história
Somos como a força determinada de um samurai,
Mas, em certos capítulos, claro, o direito temos
De escorregar,
E cair,
E se machucar,
Mas, também crer que tal qual o referido samurai
Nesta vida, a gente balança, balança, mas não cai...

Ainda desfolhando o atual capítulo,
Apesar dos outros já escritos,
Capto em mim a força que move o pião,
Às vezes doce,
Às vezes ácido feito um limão.


Cada vez mais entendendo a lição
Que o que mais vale nesta travessia
É apenas saber se doar,
Sabendo do outro, da companhia cuidar,..

Afinal, não sou bobo, 
E já entendi,
Que quando a escrita deste livro acabar,

- E atenção, inimigos sociais, isso ainda muito vai demorar! -

É apenas o que se vai levar ....

José Henrique da Silva 
14/04/2012

terça-feira, 12 de abril de 2016

Crônicas do Dia - Poetas para quê ? - Zélia Duncan

Quando uma poesia me balança, tenho a impressão de que não há mais nada a ser dito

Às vezes odeio todos os poetas. Os que parecem já ter feito acordos com todas as palavras e expressões mais sublimes do mundo. Os que descreveram a natureza e falaram da paixão. Os que pensam em Deus de inúmeras maneiras e discorrem sobre sentimentos, como se morassem dentro da nossa alma, como se tivessem uma lente mágica, que enxerga nossas veias, desejos e através de nossas retinas. Esses que nos tiram do armário com um par de rimas, que deixam claro o quanto somos todos iguais justo quando, nos momentos mais íntimos, juramos ser os mais originais e únicos.

Você sabia disso ?

O Enem não obriga o candidato a intitular a redação, mas é recomendável que ele o faça. Uma redação com título sugere que o autor tem uma visão global do texto. Sendo o resumo dos resumos, o título é uma generalização que dentro do possível unifica as informações. Indica um maior domínio sobre o que foi expresso. No esforço de intitular, o candidato rearticula mentalmente as partes e faz um retrospecto que pode, inclusive, revelar falhas na unidade.

Você sabia disso ?

Título na redação: cinco dicas que podem resolver suas dúvidas

Ana Lourenço | 23/02/2015


Imagine que você está em uma livraria. Na hora de procurar um livro para comprar, quais fatores você leva em conta? A capa e o nome com certeza fazem toda a diferença na hora de julgar se aquele livro é ou não bom, ou se te deu vontade de ler. Com a redação também é assim: o título é o responsável por chamar a atenção do leitor e resumir o assunto do qual ele trata.

Crônicas do Dia - Que malandragem é essa ? - Luis Pimentel


O malandro reunia multidão à volta, com a promessa de que ia ‘botar o peru pra dançar’. A ave era ensinada, dizia

O DIA

Editorial de O Dia - O que será da democracia após o muro ?


Um lado vai perder. Aos vencedores, independentemente de quem seja, pedem-se serenidade e disposição para o diálogo, algo em falta nos últimos meses

O DIA

Artigo de Opinião - Fazer valer o piso nacional do magistério - Sérgio Luiz Pinel Dias


A sociedade não pode mais tolerar que não seja pago o mínimo fixado em lei para os profissionais do magistério público

O DIA

Artigo de Opinião - O Brasil que não queremos - Wilson Diniz



O dia 15 marca a data que este não é o Brasil que queremos, com ou sem impeachment

O DIA
Rio - Os números da economia e do cenário político fotografam o caos que o país está passando. A nação está desgovernada. O Planalto agoniza com o maior escândalo de corrupção da história do país, onde 67 ‘malfeitores’ já foram condenados pelo juiz Sérgio Moro.