Quando uma poesia me balança, tenho a impressão de que não há mais nada a ser dito
Às vezes odeio todos os poetas. Os que parecem já ter feito acordos com todas as palavras e expressões mais sublimes do mundo. Os que descreveram a natureza e falaram da paixão. Os que pensam em Deus de inúmeras maneiras e discorrem sobre sentimentos, como se morassem dentro da nossa alma, como se tivessem uma lente mágica, que enxerga nossas veias, desejos e através de nossas retinas. Esses que nos tiram do armário com um par de rimas, que deixam claro o quanto somos todos iguais justo quando, nos momentos mais íntimos, juramos ser os mais originais e únicos.