quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Desculpe, Luis! Nós não aprendemos nada com 2016



Edgard Maciel


Era noite de Natal. Provavelmente você estava em casa, depois de passar um dia feliz em família. São Paulo estava vazia, poucos perambulavam pelas ruas da metrópole. Na cidade que não para, só tinha o passo apressado o trabalhador que nem no aniversário de Jesus Cristo tem o direito de sossegar e se reunir com os seus. A escolha é sempre uma só: correr atrás do sustento da família e esperar um dia melhor chegar.

Luis Carlos Ruas, de 54 anos era o exemplo deste brasileiro. Trabalhava a partir das 6h da manhã e não parava antes das 23h. Era vendedor ambulante no centro da capital paulista. Na noite de Natal, lá estava ele: vendendo salgados e refrigerantes na porta da estação do metrô Dom Pedro II.

Não sabemos, a fundo, quem foi Luis. O que ele fez durante os seus 54 anos de vida. Casou? Teve filhos? Foi feliz? Era um homem bom? Importava-se com o próximo? Mesmo sem as respostas prontas e perfeitas, às 22h30 da noite de domingo, a maioria das perguntas sobre o desconhecido foram respondidas.


Era noite de Natal. Provavelmente você estava em casa, depois de passar um dia feliz em família. São Paulo estava vazia, poucos perambulavam pelas ruas da metrópole. Na cidade que não para, só tinha o passo apressado o trabalhador que nem no aniversário de Jesus Cristo tem o direito de sossegar e se reunir com os seus. A escolha é sempre uma só: correr atrás do sustento da família e esperar um dia melhor chegar.

Luis Carlos Ruas, de 54 anos era o exemplo deste brasileiro. Trabalhava a partir das 6h da manhã e não parava antes das 23h. Era vendedor ambulante no centro da capital paulista. Na noite de Natal, lá estava ele: vendendo salgados e refrigerantes na porta da estação do metrô Dom Pedro II.

Não sabemos, a fundo, quem foi Luis. O que ele fez durante os seus 54 anos de vida. Casou? Teve filhos? Foi feliz? Era um homem bom? Importava-se com o próximo? Mesmo sem as respostas prontas e perfeitas, às 22h30 da noite de domingo, a maioria das perguntas sobre o desconhecido foram respondidas.

Da sua barraca, o ambulante interveio em um episódio que ninguém enxerga - ou prefere não enxergar. Ele viu Brasil, uma travesti, como mais uma vítima de homofobia. Viu Brasil sendo agredida por dois homens. Viu Brasil quase entrar para a estatística de mais um homossexual morto de forma violenta a cada 28 horas neste País.

"Foi tudo muito estranho. Eu estava saindo do local onde trabalho, e, do nada, surgiu um jovem meio forte, que começou a me dar socos. Aí, apareceu outro, e começou a me chutar. Não houve nenhuma troca de palavras. Apenas agressões. Um amigo meu, que é travesti, chegou para me ajudar e também apanhou", disse Brasil em entrevista à Rádio Jovem Pan.

Era noite de Natal. Provavelmente você estava em casa, depois de passar um dia feliz em família. São Paulo estava vazia, poucos perambulavam pelas ruas da metrópole. Na cidade que não para, só tinha o passo apressado o trabalhador que nem no aniversário de Jesus Cristo tem o direito de sossegar e se reunir com os seus. A escolha é sempre uma só: correr atrás do sustento da família e esperar um dia melhor chegar.

Luis Carlos Ruas, de 54 anos era o exemplo deste brasileiro. Trabalhava a partir das 6h da manhã e não parava antes das 23h. Era vendedor ambulante no centro da capital paulista. Na noite de Natal, lá estava ele: vendendo salgados e refrigerantes na porta da estação do metrô Dom Pedro II.

Não sabemos, a fundo, quem foi Luis. O que ele fez durante os seus 54 anos de vida. Casou? Teve filhos? Foi feliz? Era um homem bom? Importava-se com o próximo? Mesmo sem as respostas prontas e perfeitas, às 22h30 da noite de domingo, a maioria das perguntas sobre o desconhecido foram respondidas.



Da sua barraca, o ambulante interveio em um episódio que ninguém enxerga - ou prefere não enxergar. Ele viu Brasil, uma travesti, como mais uma vítima de homofobia. Viu Brasil sendo agredida por dois homens. Viu Brasil quase entrar para a estatística de mais um homossexual morto de forma violenta a cada 28 horas neste País.

"Foi tudo muito estranho. Eu estava saindo do local onde trabalho, e, do nada, surgiu um jovem meio forte, que começou a me dar socos. Aí, apareceu outro, e começou a me chutar. Não houve nenhuma troca de palavras. Apenas agressões. Um amigo meu, que é travesti, chegou para me ajudar e também apanhou", disse Brasil em entrevista à Rádio Jovem Pan.



Luis viu e não se omitiu. Tentou parar com a violência, com o ódio. Em retribuição, virou o alvo dela. "Ele só tentou me defender. Chegou e falou: 'não bate nele. O que ele fez?'. E voltou para o carrinho dele... Foi quando os dois correram atrás dele. Ele apanhou até morrer", lamentou Brasil.

Voluntariamente, Luis se colocou na pele do que gays, lésbicas, travestis e transexuais sofrem todos os dias. Foi alvo da intolerância, da violência e do preconceito. Foi o foco de tanto sentimento ruim, de tanto ódio, que morreu espancado, estirado no chão da estação de metrô.

Em plena noite de Natal, morreu um homem que apenas defendeu o próximo, sem distinção de raça, gênero ou profissão. Tantas semelhanças com o aniversariante do dia, não?

Na noite do dia 26, a Polícia Civil afirmou que identificou os dois homens que assassinaram Luis. São eles: Alípio José Belo dos Santos e Ricardo Nascimento Martins. A dupla deve se entregar ainda nesta terça-feira (27).

"A polícia apura possível envolvimento de um grupo de intolerância na autoria do crime", informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP).


Era noite de Natal. Provavelmente você estava em casa, depois de passar um dia feliz em família. São Paulo estava vazia, poucos perambulavam pelas ruas da metrópole. Na cidade que não para, só tinha o passo apressado o trabalhador que nem no aniversário de Jesus Cristo tem o direito de sossegar e se reunir com os seus. A escolha é sempre uma só: correr atrás do sustento da família e esperar um dia melhor chegar.

Luis Carlos Ruas, de 54 anos era o exemplo deste brasileiro. Trabalhava a partir das 6h da manhã e não parava antes das 23h. Era vendedor ambulante no centro da capital paulista. Na noite de Natal, lá estava ele: vendendo salgados e refrigerantes na porta da estação do metrô Dom Pedro II.

Não sabemos, a fundo, quem foi Luis. O que ele fez durante os seus 54 anos de vida. Casou? Teve filhos? Foi feliz? Era um homem bom? Importava-se com o próximo? Mesmo sem as respostas prontas e perfeitas, às 22h30 da noite de domingo, a maioria das perguntas sobre o desconhecido foram respondidas.

Da sua barraca, o ambulante interveio em um episódio que ninguém enxerga - ou prefere não enxergar. Ele viu Brasil, uma travesti, como mais uma vítima de homofobia. Viu Brasil sendo agredida por dois homens. Viu Brasil quase entrar para a estatística de mais um homossexual morto de forma violenta a cada 28 horas neste País.

"Foi tudo muito estranho. Eu estava saindo do local onde trabalho, e, do nada, surgiu um jovem meio forte, que começou a me dar socos. Aí, apareceu outro, e começou a me chutar. Não houve nenhuma troca de palavras. Apenas agressões. Um amigo meu, que é travesti, chegou para me ajudar e também apanhou", disse Brasil em entrevista à Rádio Jovem Pan.



Luis viu e não se omitiu. Tentou parar com a violência, com o ódio. Em retribuição, virou o alvo dela. "Ele só tentou me defender. Chegou e falou: 'não bate nele. O que ele fez?'. E voltou para o carrinho dele... Foi quando os dois correram atrás dele. Ele apanhou até morrer", lamentou Brasil.

Voluntariamente, Luis se colocou na pele do que gays, lésbicas, travestis e transexuais sofrem todos os dias. Foi alvo da intolerância, da violência e do preconceito. Foi o foco de tanto sentimento ruim, de tanto ódio, que morreu espancado, estirado no chão da estação de metrô.

Em plena noite de Natal, morreu um homem que apenas defendeu o próximo, sem distinção de raça, gênero ou profissão. Tantas semelhanças com o aniversariante do dia, não?

Na noite do dia 26, a Polícia Civil afirmou que identificou os dois homens que assassinaram Luis. São eles: Alípio José Belo dos Santos e Ricardo Nascimento Martins. A dupla deve se entregar ainda nesta terça-feira (27).

"A polícia apura possível envolvimento de um grupo de intolerância na autoria do crime", informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP).


O ano de 2016 nos esbanjou com exemplos e lições que poderiam evitar a morte de Luis. Quantas vezes neste ano não lamentamos as incontáveis tragédias? Ainda lembramos do atentado no mês de junho na Pulse, uma boate gay em Orlando, palco do maior massacre de homossexuais dos últimos tempos?

Lembra-se dos pedidos por mais compaixão e mais amor nas redes sociais com a morte de dezenas de sírios? É difícil se lembrar dos gritos por um "país melhor e mais justo" nos protestos contra a corrupção? Ou quem sabe as incontáveis mortes inesperadas que ocuparam os 12 meses deste ano?

O ano foi recheado de episódios para evoluirmos, para deixarmos os pré-conceitos para trás. Mas aí vemos Luis, estirado no chão, mostrando-nos que tudo foi em vão. No começo desta semana derradeira, só nos basta pedir desculpas: não aprendemos nada com 2016.

http://www.brasilpost.com.br/edgar-maciel/luiz-assassinato-homossexual_b_13861046.html?ncid=fcbklnkbrhpmg00000004

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

VAGABUNDA !!!!!


“Negociado sobre legislado” pode reduzir salários e estimular corrupção Leonardo Sakamoto

Por André Campos, para a Repórter Brasil 

Jornadas de trabalho de 24 horas ininterruptas, revistas íntimas na entrada de empresas, redução de salários e até a prisão de sindicalistas acusados de receber vantagens para aprovar medidas contrárias aos interesses dos trabalhadores.

CARTA DO PAPAI NOEL A MICHEL TEMER

À sua excelência sr. Presidente Michel Temer,

Em dezembro passado recebi uma carta de desabafo de vossa excelência lamentando determinadas situações e desejando, de maneira discreta, guinadas “radicais” na política e sociedade brasileira.

As lamentações versavam sobre a desconfiança da então presidente Dilma Rousseff sobre lealdade política, o fato do senhor ser tratado como vice decorativo, além da perda de seu protagonismo político nos últimos anos e a não nomeação dos seus afiliados partidários.

Entre a leitura de diversas cartas e as realizações de muitas solicitações que recebo nessa época do ano, consegui concretizar, de forma quase milagrosa, um dos vossos sonhos mais profundos: a almejada presidência do Brasil. Sei que sua excelência ambicionava esse cargo há muito tempo.

Diante do esforço empreendido na realização dessa empreitada, dou-me a liberdade de escrever esta carta para, desta vez, apontar as minhas lamentações e agruras.

Como é de amplo conhecimento, as minhas atividades destinam-se em fomentar a esperança e presentear diversos pessoas que acreditam na magia do Natal. Essa difícil tarefa é concretizada, todos os anos, devido ao apoio daqueles que ficaram conhecidos como “ajudantes de Papai Noel”, especialmente duendes e reinas.

Poucas pessoas sabem, entretanto, que o Papai Noel e sua equipe escolheram o Brasil, devido ao clima agradável e natureza exuberante, para residir boa parte do ano. Todavia, as ações do vosso governo estão prejudicando as tradicionais atividades do Papai Noel e em especial dos meus ajudantes.

As reinas têm suas atividades intensificadas no período natalino. Nos demais meses, essas criaturas encantadoras desenvolvem diferentes trabalhos na sociedade brasileira. Entretanto, no ano de 2016 ficaram desempregadas somando-se aos 12 milhões de brasileiros que amargam essa condição. Acreditavam que com a mudança do governo a situação melhoraria. Chegaram a bater panelas e protestar nas ruas vestidas de verde e amarelo. Frustradas, passam o dia tentando criar poções mágicas para voltar no tempo.

Os duendes são as maiores vítimas do vosso governo. Muitos não conseguiram concluir seu estudo na idade da adolescência e, por isso, recorriam ao programa Brasil Alfabetizado, interrompido logo após a posse de sua excelência.

Alguns dos filhos desses duendes entraram no ensino superior e sonhavam com a realização de uma graduação sanduíche (parte no Brasil e parte no exterior) através do programa Ciência sem Fronteiras, agora vedado para essa modalidade de ensino.

Os duendes jovens estão ainda mais apreensivos. Assustaram-se com a MP que propõe a reforma do ensino médio e a possibilidade de profissionais com o suposto notório saber e sem conhecimentos pedagógicos assumirem salas de aula.

A PEC 55/241, aprovada no último dia 13, preocupa a todos, especialmente os enfermos que precisam acessar a rede pública de saúde. Duendes e reinas afirmam que se atualmente a saúde brasileira encontra-se na UTI, com a PEC e o congelamento dos gastos públicos por 20 anos teremos uma significativa redução da verba para essa área e, consequentemente, o seu agravamento. Não pretendo polemizar o assunto – estou cansado de ser confundido com comunista -, mas o comentário é que a PEC foi editada, na verdade, para disponibilizar vultosos recursos para subsidiar o setor financeiro.

Mas o golpe final do vosso governo foi infligido com a proposta da reforma da previdência. Duendes e reinas terão que trabalhar até os 65 anos de idade e caso almejem a aposentadoria integral deverão labutar por 49 anos. Impossível!

Sobre este ponto, eu, Papai Noel, aguardo ansioso a minha aposentadoria. Na realidade, conto os dias. Nos meus imprecisos cálculos faltam somente 10 anos para isso. Mas, se compreendi bem a proposta que tramita no Congresso, terei que trabalhar, além dos 10, mais 5 anos de pedágio. Todos esses anos de tralhado geraram diferentes problemas de saúde, como dor nas costas, bico de papagaio, bursite, etc. Sinceramente, sr. Presidente, não sei se conseguirei suportar esse tempo adicional.

Diante desse cenário, chamou-me a atenção nas cartas que estou recebendo este ano uma forte carga de desesperança e quiçá desespero. Lembrei do ditado popular que diz que “povo sem esperança é um povo morto”.

Dito isso e recorrendo a ampla popularidade da figura do Papai Noel, especialmente neste período do ano, venho solicitar que sua excelência repense a permanência em cargo tão importante. Caso renuncie até o dia 31 de dezembro, a população brasileira terá a oportunidade de escolher um(a) presidente que seja sensível às demandas populares. Insisto que caso prossiga no governo, a tradicional esperança brasileira renovada no período natalino esvaíra.

Velho Batuta [transcrito por Francisco Vagner – devido a uma tendinite], especial para os Jornalistas Livres

Delegada sobre 'Operação Gagliasso': 'Autora é menor e negra' Daniela Terra conversou com a imprensa após a polícia identificar autora de racismo contra Titi, filha de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank.



A titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), Daniela Terra, fez uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 21, para falar sobre a Operação Gagliasso, que identificou os suspeitos de praticar crime de racismo na internet contra Titi, de 3 anos, filha dos atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank. Os ataques rascistas aconteceram há pouco mais de um mês e os artistas prestaram queixa.

"Todas as pessoas suspeitas foram levadas para a delegacia e uma menor de 14 anos, moradora de uma comunidade de baixa renda e sem infraestrutura de Guarulhos (SP), confessou (o crime). Ela não se mostrou em nenhum momento arrependida, o que causou estranheza. Perguntamos qual cor ela achava que tinha e ela disse que era negra, que quis fazer isso. Outros suspeitos foram ouvidos, mas chegou-se a conclusão de que eles apenas dividiam a internet com a casa da jovem e não tinham relação com o caso", disse Daniela.

Menor que cometeu o crime é a mesma que atacou Gabi Amarantos na web


A delegada contou ter ficado surpresa porque a menor que foi identificada como autora dos posts tem parentes negros. "É uma família misturada e todos se dizem negros. É com surpresa e tristeza que vemos isso acontecer. É um passo para trás", afirmou a delegada, completando para a surpresa de muitos: "É a mesma menina que fez comentários racistas sobre a Gabi Amarantos". A adolescente vai responder por fato análogo à falsa identidade - por ter criado um perfil falso para fazer as ofensas - e ao crime de injúria por preconceito, qualificado pelo elemento raça, e será apresentada ao Ministério Público de São Paulo ainda nesta semana.

Michel Assef Filho, advogado que representa Bruno e Giovanna, contou que outros comentários racistas foram proferidos contra Titi, mas os artistas optaram por apagá-los. Ele explicou que Bruno não compareceu a coletiva pois já havia se manifestado em um post no Facebook na terça-feira, 20. "Ele publicou a nota para explicar a sensação dele. Todos nós ficamos felizes porque a autoridade policial trabalhou rápido e encontrou a responsável pelas ofensas. Essa foi a forma de eles encerrarem o assunto. O que eles tinham que fazer, fizeram. Agora o caso vai ser encaminhado ao juizado", afirmou.

Indenização e acordo: 'Ainda não foi decidido'

O advogado disse ainda que seus clientes não decidiram se vão ou não pedir uma indenização e que cogitam um acordo com os pais dos menores envolvidos. "É possível que se faça um acordo com os pais para prestar serviços comunitários. Isso ainda não foi decidido, eu que estou falando. Depois que se descobre que é um menor envolvido, os pais sempre respondem", falou.
A delegada Daniela Terra aproveitou para fazer um alerta: "Na maioria das vezes quem pratica esse tipo de crime é menor. Os pais deveriam ter maior fiscalização em cima dos filhos. As pessoas usam a internet achando que não vão ser identificadas por disporem de perfis fakes, mas nós conseguimos chegar a esses perfis e o crime deixa rastros sendo cometido ou não pela internet", garantiu.

Daniela explicou que a jovem não foi apreendida. "Porque não teve violência e nem grave ameaça. Ela vai ser levada ao Juizado da Infância e da Adolescência. Se ela fosse maior, seria diferente", explicou. A delegada-assistente Fernanda Fernandes acrescentou que a pena da menor serão medidas socioeducativas determinadas por um juiz.

Bruno Gagliasso faz desabafo

Bruno Gagliasso se manifestou em seu perfil no Facebook na noite de terça-feira, 20, sobre os suspeitos de praticarem o crime terem sido identificados. "Agradecemos a polícia por ter elucidado todo o caso da agressão a nossa filha. Temos consciência de que ela é apenas mais uma das milhares de pessoas vítimas de preconceito todos os dias nesse país, um país que também é vítima recorrentemente de falta de investimento em educação e de ações afirmativas contra o preconceito racial", escreveu o ator.
E ele não parou por aí: "Não podemos ser tolerantes com o preconceito. Preconceito é crime! Converse com seus pais, com seus filhos e na sala de aula, e, se for vítima de agressão, denuncie, não deixe passar. Temos que colocar luz sobre esse problema", completou Bruno, assinando também em nome de sua mulher, Giovanna Ewbank.


http://ego.globo.com/famosos/noticia/2016/12/delegada-faz-coletiva-para-falar-sobre-operacao-gagliasso.html


quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Por que o reacionarismo brasileiro tem medo de Filosofia e Sociologia ?



Vejamos um exemplo…

A bandeira brasileira tem um lema: “ordem e progresso“. O lema era inspirado na filosofia formulada por Auguste Comte e batizada por ele de “positivismo“. A “ordem” do lema era a preservação de hierarquias tradicionais, o que num país que mal abolira a escravidão era algo trágico, e o “progresso” o econômico e tecnológico. A mensagem implícita é: o Brasil deve crescer, mas no benefício dos privilegiados tradicionais, descendentes dos senhores e traficantes de escravos convertidos em capitalistas e tecnocratas.

Comte também inventou o termo Sociologia, que acabou se institucionalizando nas universidades, e concebeu uma linhagem de teoria social que nunca deveria questionar a “ordem” instituída. Ou seja, não deveria compreender os processos sociais como uma totalidade, apenas realizar análises fragmentárias de fatos sociais parciais. Várias vezes reciclado, o positivismo ajudou a formar gerações e gerações de intelectuais servis, que muitas vezes se acreditavam pessoas progressistas, mas na prática contribuíam para legitimar situações de injustiça social.

Um exemplo de doutrina positivista é a “teoria da modernização”, que numa versão brasileira afirma que nosso maior mal é a nossa cultura, e que a solução para “progredir” dentro da “ordem” seria a imposição da supremacia do mercado nas relações sociais.

Este é só um exemplo. Sem filosofia ou sociologia os alunos não conheceriam a origem e o significado do lema “ordem e progresso” na bandeira brasileira, da mesma forma que sem história crítica continuariam achando que os quadrados verde e amarelo da bandeira representariam a exuberância da natureza e da riqueza do Brasil, e não a dinastia portuguesa que continuou governando o país por 77 anos após a independência.

E a supremacia de uma oligarquia fanática por seus próprios privilégios, como é a brasileira, exige que todo questionamento seja prevenido e reprimido.

http://voyager1.net/sociedade/quem-tem-medo-da-filosofia-e-sociologia-no-ensino-medio/

sábado, 10 de dezembro de 2016

Você sabia disso ? - O Golpe no Golpe

Chamou a atenção do Brasil e do mundo, na noite desta sexta (9), a TV Globo detonando a quadrilha do PMDB — leia-se Michel Temer, Eliseu Padilha, Moreira Franco, Romero Jucá e Eunício Oliveira — que recebeu propina da Odebrecht. Mas, por outro lado, a emissora carioca preservou os políticos do PSDB também delatados pela empreiteira: José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves.

Você sabia disso ? - Reforma trabalhista de Temer, tira a obrigatoriedade do 13° salário e FGTS



Publicado em: 09/08/2016em: Mercado de Trabalho

Quando direitos garantidos em leis, vem a ser negociados sem CLT, o empresário paga se quiser

Do Plantão Brasil  

E como dissemos anteriormente, a classe média também irá pagar o pato, reportagem da Globo mostra isso

“BRASÍLIA – A proposta de reforma trabalhista que está sendo desenhada pelo Palácio do Planalto prevê a flexibilização de direitos assegurados aos trabalhadores no artigo 7º da Constituição Federal – que abrange um conjunto de 34 itens – desde que mediante negociações coletivas. Segundo um interlocutor, a ideia é listar tudo o que pode ser negociado para evitar que os acordos que vierem a ser firmados por sindicatos e empresas após a mudança nas regras possam ser derrubados pelos juízes do trabalho.

Farão parte dessa lista os direitos que a própria Constituição já permite flexibilizar em acordos coletivos como jornada de trabalho (oito horas diárias e 44 semanais), jornada de seis horas para trabalho ininterrupto, banco de horas, redução de salário, participação nos lucros e resultados e aqueles que a Carta Magna trata apenas de forma geral e foram regulamentados na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Estão neste grupo, férias, 13º salário, adicional noturno e de insalubridade, salário mínimo, licença-paternidade, auxílio-creche, descanso semanal remunerado e FGTS.

Já a remuneração da hora extra, de 50% acima da hora normal, por exemplo, não poderá ser reduzida porque o percentual está fixado na Constituição; licença-maternidade de 120 dias e o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo de no mínimo 30 dias também. Para mexer nesses direitos, é preciso aprovar uma Proposta de Emenda à Constitucional (PEC) – o que seria uma batalha campal no Congresso. Outros direitos como seguro-desemprego e salário-família, citados no artigo 7º, são considerados previdenciários e não trabalhistas e por isso, não poderiam entrar nas negociações.”

Na prática, tudo o que estiver na CLT poderá ser alvo de negociação. Há muitos penduricalhos que não aparecem na Constituição e são motivos de reclamações contantes, como por exemplo, o descanso para almoço de uma hora (se o empregado quiser reduzir o tempo e sair mais cedo, a lei não permite). Outros casos que poderiam ser acordados dizem respeito à situações em que o funcionário fica à disposição dos patrão, fora do expediente sem ser acionado e o tempo gasto em deslocamentos quando a empresa busca os trabalhadores – considerados hoje como hora extra.

SINDICATOS QUEREM MAIS PODER DE NEGOCIAÇÃO

A estratégia do governo é colocar na lei tudo o que pode ser negociado e deixar de fora o que não pode para evitar que a justiça trabalhista amplie a relação com novos direitos, inviabilizando assim qualquer acordo, explicou um técnico. Fortalecer a negociação coletiva é outro argumento do Executivo, diante de inúmeros casos em que o sindicatos e empresas fecham o acerto e depois os juízes do trabalho anulam, determinado o cumprimento da lei ao pé na letra e pagamento de indenizações.

– O projeto vai delimitar os parâmetros e limites da negociação coletiva, dando aos acordos força de lei. O foco é oferecer segurança jurídica na relação capital e trabalho – disse ao GLOBO o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que está discutindo o tema com as centrais sindicais.”

Notaram o que espera o povo?

A intelectualidade negra do Império

Maurício Puls | Revista Pesquisa Fapesp

Teixeira e Sousa (esq.) e Paula Brito: frequentadores dos círculos intelectuais do Império. © Biblioteca Brasiliana da Universidade de São Paulo e © Acervo do Real Gabinete Português de Leitura.

Você sabia disso ? - No MA, juiz perde voo e manda prender atendentes da TAM



O juiz Marcelo Baldochi, titular da 4ª Vara Cível de Imperatriz, deu voz de prisão, ontem (6), a três atendentes da TAM, após perder um voo da companhia.

Você sabia disso ? - PEC do Teto fere direitos humanos e vai prejudicar os mais pobres, dizem relatores da ONU



Especialistas da entidade questionam a decisão do governo de 'congelar o gasto social no Brasil por 20 anos'

Editorial - Mordaça na Escola - Revista Caros Amigos

Como diz o ditado, o ruim pode piorar. Assim, depois de um golpe, o Brasil assiste a muitos outros atentados, seja contra direitos e liberdades, ou contra setores que implicam em justiça e conquistas sociais, como saúde e educação públicas – quase todo dia um golpe dentro do golpe. Esta edição de Caros Amigos faz na reportagem de capa um balanço de um desses ataques, o projeto Escola Sem Partido (ESP), que faz parte de um pacote de projetos do governo golpista como a reforma do ensino médio ou mesmo a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela investimentos públicos. Um movimento que já produz estragos em todo País.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

‘É um grande passo assumir que o Brasil é racista’, diz Taís Araújo sobre redação do Enem

Em novembro de 2015 a atriz Taís Araújo foi alvo de comentários preconceituosos no Facebook, ao postar uma foto. Após o episódio, a atriz foi à polícia e escreveu em sua página na mesma rede social condenando a atitude e afirmando que não se calaria diante da discriminação: