domingo, 16 de setembro de 2018

Crônicas do Dia - Avanços e diversidades nas escolas

Rio - Uma análise do cenário educacional nos revela os avanços e as diversidades que permeiam a sociedade. Quando buscamos olhar de forma abrangente, constatamos que não lidar com as diferenças é não perceber a diversidade que nos cerca. Neste cenário, levamos em consideração a relação social e o fundamental papel das escolas no favorecimento e na sustentação da formação integral do indivíduo. A escola tem importância ao realizar e conduzir um trabalho que abra espaço para a efetiva formação, considerando que todos os alunos têm características, talentos e interesses únicos. Mas, além de tudo, cada um tem trajetória de vida singular, com diferentes condições sociais, emocionais, físicas e intelectuais.

Crônicas do Dia - Só Freud explica - Zuenir Ventura

Nestes tempos de incongruências e contradições, algumas perguntas são inevitáveis para tentar explicar certos comportamentos coletivos na hora de decidir. O que nos leva a esta e não àquela preferência? O que define nossas escolhas, seja de um produto para consumo, uma pessoa para amar ou um candidato à presidência da República? O que afinal nos move — a razão ou a emoção, a cabeça ou o coração? Alguém, no século XVII, já deu uma resposta que ainda hoje não perdeu a validade e já é até lugar-comum: “O coração tem razões que a própria razão desconhece”, decretou Blaise Pascal, o prodigioso matemático, físico, inventor, filósofo e teólogo católico francês.

sábado, 15 de setembro de 2018

Crônicas do Dia - Os contos do vigário

O Doutor Bumbum e a Paty Bumbum não foram os primeiros e nem serão os últimos a aplicar o velho e popular conto do vigário. A expressão caiu em desuso; mas a prática, não, como prova a intensa atividade de ilícitos do médico Denis Furtado e da falsa médica Patricia Silvia dos Santos, agora presos. Ele alega em sua defesa já ter realizado nove mil operações, e ela informa que vem exercendo a medicina assim, ilegalmente, há 13 anos. Quer dizer: se não tivesse havido morte com denúncia, eles provavelmente continuariam agindo impunemente.

Artigo de Opinião - Liberdade religiosa: faço fé

Ivanir dos Santos

Hoje, dez anos depois as nossas primeiras ações em prol da liberdade religiosa, ainda nos vemos sobre um grande caminho a ser percorrido

Crônicas do Dia - Incêndio de direitos

João Batista Damasceno, colunista do DIA 


Rio - Queima total! Assim o comércio popular anuncia as liquidações. O Brasil está à venda por preço vil e tudo está em chamas. Queimam a Constituição, os direitos dos trabalhadores, as garantias individuais, as referências de ordem e a esperança. O incêndio no Museu Nacional é emblemático e retrata o descaso com os valores que haveriam de nos caracterizar como nação. Há os que, armados e fardados, se ufanam e choram diante da bandeira com as cores das casas reais de Bragança e Habsburgo, mas não se sensibilizam com a desgraça que se abate sobre o país.

Crônicas do Dia - Precisamos ler Paulo Freire

Penso que se hoje estivesse vivo, Freire poderia escrever a 'Pedagogia do Respeito', ensinando que a maior violência contra a educação é a violência contra o professor

Eugênio Cunha

Crônicas do Dia - Memórias da ditadura II



Artur Xexéo

“Roda viva”, o primeiro musical teatral de Chico Buarque, tornou-se inesquecível muito mais pelo símbolo contra a ditadura militar no qual se transformou do que por suas qualidades dramatúrgicas. A peça teve sua carreira interrompida quando uma de suas sessões foi invadida por um grupo conhecido como Comando de Caça aos Comunistas (CCC). O cenário foi destruído, o elenco foi acuado, Marília Pêra foi agredida e “Roda viva” entrou para a História. Foi exatamente há 50 anos. Pouca gente viu “Roda viva” depois disso, e o musical de Chico tornou-se um mistério.

Crônica do Dia - Memórias da Ditadura

- Artur Xexéo
O Globo 02/04/2014

Talvez tenha sido um dia depois do golpe. É difícil
precisar. Afinal, até hoje ninguém sabe direito em que dia aconteceu o golpe. Sempre soube que foi no dia primeiro de abril, mas que, ao contar a história, os militares o anteciparam para o dia 31 de março, para que não coincidisse com o Dia da Mentira. Leio agora, entre as muitas reportagens que marcam o 50º aniversário do fato, que foi na madrugada de 2 de abril. Então deve ter sido no dia 3 de abril de 1964, uma sexta - feira, primeiro dia de aula depois do golpe. Quando entrei na sala do colégio em que estudava em São Paulo, estava lá, com letra bonita, toda redondinha, escrito no quadro-negro: “Para uma fortaleza vermelha, só mesmo um Castelo Branco”.

domingo, 9 de setembro de 2018

Os dividendos eleitorais do ataque a Bolsonaro POR BERNARDO MELLO FRANCO

Madrugada de sexta-feira, entrada da Santa Casa de Juiz de Fora. Cercado de câmeras e microfones, o deputado Flávio Bolsonaro é questionado sobre o estado de saúde do pai. Ele responde em cinco segundos e emenda uma mensagem política: “Vocês acabaram de eleger o presidente. Vai ser no primeiro turno”.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Artigo de Opinião - Museu Nacional, um projeto civilizatório que fracassou

Relatos sobre o abandono do Museu Nacional deixaram atônitos muitos brasileiros que assistiram pela televisão às labaredas consumirem 200 anos de pesquisa. É impossível não sentir uma certa resignação com a tragédia. Afinal, o Museu Nacional não é o primeiro a ter este destino, e não há indícios de mudanças para que seja o último. A sensação é que naturalizamos a ideia que a cultura não faz parte do projeto de Brasil e, por isso, é normal vê-la destruída. É só acompanhar os comentários de internautas satisfeitos com o incêndio nas redes sociais: "Segue o baile! Se não há vítimas, deixa queimar essa história comunista que criaram", afirmou um entusiasta da tragédia. "Um gasto a menos nos cofres públicos", disse outro.

Crônicas do Dia - O Brasil queimou = e não tinha água para apagar o fogo


ELIANE BRUM

Eu vim ao Rio para um evento no Museu do Amanhã. Então descobri que não tinha mais passado
Eu vim ao Rio para um evento no Museu do Amanhã.

Artigo de Opinião - Catástrofe cultural


O incêndio do Museu Nacional revela que o Brasil renunciou a zelar pelo saber

O fogo roubou muitas vezes o patrimônio da humanidade. As imagens da Biblioteca de Sarajevo destruída pelas chamas durante o cerco sérvio ou da Biblioteca Nacional incendiada durante a queda de Bagdá em 2003 serviram para resumir a dimensão dos conflitos que não só destruíram o presente dos povos que os sofrem, mas também seu passado e, portanto, parte de seu futuro. O Nome da Rosa, o célebre romance de Umberto Eco, termina com o incêndio de uma gigantesca biblioteca queimada pelo fanatismo que prefere as chamas ao conhecimento. Mas o que aconteceu no Museu Nacional não é resultado de uma guerra ou de um ataque intencional: é fruto da incompetência e da incapacidade do Estado brasileiro de proteger seu patrimônio científico e cultural. Os cortes de gastos em tempos de crise nunca deveriam servir de pretexto para negligenciar uma instituição dessas dimensões.

Artigo de Opinião - Incêndio do Museu Nacional foi um crime


Políticos prometem reconstruir o prédio para que as gerações futuras não os incriminem
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*JOSÉ NÊUMANNE, O Estado de S.Paulo