terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Entrevista - Mary Del Priore

Com mais de 30 livros publicados, a historiadora Mary Del Priore está lançando o primeiro volume de uma ambiciosa tetralogia: “Histórias da gente brasileira – Vol.1: Colônia” (Leya, 432 pgs. R$ 54,90). Menos preocupada com os grandes fatos, feitos e nomes, vitórias e fracassos que marcaram a nossa nação que com aspectos esquecidos da vida cotidiana, ela investiga os códigos da vida de personagens anônimos e esquecidos. Busca, assim, registrar as verdadeiras histórias de pessoas comuns, mostrando como elas se vestiam, onde moravam, o que comiam, o que faziam para se divertir, como se relacionavam.  Nesta entrevista, Mary fala sobre a sua pesquisa, que lança luzes sobre a formação da nossa identidade como brasileiros.

Crônicas do Dia - Metas de vida - Walcyr Carrasco

Dou ossinhos de petshop a minha cachorra Luna. Ela enterra. Depois desenterra. Simples assim. Se uma pomba dá mole, ela come, sem problemas de consciência. Luna é husky, e como tal, caçadora. Não enfrenta nenhum movimento pelos direitos dos pombos. Simplesmente pula em cima e depois engole até as penas. Gosta quando coço suas orelhas. Se chega uma visita que ela adora, simplesmente deita, patas para cima, expondo as partes íntimas. Que é exatamente o que eu gostaria de fazer, dependendo da visita. Mas sento educadamente e ofereço um café. Luna sábia. Eu a sustento. Ela nem mesmo tem a preocupação de ganhar a vida.

Artigo de Opinião - Nem censura moral, nem dirigismo cultural

Por Frederico de Almeida, no Justificando

Anunciado esta semana, o acordo celebrado pelo Ministério Público Federal e pelo banco Santander encerrou a intervenção da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão na polêmica do cancelamento da exposição Queermuseu, patrocinada pelo banco em seu centro cultural em Porto Alegre. A emenda ficou pior do que o soneto.

Artigo de Opinião - Racismo de reação

Por Angela Alonso*, na Folha
O Brasil agora gosta de se definir como multicultural. O nome antigo era “democracia racial”, mas o sentido permanece: não temos conflitos étnicos. A harmonia na diversidade é um mito nacional e, como todos os mitos, encobre e revela. Encobre a desigualdade entre os grupos étnicos e revela a dificuldade coletiva em tratar do assunto.