domingo, 26 de fevereiro de 2017

Editorial - Praga de Mota Coqueiro ?



Em pleno Carnaval não são todos que estão entregues ao ócio para a folia de Momo
O país em crise econômica, política e social, iniciada lá em 2013, continua fazendo estragos e são muitas as empresas, grandes e pequenas, que continuam fechando as portas, contribuindo para aumentar o número de desempregados que já ultrapassa os 13 milhões de pessoas - em sua maioria, jovens entre 18 e 29 anos. 
Macaé, cidade que teve todas as oportunidades para crescer ordenadamente e poderia ser nos dias atuais modelo para outros municípios, ficou com a fama exatamente ao contrário. Ninguém quer ter Macaé como exemplo, pois os últimos gestores não souberam fazer o dever de casa, e agora a população está pagando um preço alto por falta absoluta não só de políticas públicas, mas de planejamento para continuar alguns benefícios sendo revertidos para os contribuintes que pagam bem caro os impostos e taxas. 
No entanto, ninguém parece ver que o dinheiro escoa pelo ralo. Antes de 2008, empresários de olho no futuro projetaram também o município de Macaé para tal. Tivesse o porto planejado para ser construído em São José do Barreto dado resultado naquela ocasião, talvez nos dias de hoje a cidade não estaria como está, ou seja, relegada ao abandono. Pior de tudo, é que não se conhece a curto, médio ou longo prazo quais são as perspectivas para a cidade. Os exemplos de Brasília que, em efeito cascata, acabam disseminando para os municípios brasileiros, parecem  ter encontrado eco no município que carece de representação. 
Diariamente, através da mídia, emissoras de rádio, TV, jornais e redes sociais, embora a internet não seja um território livre como alguns possam imaginar - não são poucas as pessoas que reclamam dos serviços de saúde, educação, transporte, meio ambiente, desemprego, e por aí vai. Até a praga de Motta Coqueiro, pelo menos admitindo - se que tenha chegado ao fim nos idos de 1955,  parece perdurar até hoje. 
Pode ser que algo mude,  mas, por ora, está sendo para pior. E, para consolo de muitos, nada melhor do que o Carnaval para "esfriar a cabeça" 


Editorial do Jornal O Debate - 25 de fevereiro de 2017. 

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