quarta-feira, 26 de julho de 2017

Afinal, Monteiro Lobato era racista ou não ? - André Scharth



Está de volta a antiga polêmica, que a bem da verdade nunca sumiu, apenas deu uma esfriada. Seria Monteiro Lobato racista? As obras de Monteiro Lobato tem objetivo ou frases racistas?

terça-feira, 25 de julho de 2017

Crônicas do Dia - O caçador e seu troféu - Veríssimo


Crônicas do Dia - Por que ler Jane Austen ? - Julia Romeu

Nas comemorações dos 200 anos da morte da escritora inglesa Jane Austen (1775-1817), no último dia 18, teve de tudo: desde o lançamento de uma nota de dez libras com sua imagem na Inglaterra até um chá em sua homenagem na Confeitaria Colombo, no Rio, com direito a atores com roupas de época. Juntando-se a isso as inúmeras reedições, traduções, adaptações e continuações dos seis romances que Austen escreveu, fica provado que ela é a autora clássica mais popular da atualidade, com um fã-clube que rivaliza em tamanho e devoção apenas com o de seu conterrâneo William Shakespeare. Mas é justamente essa popularidade e a profusão de produtos com o nome de Jane Austen estampado que fazem com que alguns desconfiem da qualidade da obra da autora, muitas vezes considerada uma escritora menor de temas superficiais. Afinal de contas, por que ler Jane Austen?

Crônicas do Dia - A agonia de um velho amigo - Artur Xexéo

Olho para o telefone fixo e tento me lembrar qual foi a última vez que atendi à ligação de algum amigo

Crônicas do Dia - O arauto do desastre - Ruth de Aquino

“Estamos tratando com seriedade o dinheiro do pagador de impostos, disse o presidente Michel Temer ao anunciar o temível aumento de imposto que nos empobrecerá ainda mais. “São tantos feitos administrativos que a garganta acaba falhando”, afirmou Temer, emocionado consigo próprio. Criticou “os arautos do desastre”, que são todos aqueles que não vivem em sua ilha da fantasia. O impacto na bomba de gasolina é a pauta-bomba da semana.

Modelo de Redação - O voo do condor

O voo do condor

Desde a primeira fase do Romantismo, os poetas já buscavam a construção de uma identidade nacional, retratando em suas obras a extensão do território brasileiro, suas belezas e suas diversidades tendo como personagens principais o índio, o branco europeu e o negro, que trouxeram para o país suas culturas, crenças e religiões, evidenciando a mestiçagem do povo. Dessa forma, é incoerente pensar como um país tão miscigenado tem preconceitos históricos tão enraizados com a questão religiosa.

Pixação é vandalismo ?

Discutir sem preconceito é o ponto de partida para entender, junto com os adolescentes, essa forma gráfica de contestação

por: Renan Borges Simão

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Você sabia disso ?



Artigo de Opinião - Infância e consumo

Surge uma novidade simples, sem grandes apelos tecnológicos, mas com profunda empatia com o público infantil: o ‘hand spinner’, que tem deixado professores em polvorosa

30/06/2017 
O DIA

Crônicas do Dia - Conversa num barco encalhado - Fernando Gabeira

Na semana passada nosso barco encalhou perto da Baía dos Pinheiros, no litoral sul do Paraná. A maré baixou rápido e ficamos mais ou menos perdidos: só tínhamos as coordenadas e um rádio. Não havia o que fazer, exceto esperar a maré subir. Alguém me provocou: nosso barco está encalhado como o país.

O feitiço perdura











Revista Mundo Estranho

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Você faz faxina ?

“Hoje uma senhora me parou na rua e perguntou se eu fazia faxina...”. Mestranda, historiadora e professora responde de maneira precisa questionamento oriundo do nosso racismo institucional enraizado


Luana Tolentino, via Facebook

Você sabia disso ? - 30 anos sem Clementina de Jesus


Sambista que fez história ao unir no seu som o Brasil e a África, Clementina de Jesus partia há exatas três décadas. O POVO conversou com Hermínio Bello de Carvalho, "descobridor" dessa voz marcante

Crônicas do Dia - A culpa não é da mídia -


Na Antiguidade, havia reis que mandavam exterminar emissários da notícia ruim, depois de recebê-la, claro. Hoje, há quem gostaria de fazer o mesmo com os jornalistas


Zuenir Ventura, O Globo

E se Lima Barreto – o homenageado da FLIP este ano –, em vez de mulato, fosse preto?




Lima Barreto (1881 – 1922)

Esta pergunta, assim mesmo, gingada e rimada como num verso de samba, eu fiz, poucos anos atrás, numa reunião pública em que se discutia a presença do negro na Literatura Brasileira.

Você sabia disso ? - Valongo e barriga de aluguel

Dias atrás, líamos em O Globo artigo do escritor Dodô Azevedo defendendo a ideia de que o Cais do Valongo, agora reconhecido como “patrimônio da humanidade” pela Unesco, seria o “útero” do Brasil. Concordando em absoluto com os argumentos do articulista, tomamos a liberdade de acrescentar, aqui, nosso temor. De que, agora, a História afro-brasileira comece a servir de “barriga de aluguel” para a gestação, nesse útero, de ações e negócios contrários aos interesses dos descendentes, mesmo presumíveis ou simbólicos, dos infelizes desembarcados no sítio histórico agora celebrado.

Crônicas do Dia - Ler pra entender - Zélia Duncan

A internet mostra que o ser humano é muito mais falante e dono da verdade do que podíamos supor

Crônicas do Dia - Está prefeito, mas é pastor

Se as ruas do Rio enchem com bueiros entupidos e tiros ecoam pela cidade, Crivella vai cantar em Brasília
RUTH DE AQUINO

Resenhando - Neve na manhã de São Paulo

O final trágico de um romance entre o escritor Oswald de Andrade e a estudante Daisy Pontes mostra como os modernistas não conseguiram se livrar dos preconceitos do início do século XX
RUAN DE SOUSA GABRIEL

Quais expressões surgidas na Internet já estão no dicionário ?



Você sabia disso ? - Lima Barreto e o Racismo

Ainda estudante da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, onde entrou em março de 1897, o escritor mulato Lima Barreto desiste de participar de uma estudanta, ato de rebeldia dos alunos da escola de elite. Consciente do racismo, Lima explica em conversa com um colega o motivo que o levou a desistir de pular o muro em companhia de seus colegas para assistir a uma montagem da ópera Aída de Verdi no Teatro Lírico:

Por Fernando do Valle, do Zonacurva

“Todos haviam topado a estudantada. Todos, menos Lima Barreto. Este não tivera a coragem de pular o muro. Depois do ensaio geral, Nicolao Ciancio teve de ir sozinho para casa — a pensão de Madame Parisot. E ali chegando, cantarolando, como bom italiano, os últimos trechos de Aída, encontrou o amigo deitado, lendo. O diálogo que se seguiu e vai adiante transcrito foi reconstituído pelo próprio Nicolao Ciancio. Ei-lo sem alteração de uma vírgula:
 — Por que você não veio?
— Para não ser preso como ladrão de galinha!
— ?!
— Sim, preto que salta muros de noite só pode ser ladrão de galinhas!
— E nós, não saltamos?
— Ah! Vocês, brancos, eram ‘rapazes da Politécnica’. Eram ‘acadêmicos’. Fizeram uma ‘estudantada’… Mas, eu? Pobre de mim. Um pretinho. Era seguro logo pela polícia. Seria o único a ir preso”.
(extraído do livro A Vida de Lima Barreto, de Francisco de Assis Barbosa)
Afonso Henriques nasceu numa sexta-feira 13, a de maio de 1881, exatos 7 anos antes da abolição da escravatura, pobre, negro e alcoólatra, sofreu na pele as agruras do preconceito dos literatos, acadêmicos e jornalistas. Mas não se fazia de rogada, já na Politécnica, Lima escreve ácidos artigos na revista universitária A Lanterna, onde não poupa os vaidosos professores sob o pseudônimo de “Momento de Inércia”.
Em seu diário íntimo, Lima frequentemente desabafava sempre o mesmo como um mantra: “é triste não ser branco”. Da sua revolta, nasceu uma literatura voltada para os personagens do subúrbio. Também praticou um jornalismo de resistência como na pequena Revista Floreal. No primeiro número da revista, Lima escreve que a publicação era “contra o formulário de regras de toda sorte, que nos comprimem de modo tão insólito no momento atual”.

O primeiro número da revista vendeu apenas 38 exemplares, a Floreal não passou do quarto número. Foi ali que Lima publicou trechos de uma de suas obras mais contundentes,Recordações do Escrivão Isaías Caminha (1909), que narras as agruras de um jornalista negro e pobre no início de carreira. O livro é brutal, um grito contra a hipocrisia e um ataque aos medalhões da imprensa. Sem dúvida, o livro foi baseado na experiência de Lima no jornal Correio da Manhã. Antes do Correio, em 1903, Lima teve uma péssima experiência na Revista de Época, onde se viu obrigado a tecer loas a alguns políticos, pediu demissão. Dois anos depois, a partir de abril, escreve reportagens para o Correio da Manhã.
“Não obedeço a teorias de higiene mental, social, moral, estética, de espécie alguma. O que tenho são implicâncias parvas; e só isso. Implico com três ou quatro sujeitos das letras, com a Câmara, com os diplomatas, com Botafogo e Petrópolis; e não é em nome de teoria alguma, porque não sou republicano, não sou socialista, não sou anarquista, não sou nada; tenho implicâncias. É uma razão muito fraca e subalterna; mas como é a única, não fica bem à minha condição de escriba escondê-las” (Lima Barreto).

Com 22 anos, Lima tornou-se copista da Secretaria de Guerra, onde redigia minutas e avisos e copiava decretos. Trabalhou lá por 14 anos. Mas era nos cafés que Lima mantinha contato com artistas, escritores e políticos. Por lá circulavam também as cocotes, mulheres francesas com certa sofisticação cultural, no romance Vida e Morte de M.J. Gonzaga de Sá, Lima escreve que elas tinham como missão “afinar a nossa sociedade”, abrutalhada por séculos de escravidão.

Em seus textos jornalísticos, considerados precursores do jornalismo literário no país, Lima critica aspectos da vida social e política brasileira, desafia os cânones literários e esboça uma precursora visão anti-imperialista em relação aos norte-americanos:
“Não dou cinquenta anos para que todos os países da América do Sul, Central e o México se coliguem a fim de acabar de vez com essa atual opressão disfarçada dos yankees sobre todos nós; e que cada vez se torna intolerável” (trecho de um dos textos jornalísticos de Lima Barreto, reunidos no volume Marginália).

Atrás da acidez e da combatividade, escondia-se um ser melancólico que encontrou no álcool seu refúgio, que o matou aos poucos. Lima deixou de frequentar os cafés e passou a beber cada vez mais nos botequins por volta de 1911. Muitas vezes, depois de várias doses de cachaça, era encontrado por amigos dormindo na sarjeta. Chegou a ficar dois meses internado em um hospício quando perdeu o controle de seu vício. Morreu jovem, com apenas 41 anos, em 1 de novembro de 1922.

Com apenas 7 anos, Lima foi levado pelo pai à missa campal para a celebração da Abolição da Escravatura. Mesmo sem compreender exatamente a importância daquele momento, a boa energia da festa ficou marcada em sua memória. Em 1911, Lima escreveu na Gazeta da Tarde: “fazia sol e o dia estava claro. Jamais, na minha vida, vi tanta alegria. Era geral, era total; e os dias que se seguiram, dias de folgança e satisfação, deram-me uma visão da vida inteiramente de festa e harmonia”. Lima lutou toda uma vida em busca daquela harmonia, fruto de uma autêntica esperança de uma convivência mais fraterna.

https://www.geledes.org.br/a-revolta-do-escritor-lima-barreto-contra-o-racismo/#gs.GX9H908



Crônica do Dia - Barganha

Com todo o alarido em torno da sentença do Lula, deu-se pouca atenção a outra decisão envolvendo o ex-presidente na semana passada, a do procurador federal desqualificando a delação do ex-senador Delcídio do Amaral, que o citava.

terça-feira, 18 de julho de 2017

Você sabia disso ?



Artigo de Opinião - Um balde de água frica


 (Por Professora Alessandra Vieira)


Os nazistas mantinham os judeus em fome constante. Assim, os judeus se ocupavam apenas de uma única tarefa durante o dia todo: procurar alimento, sobreviver, matar a fome imediata e urgente. Não tinham tempo e nem energia para organizar conspirações, rebeliões e planos de fuga. A vida se resumia a uma luta individualista, egoísta e solitária pela mera subsistência.

domingo, 9 de julho de 2017

"Vai bater tambor?", empresa Vivo discrimina trabalhadora umbandista e a demite

A ex-funcionária adepta da umbanda, religião de matriz africana, trabalhava na telefonia de celular Vivo. Ela diz que foi demitida após entrar em depressão e processou a empresa após gravar áudios com as provas da discriminação. Esse é um dos 36 casos de intolerância religiosa registrados pelo Ministério Público da Bahia, desde janeiro desse ano.

Você sabia disso ? - Perseguição silenciosa de Crivella à cultura negra impede samba da Pedra do Sal - Juan Dias

Foi informado através da página do facebook da roda de samba da Pedra do Sal que o evento dessa segunda feira (3) não aconteceria parcialmente por causa do mau tempo mas principalmente por causa da ação da Guarda Municipal do bispo-prefeito Marcelo Crivella. Tudo na suposta defesa do ordenamento público na região da Gamboa e do Largo da Prainha. Em vista da ofensiva da Guarda Municipal os organizadores da roda de samba cancelaram o evento da segunda feira e declararam no facebook que “Visando evitar problemas para o samba e moradores, prejuízos para o comércio local e, exposição de violência ao nosso público, decidimos, há pouco, cancelar nosso evento dessa segunda feira dia 03/07/2017”.


quinta-feira, 6 de julho de 2017

Artigo de Opinião - A escola é inconstitucional

A Prova Brasil verifica se os alunos de quinto e nono anos do Ensino Fundamental desenvolveram as habilidades e competências esperadas em Língua Portuguesa e Matemática para esses estágios de escolaridade

domingo, 2 de julho de 2017

Artigo de Opinião - Um balde de água fria - Professora Alessandra Vieira




Os nazistas mantinham os judeus em fome constante. Assim, os judeus se ocupavam apenas de uma única tarefa durante o dia todo: procurar alimento, sobreviver, matar a fome imediata e urgente. Não tinham tempo e nem energia para organizar conspirações, rebeliões e planos de fuga. A vida se resumia a uma luta individualista, egoísta e solitária pela mera subsistência.

Artigo de Opinião - As escolas brasileiras ainda vão pedir para alunos comparecerem fantasiados de negros. Por Donato

Menos de um mês após uma escola particular no Rio Grande do Sul ter promovido um convescote com o tema ‘Se nada der certo’ na qual alunos debocharam de profissões menos ‘nobres’ como faxineira ou gari, não ocorre ideia mais brilhante para um outra escola do que organizar uma bizarra festa que pedia a alunos virem fantasiados de ‘favelados do Rio de Janeiro’.´