sábado, 25 de junho de 2016

Pânico nas redes sociais: Se “Bolsomito” não é invulnerável, nós também não


Leonardo Sakamoto 22/06/2016

Muita gente não se deu conta do impacto da decisão do Supremo Tribunal Federal que aceitou, nesta terça (21), denúncia de incitação ao crime de estupro e transformou o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) em réu em uma ação penal. Bolsonaro havia declarado, no Congresso Nacional, que não estupraria a deputada Maria do Rosário porque ela “não merece'', repetindo o conteúdo em uma entrevista.

Você está sabendo disso ? - CUT: Temer quer usar dinheiro dos trabalhadores para aliviar impostos da elite; será o fim do FAT


Temer quer acabar com FAT, que paga seguro-desemprego

Escola Sem Partido: Doutrinação comunista, Coelho da Páscoa e Papai Noel



Leonardo Sakamoto 24/06/2016

O bicho está pegando na educação. É tanto problema que você pode montar o seu combo: roubo de merenda, escolas ocupadas, universidades em greve (e quebradas), proposta de teto orçamentário ameaçando investimentos na área, Plano Nacional de Educação completando dois anos sem NENHUMA meta cumprida e por aí vai.

Academia Brasileira de Letras recebe cartas inéditas de Machado de Assis



Documentos foram doados pela família do acadêmico e crítico Jorge Veríssimo

Um pequeno tesouro literário, guardado com esmero durante quatro gerações, veio a público nesta quinta-feira (15). Dezenas de documentos, fotos e 61 cartas do crítico e acadêmico José Veríssimo, recebidas do escritor Machado de Assis, foram entregues pela família de Veríssimo à Academia Brasileira de Letras (ABL).

Machado de Assis - Quem é ?

Machado de Assis – Quem é?

Pergunta o funcionário da Santa Casa do Rio de Janeiro, instituição que administra o cemitério

Sindia Santos 17/06/2008 14:58, atualizada às 08/04/2012 18:50

Projeto de terceirização vai afetar 30 milhões de brasileiros, diz sociólogo

Professor associado do Departamento de Sociologia da USP, Ruy Braga afirma que a aprovação do projeto que facilita a terceirização significa na prática o fim da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e um aumento acentuado da taxa de desemprego. Do ponto de vista das contas públicas, a expansão da terceirização também será um desastre, pois as empresas do setor recolhem menos impostos. 

Crônica do dia - Ainda só preto, pobre, prostituta e petista

Se você colocar a frase “Preto, pobre, prostituta e petista” entre aspas e a jogar no Google, este link será o primeiro resultado. É de matéria publicada nesta página em 2013, por ocasião da prisão do ex-deputado pelo PT de SP José Genoino.

Crônica inédita de Machado de Assis em que ele chora a morte da mãe ....



Se o projeto “escola sem partido” vingar, o que será do ensino de literatura?



Se o questionamento da forma como compreendemos o mundo e a tentativa de compreender também o mundo do outro for passível de um processo judicial, o debate literário, por exemplo, estará fadado à condenação.

Por Francieli Borges, para Desacato.info.

Antigos fanáticos, motivados pelos mais torpes interesses próprios, objetivavam transformar os espaços de ensino em suas salas-de-estar, locais em que pudessem abertamente proliferar sentenças de ódio. É incalculável como essa educação que adestra ainda faz reféns. Melhoramos a passos lentos, mas sempre existem herdeiros, criaturas que se comprazem friamente em inutilizar o diálogo possível entre professores e alunos sobre os temas ligados à sociedade. Os entusiastas de tal projeto querem fazer crer que os esforços do pensamento não são necessariamente políticos – unicamente porque não é política como eles a compreendem, retrógrada e excludente, que modela o público a partir do privado. Tudo para que continuem maquinando seus objetivos danosos.

 Se o questionamento da forma como compreendemos o mundo e a tentativa de compreender também o mundo do outro for passível de um processo judicial, o debate literário, por exemplo, estará fadado à condenação.

Imaginemos a potência de crianças e adolescentes curiosos, inventivos e sonhadores, às voltas com obras nas quais os narradores, questionadores e corajosos, transmitam ideias que facilitem que esses estudantes se tornem tudo o que desejam se tornar. Há certa literatura cujos personagens parecem não ser criações de um cérebro humano, mas sujeitos irresistíveis que vivem conosco de mãos dadas, verdadeiros amigos, com eterno sorriso de sarcasmo, ironizando todos os ridículos da vida humana, lutando penosamente para vencer e adentrar lugares que injustamente nunca foram para os seus. Há uma possibilidade, uma via literária com a qual podemos nos identificar – às vezes está contemplada no espaço de uma biblioteca pública, até em um excerto descontextualizado de um livro didático – que é o núcleo irradiador de sentidos infinitos: estende-se a todos os tempos, todas as formas de existência, todos os povos. Em suma, o próprio medo de quem se pretende dono da verdade.

Confesso que ingenuamente cheguei a pensar que essas propostas de reprimenda escolar, inúteis e inacreditáveis, estavam completamente fora do seu tempo. E são, realmente, absurdas. Mas sempre haverá gente que não perdoará a audácia e as lentes de aumento de narrativas que pintem os políticos inescrupulosos, os padres devassos, os jornalistas vendidos, os homens misóginos; que escarneça os ideais ufanistas, as cinzas dos mártires trapaceiros; que troce a burguesia, a bandeira, o culto. Tais censores podem dificultar o ofício à primeira vista, sem saber que acabam sendo justamente o combustível da pilhéria do texto, do aluno, do professor. O ato literário sempre sobrevive porque se alimenta de quem pretende que ele fique abatido – se vierem ardidos qual pimenta, então, corre risco de virar um clássico. Se dizem que a história não perdoa, experimentem se meter com a literatura.