segunda-feira, 26 de março de 2018

Você sabia disso ?

A Semana de Arte Moderna representou uma verdadeira renovação artística na linguagem, na busca pela experimentação, na liberdade criadora e uma ruptura com o passado. A arte passou a ser modernista. Representou o espírito de uma época disposta a apresentar novas ideias e conceitos. A poesia deixou de ser apenas escrita e passou a ser também declamada; a música passou a ser apresentada também em concertos ao invés de ser unicamente orquestrada com sinfônicas; e as arte plásticas ganharam maior visibilidade sendo exibidas em telas, esculturas e maquetes arquitetônicas, com desenhos arrojados e modernos.


O período foi marcado pela inovação e ruptura de paradigmas, tudo proposto era buscando a quebra com que já estava estabelecido e uma tentativa de propor o novo.

Participaram da Semana nomes consagrados do modernismo brasileiro, como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Plínio Salgado, Anita Malfatti, Menotti Del Pichia, Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos,Tácito de Almeida, Di Cavalcanti entre outros, e como um dos organizadores o intelectual Rubens Borba de Moraes que, entretanto, por estar doente, dela não participou.

Na ocasião da Semana de Arte Moderna, Tarsila do Amaral, considerada um dos grandes pilares do modernismo brasileiro, se achava em Paris e, por esse motivo, não participou do evento.

Também conhecida como Semana de 22, apesar de ter acontecido em três dias, a Semana de Arte Moderna de 1922 aconteceu no Teatro Municipal da cidade de São Paulo. O evento foi desde a pintura e escultura até a música e poesia, passando também pela literatura, servindo como um divisor de águas na arte e cultura brasileira, marcando o início do modernismo brasileiro e acabou virando uma referência cultural do século XX.

"A PERFEITA DEMONSTRAÇÃO DO QUE HÁ EM NOSSO MEIO EM ESCULTURA,
ARQUITETURA, MÚSICA E LITERATURA SOB O PONTO DE VISTA
RIGOROSAMENTE ATUAL"

Era como informava o Correio Paulistano, órgão do partido governista paulista, em 29 de janeiro de 1922.

A Semana de Arte Moderna de 22 ocorreu em um período de grandes turbulências no Brasil. O contexto político, cultural e socioeconômico estava passando também por uma grande reviravolta, o país estava em uma fase de transição, saindo da República Velha e abraçando o capitalismo moderno, que era bastante influenciado pela cultura europeia, principalmente dentre a elite paulistana. Essa influência europeia misturada com o sentimento nacionalista acabaria sendo um ponto comum nos trabalhos da semana de 22.

Uma verdadeira necessidade de se atualizar e mostrar que o Brasil era capaz de ter uma cultura tão rica quanto a que havia sido vista e apreciada no velho continente.

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