sábado, 18 de junho de 2016

Você sabia disso ? - Festas Juninas

Neste mês de junho, ocorre a maior festividade do calendário escolar: as festas juninas. Aulas são interrompidas para o ensaio da quadrilha e os professores são convocados para as festas juninas. Para muitos alunos, a proximidade das férias torna o evento ainda mais excitante. E nós, professores de História, o que fazemos neste clima de festas juninas e de pouca concentração nos estudos? Propomos inserir essa manifestação da cultura popular no conteúdo escolar para compreendê-la como um objeto de estudo, isto é, analisá-la sob uma perspectiva histórica buscando seu significado mais profundo das festas juninas.

24 de junho, dia de São João Batista, o mais festejado santo católico entre nós, faz parte das chamadas festas juninas que, por homenagearem o santo eram chamadas, inicialmente, de festas joaninas. Festa do solstício de verão, 21 de junho, em Poznan, na Polônia quando milhares de balões são soltos. As origens das festas juninas remontam a um tempo longínquo, muito anterior ao cristianismo, quando se celebrava o solstício de verão na Europa e no Oriente Médio. Nesta ocasião, os povos de origem celta e germânica comemoravam a fertilidade da terra e dos animais e as boas colheitas. Por sua origem agrária, era (e ainda é) uma festa rural. Daí as festas juninas remeterem a elementos próprios do campo: as bandeirinhas são colocadas no “arraial”, os participantes usam trajes ditos “caipiras” e o local é decorado com bambus, palha, sabugos de milho, folhas de coqueiro e de bananeira. A Igreja apropriou-se das festas pagãs do solstício de verão dedicando-as a São João Batista. Convencionou o dia 24 de junho como sendo o nascimento de João Batista, seis meses antes de Jesus. Com isso reforçava a ideia do profeta e apóstolo como precursor do Messias. Cristianizou-se, assim, as duas comemorações mais populares dos povos pagãos do hemisfério norte: o solstício de verão e o de inverno consagrando-os, respectivamente, para o nascimento de São João e o Natal de Jesus.

Crônicas do Dia - Os privilégios dos servidores - Ruth de Aquino

Uma hora esta caixa-preta será aberta. O debate da Previdência Social já mudou as leis em vários países. Não há como nenhum Estado pagar aposentadoria integral de supersalários a funcionários e seus viúvos e viúvas e dependentes. Aposentadorias, pensões e benefícios pagos pela Previdência representam cerca de 20% dos gastos do governo. Vai piorar. Não dá.

Você sabia disso ? - Professor e a crise no ensino


Como efetivar o belo projeto da "pátria educadora" se na concretude política o professor se converteu em excluído social cujas demandas por reconhecimento não são atendidas pelo Poder Executivo?

Personalidades - Renato Noguera

Renato Noguera é professor adjunto de Filosofia do Departamento de Educação e Sociedade (DES), do programa de pós-graduação em Filosofia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), pesquisador do Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Leafro), e, do Laboratório Práxis Filosófica de Análise e Produção de Recursos Didáticos e Paradidáticos para o Ensino de Filosofia (Práxis Filosófica) da UFRRJ. Doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), suas investigações se concentram em três grupos de interesses, configurando as seguintes linhas de pesquisa: 1ª) Ensino de Filosofia e os conteúdos obrigatórios de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena (um projeto “guarda-chuva” que inclui pequenos projetos que dialogam entre si, tais como um que está sendo desenvolvido via Pibic/UFRRJ, orientação de iniciação científica, e uma pesquisa via Faperj para melhoria das escolas públicas no Estado do Rio de Janeiro. 2ª) Ética, Política e Subjetividade, tratando especificamente de racismo, biopoder, devir negro e diferença nas filosofias de Foucault e Deleuze. 3ª) Literatura, Musicalização e Relações Étnico-Raciais na Educação Infantil e do 1º ao 5º anos do Ensino Fundamental. Além da formação filosófica, Renato Noguera é marcado por dois signos fundamentais de algumas castas de sociedades ancestrais da África ocidental: foi circuncidado por sua avó materna e treinado na tradição griot por seu avô. Seu trabalho é abrir portas para a descolonização do pensamento, principalmente para a Filosofia africana.