domingo, 27 de dezembro de 2015

Quem são os Griots ?

Griot é como são chamados, em alguns povos da África, os contadores de histórias. Possuem uma função especial que é a de narrar as tradições e os acontecimentos de um povo. O costume de sentar-se embaixo de árvores ou ao redor de fogueiras para ouvir as histórias e os cantos, perdura até hoje. Os griots também são músicos e muitas vezes as narrativas são cantadas. O Império Mali, sob o comando de Soundjata Keita, por volta do século XIII confere importância notável a esses sábios. A construção da história de base oral é marca dos povos africanos antigos e o griot tem papel fundamental em sua estruturação.

Crônicas do Dia - O rito, a ressaca e a esperança - Ruth de Aquino

Adeus, ano legislativo de 2015. Agora, nós devemos cumprir nosso rito de verão com nossas famílias, em clima de paz e na maior leveza possível, respeitando as divergências e data venia, já que juízes, senadores e deputados decidiram manter o recesso e empurrar as grandes decisões para depois das festas de Momo. Não deveriam. O momento é grave e exigiria a volta dos trabalhos em janeiro, mas os Três Poderes ainda pensam que Deus é brasileiro.

Crônicas do Dia - Um convite ao riso - Yves de La Taille

Minha carta ao Professor consistirá em fazer-lhe uma proposta de um tema a ser trabalhado na sala de aula.

Crônica do Dia - As cidades e as árvores - Flávia Lins e Silva

Já pensou ir para a escola e comer frutas pelo caminho?

O programa que mais gosto é caminhar no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, cumprimentando as árvores como se fossem velhas amigas: “Bom dia, Dona Sumaúma. Como vai, senhorita Mangueira...”

Crônica do Dia - Como eliminar índios - Frei Betto

Método atual é o descaso do poder público, também conhecido popularmente como vista grossa

O DIA

Crônica do Dia - Da Amizade - Artur da Távola





Todo mundo adora falar bem da amizade, e com razão . Na essência, amizade é tão rara quanto possível profunda e redentora. Mas é frágil !!! A amizade é uma ligação que existe até ser posta á prova e quase sempre não resiste. Parece que é dos amigos que sempre se exige a perfeição. Amigo é o que não pode errar conosco .
         A amizade é a ligação que nasce da junção e atividade de quatro circunstâncias :
1.                 afinidade;
2.                 interesse comum;
3.                 expectativa ou esperança comum;
4.                 razões inconscientes ( necessidades psicológicas ).
O homem precisa da amizade, mas raramente sabe o que fazer com ela. Observo, ao longo dos anos, vendo amizades murchar; como se dá o fenômeno de junção ou coincidência dos quatro pontos acima citados e abaixo desenvolvidos.
Afinidade é uma adivinhação, um avanço dos mecanismos sub e inconscientes sobre a maneira de ser do próximo. É uma espécie de adiantamento de salário afetivo, percebido pelo outro numa fagulha de iluminação. É indispensável para o estabelecimento da amizade.
A palavra interesse é tida como maldita, porém não pode faltar quando se trata de amizade. E interesses os há de toda espécie. Dos nobres aos vis. Interesse comum é fundamental para o cimento, o fomento e o fermento da amizade.
Expectativa ou esperança comum é o outro ponto. Quem espera resultados idênticos; quem espera mudanças, quem vive com outrem uma esperança comum aos dois ( ou muitos ) , ou desfecho de negócios ou ideais ou propostas culturais ( tanto faz ) ; quem viaja junto e descobre afinidades; quem participa de movimentos afins; quem milita em qualquer organização destinada a salva os homens ou os países, vive maior possibilidade da amizade e esta cresce quando a espera propicia uma aproximação que muitas vezes a conquista ou a obtenção do almejado nem sempre mantêm.
Razões inconscientes ou necessidades psicológicas atendidas intuitivamente pela outra parte são determinantes profundas da amizade. Buscar no amigo a complementação de partes fracas ou mal desenvolvidas ( ainda que como tais desconhecidas ) é afã de todos. Tais razões e necessidades são, sempre, de difícil delimitação pois envolvem as fantasias mais obscuras de nossa mente. Mas selam amizades.
Basta que uma ou duas dessas categorias azedem ou infeccionem para que muda a circunstância determinante da amizade. Esta, até pode durar em nome da recordação do que foi, porém mesmo dizendo – se, considerando – se e sendo amigas, as pessoas nunca mais exercerão a amizade da mesma maneira. Haverá o sentimento , a recordação prazenteira, o reconhecimento das virtudes do outro, mas tudo eco, tudo passado, embora verdadeiro. O exercício da amizade não se fará igual. E sem exercício , a amizade é retrato da época ou saborosa saudade e não uma efetiva prática afetiva !
As pessoas tentam reter o tempo da amizade supondo que são amigas quando o correto é dizer que foram amigas sem que isso signifique que são inimigas.
Amizade é exercício das quatro precondições formadores da circunstância. Mudando a circunstância, as pessoas mudam , ainda que façam força para se manter amigas. São , apenas, ecos de amizade já vivida, um cansativo esforço de recordar sua vigência anterior.
Amizade, mesmo, no sentido em que a palavra amigo tem um radical de ama, de amor ( radical que lhe dá sentido oculto ) é aquela capaz de se manter quando muda a circunstância. Amizade é o afeto que não enfraquece quando os quatro pontos não mais coincidem . E esta é muito rara. Muito . Mas existe.
Amigo não é quem foi amigo. Amigo é quem está sendo amigo .