quinta-feira, 4 de maio de 2017

Você sabia disso ? - Baleia azul - O perigo está mais perto

Polícia Civil abre investigação para identificar origem, no Rio, do jogo que preocupa os pais

16/04/2017 
BRUNA FANTTI


Rio - A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) do Rio começou a investigar uma rede de cibercriminosos que convencem crianças e adolescentes a participar de um jogo chamado de Baleia Azul, que tem como objetivo final o suicídio. Nele, o jogador tem que cumprir 50 etapas, que vão desde a “assistir filmes de terror” a “desenhar com estilete uma baleia no braço”. A última regra seria tirar a própria vida. 

O DIA apurou que a polícia já investiga a tentativa de suicídio de uma menina de 12 anos, ocorrida no Rio, na última semana, que seria em consequência do jogo. 

Segundo a delegada Fernanda Fernandes, que temporariamente está respondendendo pela DRCI, já há um inquérito aberto na delegacia após uma mãe denunciar, na quarta-feira, que seu filho, de 12 anos, recebeu um desafio.

“Inicialmente, achei um fato atípico. Mas, depois que li as mensagens, percebi que havia um certo convencimento na linguagem utilizada. Se a criança é induzida a se cortar isso configura lesão corporal, já que o ‘curador’ estaria agindo por autoria mediata (domínio da vontade alheia), se utilizando do incapaz para a prática de crimes”, disse. 

Curador é como o recrutador do jogo se autodenomina. Segundo Fernanda, ele é o responsável por recrutar menores para o Baleia Azul e passar as tarefas diárias, realizadas na madrugada. 

Crônicas do dia - Carta á hebraica - Arnaldo Bloch

Carta à hebraica

Ter recebido palestrantes de esquerda não é desculpa para receber um apologista da tortura e do abuso

Artigo de Opinião - Mito, judeu pobre e holocausto

Por causa deles não se admite soberania nacional ilimitada capaz de negar os direitos mínimos de toda pessoa humana ou grupos minoritários

08/04/2017 
O DIA

Artigo de Opinião - Anjo azul - Eugênio Cunha

Infelizmente, mesmo com apoio de familiares e educadores, boa divulgação na mídia, além de uma lei federal garantindo direitos e políticas públicas, encontramos casos de discriminação, intolerância e de exclusão

08/04/2017 
O DIA

Artigo de Opinião - Na greve geral, ditadura escancarada

A crítica de que greve atrapalha as pessoas é hipócrita: greve é um instrumento constitucional de pressão dos trabalhadores. Greves que deixam tudo funcionar normalmente não adiantam

01/05/2017 
O DIA

Rio - A greve geral de sexta-feira foi histórica. Quase um terço dos trabalhadores do Brasil cruzou os braços em todo o país, e muitos foram aos protestos nas capitais. Atos recentes já vinham agregando setores mais amplos do que aqueles contra o golpe em 2016. Suas pautas, como os direitos trabalhistas e a preservação da possibilidade real de se aposentar, são mais concretas e motivam o engajamento também daqueles que não entendiam a gravidade de um impeachment sem motivo.

Os transportes foram drasticamente reduzidos ou paralisados, o movimento no comércio despencou, ruas ficaram às moscas no Centro de várias cidades. A crítica de que greve atrapalha as pessoas é hipócrita: greve é um instrumento constitucional de pressão dos trabalhadores. Greves que deixam tudo funcionar normalmente não adiantam.

Novamente, parte da imprensa manipulou a informação para reduzir o impacto do feito conquistado pelos manifestantes e negar sua legitimidade. Enfatizou a destruição de ônibus e vidraças de bancos, construindo a falsa narrativa de que a Polícia Militar apenas reagiu para proteger a sociedade de arruaceiros, e de que houve confronto entre dois lados. O que realmente ocorreu no Rio e em outros lugares foi um massacre. O ato organizado no Rio foi impedido violentamente já em seu início na Alerj.

Conforme os manifestantes, que apenas defendiam pacificamente seus direitos trabalhistas e previdenciários, iam para outras áreas do Centro, como Candelária, Cinelândia e Lapa, os policiais os seguiam, encurralavam, de tocaia, jogando gás, atirando balas de borracha. Lançaram bombas contra as pessoas até de cima do helicóptero.

Desde o golpe de 2016 o Brasil tem uma ditadura civil. Como a repressão não era forte, muitos recusavam chamar assim o governo, preferindo termos leves como “golpista” ou “ilegítimo”. Mas após o massacre de 28 de abril as máscaras da ditadura caíram. Quanto aos black blocs, mesmo discordando que seus métodos sejam os melhores, como dizer que estão errados e são os vilões quando o aparato de repressão policial ataca indiscriminadamente todos os que saíram às ruas para exercer seus direitos políticos?

Guilherme Simões Reis é professor da Unirio