quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Editorial do Jornal O Debate - Saúde

Pode até ser clichê, mas a sequência de denúncias e reclamações que se propagam pelas redes sociais, nos últimos dias, evidenciam o estado crítico em que se encontra a gestão da rede municipal de Saúde, um sinal de que os efeitos da recessão econômica nacional são potencializados na rotina do cidadão carente.

Caro e complexo, o sistema de assistência médica do município requer, por ano, mais de R$ 500 milhões para sustentar uma cadeia que conta com
hospitais de média e alta complexidade, unidades
de emergência, postos de saúde e polos da Estratégia da Saúde da Família (ESF).


Referência para cerca de meio milhão de pessoas que vivem na região do 'Emirado do Petróleo' fluminense, a rede pública municipal de Saúde requer também alta capacidade de gestão, seguindo o principio básico da assistência social, ou seja, a prevenção.
Relatos da falta de materiais e de profissionais para atendimento no HPM refletem um processo de reestruturação que rede municipal passa desde o ano passado. Algo que precisa ser muito bem explicado pelo governo, que se retrai diante de qualquer questionamento.
O processo seletivo preparado pela gestão municipal há dois meses já previa a substituição de profissionais contratados, e que exercem papel fundamental no cotidiano de atendimento de milhares de pessoas que acessam a rede pública.
Porém, muito mais que substituir pessoas capacitadas e já acostumadas com a rotina peculiar na Saúde local, o processo seletivo acabou criando um ‘impasse gigante’, por conta da intervenção da Justiça ao questionar a sustentação dos argumentos que levaram à realização do certame que reuniu quase 20 mil candidatos.
Por ora, resta ao governo tentar amenizar as coisas, redefinindo a posição dos profissionais que ainda restam na gestão pública, e que não são poucos. É necessário também informar e dialogar com a sociedade, garantindo que medidas estão sendo tomadas para contornar os problemas e garantir que a solução será imediata.
Diante de todas as situações encaradas pela cidade
nos últimos anos, a Saúde não pode ser mais um serviço sucateado por uma crise que está difícil de passar.

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