Raul Bopp nasceu no estado do Rio Grande do Sul, no distrito de Vila Pinhal, então pertencente ao município de Santa Maria, em 4 de agosto de 1898. Participou da Semana de Arte Moderna ao lado dos amigos ilustres, a pintora Tarsila do Amaral (1883-1973) e o escritor Oswald de Andrade (1890-1954).
Este Blog é uma ferramenta de trabalho do Projeto Espaço de Cultura desenvolvido e ministrado pelo professor José Henrique da Silva
segunda-feira, 9 de julho de 2018
Você sabia disso ? - Urucungo
Faz parte dos poemas considerado "negros", em que o poeta lança seu olhar rumo às questões relacionadas ao Brasil, sua formação e seu sincretismo racial. O espaço é dedicado à reflexão acerca da condição dos negros no país. Os poemas de Urucungo abarcam desde o início da escravização, a viagem nos navios negreiros, o trabalho nas fazendas e a migração em tempos de libertação para a margem das cidades, para os morros que se delinearam favelas. As histórias e as descrições que compõem esses poemas são em grande parte perpassados pela memória dos narradores que retornam pela contação ao passado anterior e atual à escravidão, sendo esse o toque original que o poeta dá a esse itinerário da condição negra. Raul Bopp explora as “solidões da memória/ coisas que ficaram no outro lado do mar”(BOPP, 1998.p.198), e assim como na memória os tempos e espaços se confundem, nos poemas os tempos da África vem visitar as fazendas e cidades, as lembranças marcam de forma mais aguda a dor pelas violências sofridas e a nostalgia percorre toda a narração, todo poema.
"Pai-João, de tarde, no mocambo, fuma
E as sombras afundam-se no seu olhar.
Preto velho afoga no cachimbo as lembranças dos anos de trabalho
que lhe gastaram os músculos.
Perto dali, no largo pátio da fazenda,
umbigando e corpeando em redor da fogueira,
começa a dança nostálgica dos negros,
num soturno bate-bate de atabaque de batuque.
Erguem-se das solidões da memória
coisas que ficaram no outro lado do mar.
Preto velho nunca mais teve alegria.
Às vezes pega no urucungo
e põe no longo tom das cordas vozes que ele escutou nas florestas africanas.
Dói-lhe ainda no sangue as bofetadas de nhô-branco.
O feitor dava-lhe às vezes uma ração de sol para secar as feridas.
Perto dali, enchendo a tarde lúgubre e selvagem,
a toada dos negros continua:
Mamá Cumandá
Eh Bumba.
Acubabá Cuebé
Eh Bumba."
Obra esta que só foi publicada pela insistência dos amigos Jorge Amado e Echenique. Bopp a eles enviou os poemas-negros juntamente com uma carta na qual fica expressa a decepção do poeta acerca da recepção de suas obras.
__
FONTE: http://www.blogtribuna.com.br/ ;
Artigo de Opinião - Tempos sinistros
O Brasil deixou de ser boa terra e tem negado o pão que mata a fome e o teto que agasalha. Em crises ética, política e econômica, sob recessão e desemprego, o Brasil tem no Rio de Janeiro a sua face mais perversa
Por Ruy Chaves Especialista em Educação
Artigo de Opinião - O ler, o Rio, a Biblioteca
Fica o apelo ao governo estadual que reabra, o mais cedo possível, o sonho do Metre Darcy Ribeiro. O sonho que virou sapo, que voltou a ser príncipe, há que persistir. Lanço daqui campanha pública para que o Rio retome a nossa Biblioteca
Por Ricardo Cravo Albin Presidente do Inst. Cultural Cravo Albin
Assinar:
Postagens (Atom)