sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Artigo de Opinião - "É só mirar na cabecinha ..."

Em depoimento que já está no gabinete da procuradora-geral da República, o miliciano Antônio da Silva Costa, o Tonho da Matraca, dá sua versão para o assassinato da vereadora e do motorista
Por O Dia

SÓ PODIA SER MESMO DE PERNAMBUCO

Por Fabrício Carpinejar

Só podia ser de Pernambuco a poesia geométrica de João Cabral, o teatro da vida real, a morte e vida severina.

Artigo de Opinião - Um tapinha e o silenciamento - Mariana Gino

Mariazinha começou um novo relacionamento, um namoro. No começo tudo eram flores. Palavras intensas de ternura, juras de amor, mensagens que hora lá ou hora cá são guiadas pela frase "Eu te amo" e às vezes ele, o namorado da Mariazinha, leva um belo e perfumado buquê de flores para presenteá-la . Entretanto, alguns meses, ou até dias depois, parece que tudo virou, o namorado começou a querer ter acesso às redes sociais de Mariazinha, ela acha que gostava tando dela que queria protegê-la. Depois, o namorado de Mariazinha começou a querer limitar suas redes de relacionamentos sociais afetivos. Até que em uma bela tarde de sol as palavras bonitas se tornam agressivas! E aqueles adjetivos que outrora demonstravam "amor", agora são substituídos por palavras duras, xingamento... e violência física. Quantas de nós, mulheres, conhecemos uma ou outras "Mariazinhas" ou já fomos a própria Mariazinha?

Artigo de Opinião - Ascânio Seleme

Os números são impressionantes. Os crimes de ódios relatados nos Estados Unidos cresceram 17% de 2016 para cá, e vêm aumentando de maneira regular e consistente desde a eleição do presidente Donald Trump. No ano passado, 7.100 crimes desta natureza foram registrados, sendo que três em cada quatro ocorreram por questões raciais ou étnicas. Religião e orientação sexual são as outras duas motivações mais importantes de crimes de ódio, segundo relatório do FBI publicado na quarta-feira pelo jornal The New York Times.

Artigo de Opinião - #Elanão - Merval Pereira



O empoderamento feminino não anda fazendo bem aos machos-alfa dessa parte de baixo do Equador, onde não existe pecado, segundo relato do holandês Barlaeus no século XVII. Nos últimos dias tivemos exemplos, uns menos, outros mais degradantes desse comportamento machista, vindos de personalidades que supostamente fazem parte de nossa elite.

Desde o famoso apresentador de televisão que assediou a cantora ao vivo e a cores, passando pelo ex-presidente da República que sugeriu que a Juíza que o interrogava, por ser mulher, deveria entender mais de cozinha do que ele. Sem contar com o presidente eleito do maior país da América do Sul, que não cansa de parecer homofóbico e misógino.

Estamos falando do Brasil dos tempos atuais, em que a campanha #Mexeu com ela mexeu comigo, decorrência da americana #meToo, que alcançou centenas de celebridades e subcelebridades hollywoodianas por assédio sexual ou moral, conseguiu tirar de cena um famoso ator global, mas não impedir a repetição de cenas de machismo explícito.

A semana foi marcada pela cena constrangedora de Silvio Santos declarando-se “excitado” com a roupa de cantora Claudia Leite, na frente de milhões de pessoas e da própria mulher e filhas na platéia de seu programa de auditório. Assédio duplo, sexual e moral, já que ele é o dono do programa e da televisão.

As reações vieram, até mesmo da cantora que, se no dia o máximo que conseguiu dizer é que seu namorado não ia gostar, no seguinte tomou coragem para postar um protesto no Facebook. O comportamento machista ou homofóbico continuou durante os dias seguintes com líderes políticos de peso, o ex-presidente Lula e o presidente eleito Jair Bolsonaro.

Ao ser interrogado pela Juíza Gabriela Hardt, que ficou no lugar de Sérgio Moro, sobre as obras do sítio de Atibaia e a instalação de uma cozinha moderna, exatamente igual à do apartamento triplex pelo qual já foi condenado, feitas por empreiteiras para, segundo a acusação, pagar favores recebidos do ex-presidente, Lula tentou constranger a Juíza insinuando que, como homem, não entendia nada de cozinha, assim como o suposto marido da Juíza. Gabriela Hardt foi seca: “Sou divorciada e não falo de cozinha”.

Lugar de mulher é na cozinha, parecia querer dizer Lula, em mais uma das muitas vezes em que demonstrou ser um machista da velha estirpe. Como quando convocou “as mulheres de grelo duro” do PT para um protesto. Ou quando disse que sua assessora Clara Ant, “dormindo sozinha”, ao ver vários homens chegarem em sua casa de madrugada, “pensou que era um presente de Deus”. Eram policiais.

O presidente eleito Bolsonaro também voltou a repetir piadas homofóbicas, quando disse que o escolhido para o Ministério das Relações Exteriores poderia ser homem ou mulher, mas também um gay. E perguntou para o repórter que fizera a pergunta: “Você aceitaria?”.

Editorial - Jornal O Globo - É uma farsa o objetivo do Escola Sem Partido

Natural que um governo eleito trabalhe para cumprir promessas feitas em campanha, tente executar sua agenda. Não significa, porém, na democracia representativa, que o voto popular tudo permita. Há ritos e instituições que filtram excessos e até podem ajudar a aperfeiçoar ideias. Ou simplesmente barrá-las, por impróprias.

Você sabia disso ? - Quem foi Maria Firmina dos Reis, considera a primeira romancista brasileira


Helô D'Angelo 
10 de novembro de 2017

São Luís, 11 de agosto de 1860. Logo nas primeiras páginas do jornal A Moderação, anunciava-se o lançamento do romance Úrsula, “original brasileiro”. O anúncio poderia passar despercebido, mas algo chamava atenção em suas últimas linhas: a autoria feminina da “exma. Sra. D. Maria Firmina dos Reis, professora pública em Guimarães”. Foi assim, por meio de uma simples nota, que a cidade de São Luís conheceu Maria Firmina dos Reis – considerada a primeira escritora brasileira, pioneira na crítica antiescravista da nossa literatura.

Negra, filha de mãe branca e pai negro, registrada sob o nome de um pai ilegítimo e nascida na Ilha de São Luis, no Maranhão, Maria Firmina dos Reis (1822 – 1917) fez de seu primeiro romance, Úrsula (1859), algo até então impensável: um instrumento de crítica à escravidão por meio da humanização de personagens escravizados.

“Em sua literatura, os escravos são nobres e generosos. Estão em pé de igualdade com os brancos e, quando a autora dá voz a eles, deixa que eles mesmos contem suas tragédias. O que já é um salto imenso em relação a outros textos abolicionistas”, conta a professora Régia Agostinho da Silva, professora da Universidade Federal do Maranhão e autora do artigo “A mente, essa ninguém pode escravizar: Maria Firmina dos Reis e a escrita feita por mulheres no Maranhão”.

Além de ter se lançado em um gênero literário sem precedentes no Brasil – e dado as diretrizes para os romances abolicionistas que apareceriam apenas décadas depois -, Firmina foi a primeira mulher a ser aprovada em um concurso público no Maranhão para o cargo de professora de primário. Com o próprio salário, sustentava-se sozinha em uma época em que isso era incomum e até mal visto para mulheres. Oito anos antes da Lei Áurea, criou a primeira escola mista para meninos e meninas – que não chegou a durar três anos, tamanho escândalo que causou na cidade de Maçaricó, em Guimarães, onde foi aberta.

“A autora era bem conhecida para os maranhenses do seu tempo. Professora, gozava de certa circularidade nos jornais. Apesar de mulher, não era um pária social no período no qual viveu, mas claro que enfrentou o silenciamento da sua obra”, conta Silva.

Esquecida por décadas, sua obra só foi recuperada em 1962 pelo historiador paraibano Horácio de Almeida em um sebo no Rio de Janeiro – e, hoje, até seu rosto verdadeiro é desconhecido: nos registros oficiais da Câmara dos Vereadores de Guimarães está uma gravura com a face de uma mulher branca, retrato inspirado na imagem de uma escritora gaúcha, com quem Firmina foi confundida na época. O busto da escritora no Museu Histórico do Maranhão também a retrata “embranquecida”, de nariz fino e cabelos lisos.

Lugar de fala

O contato de Firmina com a literatura começou cedo, em 1830, quando mudou-se para a casa de uma tia um pouco mais rica, na vila de São José de Guimarães. Aos poucos, a jovem travou contato com referências culturais e com outros de seus parentes ligados ao meio cultural, como Sotero dos Reis, um popular gramático da época. Foi daí, e do autodidatismo, que veio o gosto pelas letras.

Quando se tornou professora, em 1847, Firmina já tinha uma postura antiescravista bem desenvolvida e articulada. Ao ser aprovada no concurso para professora, recusou-se a andar em um palanque desfilando pela cidade de São Luís nas costas de escravos. “Na ocasião, Firmina teria afirmado que escravos não eram bichos para levar pessoas montadas neles”, afirma Silva.

Mas era praticamente impossível para uma mulher expor sua opinião contra a escravidão – ainda mais uma mulher negra. Foi a estabilidade e o respeito alcançados como professora que abriram espaço para Firmina lançar seu primeiro livro, o romance Úrsula, no qual enfim publicaria seu ponto de vista sobre o tema.

Diferente dos escritos de mulheres da época, o romance não era “de perfumaria”, nem algo sem profundidade. Ao contrário: foi o primeiro livro brasileiro a se posicionar contra a escravidão e a partir do ponto de vista de escravos – antes do famoso poema Navio negreiro, de Castro Alves (1869), e de A Escrava Isaura (1875), de Bernardo Guimarães.

Em Úrsula, Firmina faz questão de mostrar a crueldade de Fernando, senhor de escravos e vilão da história. Mas a pérola do livro é a personagem Suzana, uma mulher escravizada que, frequentemente, recorda-se de sua época de liberdade. “É horrível lembrar que criaturas humanas tratem a seus semelhantes assim e que não lhes doa a consciência de levá-los à sepultura asfixiados e famintos”, escreve, em determinado momento. Para Silva, a forma é bastante característica de Firmina: “O escravo firminiano é, antes de tudo, aquele que fala da África, que só reconhece a verdadeira liberdade, no tempo em que vivia naquela África saudosa e nostálgica”.

Anos depois, quando já se firmara como escritora e professora – e quando o movimento abolicionista já estava mais difundido no Brasil -, a autora publicaria um conto ainda mais crítico, A escrava (1887), que conta a história de uma mulher de classe alta sem nome que tenta, sem sucesso, salvar uma mulher escravizada. A crítica à escravidão chega a ser literal: em uma passagem, a protagonista diz que o regime “é e sempre será um grande mal”.

“Os tempos eram outros. Em 1887, a escravidão era questionada no país inteiro. Em 1859, Maria Firmina dos Reis teve que usar um tom mais brando em seu romance, pois queria conquistar os leitores para a causa antiescravista. Leitores que, na sua imensa maioria, eram da elite e provavelmente tinham escravos”, afirma a pesquisadora.

Com o passar dos anos, tendo apenas um livro publicado, o nome de Firmina desapareceu. Para Silva, a insistência da autora em denunciar e criticar a escravidão pode ter sido a causa do obscurantismo. “O assunto de que tratava era insalubre demais, uma fala antiescravista em uma das províncias mais escravistas do Brasil. Não a levaram a sério localmente, não queriam ouvi-la falando. E ela não teve como levar seu texto para outros lugares.”

Recentemente, a editora PUC Minas lançou uma nova edição de Úrsula, o que ajuda a difundir sua obra. No entanto, pouco se sabe sobre outros possíveis textos de Firmina, sobre os detalhes de sua vida ou sobre como uma mulher negra de origem pobre alcançou tanto sucesso em pleno regime escravocrata. A própria biografia de Firmina, escrita por José Nascimento Morais Filho em 1975, tem como título Maria Firmina: fragmentos de uma vida.

“Autores como Lima Barreto e Machado de Assis [hoje reconhecidos como não-brancos] já têm uma fortuna crítica imensa, e por isso também sabemos muito mais sobre eles”, afirma Silva. “A de Maria Firmina dos Reis ainda está sendo construída. E acho que, em algum tempo, saberemos bem mais sobre a autora.”





Errata: O romance Úrsula foi publicado em 1859, e não em 1959, como anteriormente publicado. Ainda sobre o romance, o nome do vilão da história é Fernando e não Tancredo.

Artigo de Opinião - 2016 ajuda a entender 2018 - Bernardo Mello Franco


Estreia nesta semana o 3º documentário sobre o impeachment. A queda de Dilma já parece pré-história, mas o filme ajuda a entender como Bolsonaro se elegeu

Artigo de Opinião - Negro, Cubano e Médico - Dorritt Harazim

18/11/2018

FONTE - O GLOBO 

Negro, cubano e médico
Assustados, se viram obrigados a passar por um corredor humano de colegas de profissão brasileiros que os chamavam de 'escravos'
Cinco anos atrás, esta coluna focou em um episódio lateral ao Programa Mais Médicos. Reproduzimos hoje o texto publicado em 1º de setembro de 2013 para cutucar a questão racial embutida na chegada/partida dos cubanos. Tudo a ver com o feriado do Dia da Consciência Negra:

"(...)Vale esmiuçar uma foto estampada na primeira página da "Folha de S.Paulo" desta terça-feira. A imagem mostra, em primeiríssimo plano, um homem de estatura forte e fisionomia tensa. Sua linguagem corporal é defensiva. Ele mantém o olhar fixo em algum ponto morto, talvez para evitar contato visual com a hostilidade à sua volta, e sua alegre camisa amarelona, xadrez, destoa do ambiente carregado. Ele é negro, cubano e médico.

Artigo de Opinião - 70 anos de Direitos Humanos

Rio - Na comemoração dos setenta anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos - adotada em 10 de dezembro de 1948 -, é triste constatar que se trata de um documento ainda desrespeitado. Informe da Anistia Internacional revela que em 2017 e 2018 ocorreram abusos na maioria dos países do planeta. A pena de morte ainda vigora em 53 países e aproximadamente 68,5 milhões de refugiados curtem longe de suas pátrias a dor do exílio. A violência e a ação de grupos de extermínio persistem na América Latina. O direito à vida, à igualdade perante a lei e à liberdade continua sendo, para populações inteiras, um sonho muito distante.

Artigo de Opinião - A ministra e Jesus na goiabeira


Por João Batista Damasceno*

Publicado às 03h00 de 22/12/2018 - Atualizado às 03h00 de 22/12/2018

Artigo de Opinião - Finlândia - Educação revolucionária

A Finlândia é conhecida por algumas curiosidades, como por exemplo, ser a terra dos mil lagos e ter como cidadão ilustre o Papai Noel. Dizem que a casa do Bom Velhinho fica na cidade de Rovaniemi, na Lapônia, no extremo norte do país. Também é famosa pelo fenômeno natural do sol da meia-noite, muito comum ao norte do Círculo Polar Ártico e ao sul do Círculo Polar Antártico, quando o rei do sistema solar é visível por 24 horas do dia, nas datas próximas ao solstício de verão. Mas é na Educação que estão os maiores exemplos finlandeses para toda a humanidade.

Artigo de Opinião - Escola sem Partido - Nova Inquisição

Calar e criminalizar professores que apresentam e mediam o conhecimento é o mesmo principio da censura que ocorreu na inquisição (com os requintes de estar fundamentada no moralismo religioso) e na ditadura militar

Por Robson Terra Silva Coord. da Feteerj (Fed. dos Trabalhadores em Estab. de Ensino-RJ)

Crônicas do Dia - Sobre a ingratidão

Rio - Tentei acordar. Não pude. Já estava acordado. Tentei imaginar que se tratava de um pesadelo. Era um pesadelo. Meu próprio filho. Abro a janela e o dia está cinzento. Torno a fechar. Prefiro ficar no silêncio do meu cômodo. Incomoda-me o barulho dos pensamentos. Eu jamais faria isso com meu pai. Jamais!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Artigo de Opinião - Professores, resistam à imbecilidade Bolsonária !


Universidade: a última trincheira contra a estupidez da Era Bolsonaro
Luiz Cláudio Cunha*

Artigo de Opinião - O sequestro da Educação

Por Bernardo Mello Franco
Para ex-ministro,pressão sobre escolas pode agravar três problemas: abusos sexuais, gravidez precoce e transmissão de doenças

Artigo de Opinião - É quase Natal


Por Gabriel Chalita*

Amanhã é Natal. Ou véspera do Natal. Então, hoje também é véspera. É quase. Quase é o que ainda não chegou. Ou não aconteceu. Quase ganhou. Quase passou. Quase encontrou.

Artigo de Opinião - Desavenças eleitorais na mesa da Ceia


Por Maria Tereza Maldonado*

"Não consigo perdoar minha mãe por ter votado naquele candidato! Tentei de tudo para ela mudar de ideia! Argumentei tanto, tentando mostrar por A B que ela estava errada, mas não adiantou! Resultado: estou sem falar com ela e com outras pessoas da família que também votaram no mesmo cara! E agora vem a festa de Natal..."

Você sabia disso ? - Equipe de Bolsonaro que cobrança de mensalidades em universidades federais


Assessores alegam custo elevado na comparação com particulares e o fato de grande parte das vagas ser ocupada por alunos de famílias com alta renda; entidades negam a relação e especialista vê inconstitucionalidade


         
Lígia Formenti, Leonencio Nossa e Adriana Fernandes, O Estado de S.Paulo

Artigo de Opinião - Novembro Negro de Zumbi dos Palmares

Rio - Zumbi dos Palmares morreu no dia 20 de novembro de 1695 aos 40 anos de idade. Aos 14, libertou-se para se tornar um guerreiro e liderar movimentos em busca da liberdade para os seus pares. Sua bravura espraiou-se por séculos fazendo com que recebesse homenagens tentaculares, a saber: nome do aeroporto em Maceió, busto erguido na Praça Onze, ponto central da chamada Pequena África do Rio de Janeiro, mais feriado em algumas cidades do país, afora se tornar enredo da Unidos de Vila Isabel, nos idos de 1988, quando, no Centenário da Abolição, a escola venceu o carnaval carioca, com o samba-enredo inesquecível 'Kizomba, Festa da Raça'.

Artigo de Opinião - "Escola sem partido?" - João Batista Damasceno


Escola não pode ter partido, mas igreja também não. Nem concessões de canais de TV e estações de rádio para proselitismo religioso. É o que dispõe a legislação em vigor

Por João Batista Damasceno Doutor em Ciência Política e juiz de Direito

Você sabia disso ? - Fé desrespeitada: A dificuldade no combate à intolerância religiosa

Durante anos, os sábados de Marco Antônio Pinho Xavier, presidente do Movimento Umbanda do Amanhã (Muda) e liderança à frente da Tenda Espírita Caboclo Flexeiro, em Santíssimo, no Rio, foram repletos de agressões. Nos dias de celebração, ele encontrava as janelas e altares do terreiro quebrados e as portas sujas de óleo e sal. Também era xingado pelos ocupantes do segundo andar do imóvel apenas por professar sua fé. Os anos de intolerância foram revertidos em inúmeros boletins de ocorrência que, segundo ele, nunca viraram processos.

domingo, 23 de dezembro de 2018

Artigo de Opinião - Saúde mental também é emergência

Rio - Atuar em emergências médicas não significa apenas tratar do impacto físico de doenças, das dores ou feridas visíveis. Nossas experiências nos mostram, cotidianamente, que aquilo que é invisível às vezes pode doer mais e por mais tempo do que qualquer mal do corpo.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Artigo de Opinião - Nunca vi escola com partido


O Globo19 Dec 2018
oglobo.globo.com/opiniao/ 


Luiz Antonio Aguiar é escritor

Sou escritor, com livros dedicados principalmente a crianças e jovens. Há mais de 30 anos, percorro colégios e eventos do mercado editorial, como feiras de livros e festas literárias, para conversar sobre literatura com crianças, jovens leitores, pais e avós, professores, público em geral. Além disso, sou professor em cursos de qualificação de professores, em literatura, em diferentes espaços. Cito tudo isso para mostrar que é amplo o meu contato com a instituição educacional, colaborando nessa mediação entre a literatura e a escola. E jamais, em toda essa trajetória, vi uma escola com partido.