Como amplamente divulgado, estamos quase certos de que 2016 morrerá amanhã
29/12/2016
O DIA
Rio - Como amplamente divulgado, estamos quase certos de que 2016 morrerá amanhã. Claro que tudo continuará como antes, e 2017 também vai fazer vítimas — a começar pelo povo brasileiro, sentindo cada vez mais fundo as consequências de uma crise que já vem de longa data e tem tudo para se esparramar pelos próximos anos. Pelo menos vamos virar o disco e parar de repetir que 2016 está sendo isso, aquilo, etc. Encheu.
Acho até que ficar remoendo as más notícias ajuda muito a deixar o clima cada vez mais pesado. Os assuntos acabam sendo superdimensionados ou, pior, não morrem. E assim vamos falar, mais uma vez, de pequenas tragédias que saturam a nossa santa paz de cada dia. E como as opiniões abundam, ninguém se entende, todos discutem, as posições vão ficando cada vez mais radicais, as agressões ficam mais visíveis, e a vaca se encaminha para o brejo.
A culpa é da imprensa, dizem. Não mais. Talvez fosse assim quando ela pautava os assuntos a serem discutidos. Hoje já não funciona mais dessa maneira. A velha imprensa, agora, está na mão de cada um de nós. Se temos acesso à internet e a ferramentas como Facebook e Twitter, resta-nos, então, uma grande responsabilidade: levar nossa palavra a sério. Isso implica algumas tarefas um tanto incomuns, como manter a conversa em alto nível, desprezar fofocas, checar as informações antes de repassá-las adiante e embasar as próprias opiniões em dados, não em achismos. Muita gente cobra essas posições da imprensa, mas não percebe que também faz parte desse processo e acaba contribuindo para o caos.
Enfim, fica aí uma reflexão para 2017. Na medida do possível, não sou de ditar muitas regras, mas tenho sentido que, às vezes, não custa nada levantar essa discussão. De qualquer maneira, vamos festejar. Essa é a boa deste fim de semana. Vamos comemorar enquanto estivermos vivos.
Vale, a propósito, seguir o exemplo do amigo Julinho Barroso, um dos sujeitos mais articulados que conheço. É um cara com experiência de vida, ótimas ideias, bons contatos em todos os cantos deste e, quiçá, de outros planetas. A partir da semana que vem, o Julinho começará a promover um ano inteiro de festividades para marcar o que está chamando de jubileu, ou seja, meio século de uma vida deveras agitada. A cada três meses ele vai promover um festão para tocar a contagem regressiva para seus 50 anos, em janeiro de 2018. É ou não é uma boa ideia a ser seguida? Pois é nesse clima que a coluna agradece a atenção dos leitores, deseja a todos um feliz ano novo, com muita, muita saúde. É o que interessa.
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