quarta-feira, 8 de junho de 2016

Artigo de Opinião - Indigência moral e o caos administrativo de Temer


Temer montou um ministério branco, misógino, machista, incompetente e cujos expoentes não passariam em um teste básico de consulta à folha corrida policial


O DIA
Rio - A indigência moral e o caos administrativo do governo interino de Michel Temer em breve completará um mês. Neste curto espaço de tempo o Brasil sofreu duros retrocessos sociais e avançou, de forma contundente, na imoralidade como tônica, refletida em uma montagem de ministério cujos líderes são velhos conhecidos representantes de oligarquias regionais, notórios na pilhagem sem cerimônias do patrimônio público.

Temer montou um ministério branco, misógino, machista, incompetente e cujos expoentes não passariam em um teste básico de consulta à folha corrida policial. No MEC, é estarrecedor que o ministro interino tenha tido — entre tantos notórios vultos da Educação e Pedagogia nacional — o disparate de receber uma pauta anacrônica apresentada por Alexandre Frota, tétrico exemplar do machismo ignorante e da violência contra a mulher. 

A extinção dos ministérios do Desenvolvimento Agrário, da Cultura (recriado depois), da Política sobre as Mulheres, dos Direitos Humanos e da CGU são exemplos da total incapacidade e irresponsabilidade administrativa de Michel Temer.

As pastas desenvolviam políticas públicas de relevo e, por meio de atos normativos atabalhoados, foram extintas ou fundidas. Como consequência, a paralisação de programas importantes nessas áreas, com prejuízos incalculáveis para a população.

O Ministério do Planejamento, entregue a Romero Jucá que já se anunciava um acinte à moralidade, ruiu como um castelo de cartas pela sua própria verborragia golpista e criminosa. Cunha, o outro pilar de sustentação do golpe de Temer, foi afastado, tardiamente, pelo STF.

A incapacidade de Michel Temer liderar um país em crise é manifesta. Aos poucos, a sociedade brasileira se dá conta de que o impeachment foi uma farsa arquitetada em convescotes imorais, por representantes do que há de pior na política nacional. E os senadores e senadoras terão a oportunidade de corrigir o erro histórico cometido contra a democracia. Se não o fizerem, o povo o fará nas ruas.

Wadih Damous é deputado federal pelo PT

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