terça-feira, 28 de novembro de 2017

Você sabia disso ?

A ideia de criar - se um Espaço de Cultura despontou da atenta observação, a partir da experiência de seu idealizador, de que , nos dias atuais, enorme parcela de educandos chega, até mesmo, ao Ensino Superior com considerável defasagem nas competências e habilidades de leitura, interpretação e produção textual, pelas mais distintas razões.
Com base na constatação dessas imensuráveis lacunas, surgiu a proposta de conceber - se um espaço que se propõe, de alguma forma, suprir tais carências inserindo mais significativamente, o seu aluno no universo da Leitura, Cultura e Escrita.
E a fim de capacitar nosso educando culturalmente, além das 02 horas de Aulas Particulares semanais, que ocorrem em nosso espaço, sito na rua João Alves Jobim Saldanha, nº 15 - Bairro da Glória - Fone Whatsapp - (22) 99931 - 7873, onde são desenvolvidas atividades buscando-se qualificar os aspectos de interpretação, estruturação ( Gramática) e produção de textos, o Projeto oferece, como um diferencial do trabalho a ser desenvolvido, também o que convencionou - se denominar Ações Culturais.
Ações Culturais
* evidenciado trabalho de leitura, análise e interpretação de textos diversos;
* desenvolver a competência leitora a partir das Matrizes de referência do ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio e dos Descritores observados no PDE - Plano de Desenvolvimento da Educação; 
* procurar manter o educando em constante contato com os diversos Gêneros Textuais;
* com suporte no acesso ao Blog - Quem não gosta de Literatura - http://quemnaogostadeliteratura.blogspot.com.br/ - atualizar o educando dos principais acontecimentos que o rodeiam;
* proporcionar o acesso irrestrito a leitura de diversas obras de nosso acervo, tornando "obrigatória" a leitura de pelo menos uma obra por mês, com posterior atividade lúdica a respeito da mesma;
* desenvolvimento de Projetos Literários que envolvam biografia, contextualização e obra de um autor renomado da Literatura Brasileira, sendo neste ano de 2017, trabalhado o Projeto - Lima Barreto - Um Grito Negro no Brasil;
* efetuação de Palestras com temáticas culturais relacionadas aos temas trabalhados nos Projetos Literários, a serem marcadas precedentemente;
* levar o aluno a participar do Projeto - Cinema no Espaço, que procura inferir a utilização do cinema como uma ferramenta de ensino - aprendizagem oportunizando enfocar aspectos culturais, históricos, literários e políticos a partir de uma ampla interpretação;
* promoção de Excursões com temáticas culturais relacionadas também aos motes desenvolvidos nos Projetos Literários, a serem marcadas precedentemente.
* realização de Sarais Culturais.
> Ligue - nos, marque uma visita, venha conhecer melhor o Projeto e faça já sua reserva 2018 

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Crônicas do Dia - A caça às bruxas - Ruth de Aquino

Quando vi populares atear fogo a um boneco com o rosto da filósofa americana de 61 anos Judith Butler em frente ao Sesc Pompeia, em São Paulo, sob gritos de “queima, bruxa”, senti arrepios de medo pelo que nos espera em 2018. Outro boneco foi queimado: o do “bruxo” Fernando Henrique Cardoso. Logo ele, FHC, um bruxo sem magia, que não consegue o milagre de unir o PSDB e frear a vaidade incontrolável de Aécio Neves.

Charge - Humor


Crônicas do Dia - Para além da árvore do esquecimento - Gabriel Chalita



Navios negreiros trouxeram dores inconfessáveis. O último contato com a terra-mãe, a África, se dava no "portal do não retorno"

Crônica do Dia - O conselho do Baobá - Gabriel Chalita

Baobá começou por dizer que era bom estarem juntos

11/11/2017 
O DIA

Rio - Lá estava ela, a árvore gigante, a que guarda segredos e sabedorias, a que enfrenta as intempéries e continua crescendo, a que não se apressa a não ser para não desperdiçar os tempos da infância. Sim, ela, a árvore, gosta das crianças. Ela as vê com raízes de esperança. Ela as aguarda com sombras preciosas para o tempo do aconchego. E com elas conversa.

Você sabia disso ? - Redação do ENEM


O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017, “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”, acompanhou a importância que a prova passou a dar aos alunos surdos – pela primeira vez, há a versão em vídeo para os candidatos que não são ouvintes.

"Ser o tema do Enem é uma forma de expandir a discussão para todos os alunos. Os surdos devem fazer parte da sociedade e ter consciência disso é parte importante do processo", afirma Cyntia Teixeira, doutoranda da PUC-SP e professora no Instituto Federal de São Paulo.

O G1 entrevistou especialistas no assunto para entender quais os tópicos que poderiam ser abordados no texto.

Carência de intérpretes

O primeiro ponto ressaltado é o diagnóstico do sistema educacional do Brasil. “Existe a carência de intérpretes capacitados para atuar em escolas e universidades, por exemplo. A formação costuma ser generalista”, afirma Carla Sparano, intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e doutoranda em Linguística Aplicada e Estudos de Linguagem na PUC-SP.

O professor Everton Pessôa de Oliveira, tradutor-intérprete de Libras-português, explica que a formação desses profissionais costuma ocorrer em ambientes informais, como em espaços religiosos e familiares.

Resistência à inclusão

Everton reforça que, apesar de a legislação proibir, há escolas particulares que negam a matrícula de crianças surdas ou cobram taxas extras da família para que seja contratado um professor bilíngue ou intérprete.

“E nas públicas, o quadro não é diferente: a lei não é sempre cumprida. Dou aula no município de Mauá (SP) e lá temos um intérprete de Libras para cada aluno surdo. Mas isso é exceção: não ocorre em todas as escolas municipais, muito menos nas estaduais”, afirma.

Compreensão equivocada do conceito de incluir

É importante ressaltar que incluir vai muito além de aceitar a matrícula do aluno com deficiência. A mera presença da criança surda na escola não garante que ela esteja incluída. É preciso adaptar atividades e investir na formação de docentes, por exemplo, além de reforçar a relação entre escola, família e comunidade.

“O professor necessita compreender as necessidades do aluno surdo, entender que é preciso investir em uma pedagogia mais visual. Não dá para aplicar uma atividade separada para o aluno com deficiência. É preciso adaptar as tarefas para a sala inteira”, diz Carla Sparano.

A importância do coletivo

Cyntia Teixeira diz que a educação dos surdos não deve ser uma preocupação apenas da comunidade deles. É preciso que o coletivo se mobilize para aprender a dominar Libras. “Se fosse uma preocupação de todos desde a infância, a inclusão no mercado de trabalho deixaria de ser um obstáculo, por exemplo”, afirma.

Uma das propostas de intervenção na redação poderia ser essa, inclusive: a disciplina de Libras só existe nas licenciaturas e nos cursos de pedagogia e de fonoaudiologia, segundo o decreto nº 5626, de 2005. “Mesmo nesses casos, é mais uma reflexão sobre o assunto que um aprendizado”, diz o professor Everton. “Deveria existir uma formação desde a escola e em todas as graduações.”

Escolas inclusivas x escolas bilíngues

Existem especialistas que defendem a importância das escolas bilíngues (Libras-português) exclusivas para surdos – em vez de apostarem na inclusão em colégios regulares.

“A política de inclusão vale para cegos, cadeirantes ou pessoas com deficiência intelectual, que compartilham a mesma língua: o português. Eles necessitam de adaptações de conteúdo ou arquitetônicas no prédio, por exemplo. No caso dos surdos, a grosso modo, o que deve ser oferecido é a educação na língua em que eles falam: Libras”, explica Daniela Takara, professora em uma escola municipal bilíngue em São Paulo.

“O que é necessário para um surdo obter sucesso escolar é um lugar onde as pessoas consigam de fato se comunicar com ele e, a partir da discussão, trocar informação, construir conhecimento. O português está para o surdo assim como inglês está para nós. É a segunda língua”, completa.

Karin Strobel é surda, professora de Libras-Letras na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e autora do livro "As imagens do outro sobre a cultura surda". Ela concorda com a importância da criação de escolas bilíngues para a primeira etapa de ensino – só depois de dominarem Libras é que os alunos deveriam ser incluídos nas escolas regulares. “A contratação dos intérpretes em escolas regulares é importante para os adolescentes, no ensino médio, por exemplo. Mas em ensino infantil e fundamental, é preciso introduzir Libras, investir na pedagogia visual, nos materiais didáticos próprios para eles”, explica.

“Tenho um filho surdo que estudou em escolas inclusivas da prefeitura e do Estado, mas os professores eram despreparados. Aos 11 anos, ele está agora com professores bilíngues e colegas surdos, aprendendo de verdade”, conta.

https://g1.globo.com/educacao/enem/2017/noticia/redacao-do-enem-especialistas-em-educacao-de-surdos-sugerem-argumentos-para-o-texto.ghtml

sábado, 11 de novembro de 2017

Artigo de Opinião - Você sabe falar javanês ? - Conrado Adolpho


No conto “O Homem que sabia javanês”, de 1911, Lima Barreto conta a história do senhor Castelo, um malandro que fingia saber javanês para conseguir um emprego. É lógico que, como ninguém sabia falar javanês, ele acaba ficando famoso por ser o único tradutor de tal idioma. Um embuste.

Artigo de Opinião - O homem que sabia javanês e a Ética da Verdade - Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy



Lima Barreto viveu estado de permanente exclusão, o que certamente justificou o alcoolismo crônico que o derrubou, tirando-lhe a vida ainda muito jovem. Lima Barreto faleceu com pouco mais de 40 anos. Observador de ordem política que nascera da escravidão — ele mesmo descendente direto de escravos —, e que se fizera aliada de bacharelismo oco sem limites, Lima Barreto criticou a cultura oficial que ornava o Brasil dos bacharéis.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Artigo de Opinião - Tarefa de casa - José Pacheco


Crianças viraram adultos, pais viraram avós. Ecos de infantis agitos deram lugar ao deambular de idosos nas ruas do bairro. Uma escola orfã de alunos albergou serviços administrativos. Decorridos alguns anos, foi solução de alojamento de jovens ociosos, oriundos de famílias com menos de dois dólares de rendimento familiar diário. Ainda o sol não nasceu e já circulam ônibus nas estradas de terra da periferia, numa leva de jovens para um edifício cercado de grades e câmeras de vigilância, a que chamam “escola”. Cinco horas após a chegada, os ônibus devolvem à favela os alunos da manhã. E a cena se repete no turno da tarde, eivada de queixumes:

domingo, 5 de novembro de 2017

Tema da Redação ENEM 2017

A professora Carolina Pavanelli, do Sistema Eleva de Ensino, escreveu uma redação com base no tema "Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil", proposto pela prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano. Leia o texto abaixo:

Sinfonia de inércia

A história nos conta que Beethoven, notadamente surdo, encostava uma ponta de um canudo em sua orelha e outra no piano, a fim de que sentisse as vibrações das notas que não podia escutar. O músico alemão, porém, era um gênio, que pouco precisava de instrução formal para desenvolver sinfonias estupendas. A realidade da maioria das pessoas com deficiência auditiva, inclusive no Brasil, é bem diferente. A dificuldade de proporcionar uma educação de qualidade para pessoas surdas é um problema de descaso histórico. Afinal, enaltecemos o fato de que foi ouvido, no Ipiranga, o brado retumbante de um povo heroico, mas nos esquecemos de que, independentemente da placidez das margens e de quaisquer prosopopeias ufanistas, vivemos onde muitos não conseguem ouvir.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Editorial do Jornal O Debate - Saúde

Pode até ser clichê, mas a sequência de denúncias e reclamações que se propagam pelas redes sociais, nos últimos dias, evidenciam o estado crítico em que se encontra a gestão da rede municipal de Saúde, um sinal de que os efeitos da recessão econômica nacional são potencializados na rotina do cidadão carente.

Caro e complexo, o sistema de assistência médica do município requer, por ano, mais de R$ 500 milhões para sustentar uma cadeia que conta com
hospitais de média e alta complexidade, unidades
de emergência, postos de saúde e polos da Estratégia da Saúde da Família (ESF).