quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Crônicas do Dia - Pedradas e mimos -

Aldir Blanc, O Globo

Como palhaços, acho Piolim, Carequinha e Arrelia muito superiores aos clowns D’Artagnanpropanolol e Bozzoclaybon, do Gran-Circo Moro. Treme-Temer foi mentir na ONU, enquanto seu cúmplice, o ridículo Beddell V. Lama, se pronunciava de forma “personalíssima” a favor do Caixa-2, o que é inacreditável. Como diria o Verissimo, “só no Brasil”.


O juiz Moro, em mancada histórica, prendeu Mantega, que acompanhava grave cirurgia da esposa. Logo depois, o magidesastrado, que o bando Bloomberg considera o “10º homem mais poderoso do mundo”, revogou a prisão devido ao “infortúnio”. Infortúnio é ter um juiz que não enquadra ChikunCunha e sua federer esposa.

Se o tribuno se desse ao trabalho de ler a magnífica reportagem (O GLOBO, 12/06/ 16) de Renata Izaal, a dupla cecê estaria em Kudumundo faz tempo. Sobre o pacote para “oportunidade de negócios” do governo temeroso, falei com meu velho e querido amigo Chico Alencar. Já que o PT não consegue nomear um único tesoureiro honesto em décadas, sou PSOL desde menino (nunca fui Garotinho, que já está dividindo secretarias com o universal pastor Crivella).

Minha família e eu estamos com Freixo e Tarcísio e não abrimos. Chico não é homem de meias palavras e chamou a mutreta de “estelionato”. Aprendeu sinceridade com o saudoso Paulo Emílio, que nos apresentou numa Tijuca sem grades e sem balas perdidas achando cabeças de crianças. Dá-lhe Chico! Pedras na gangue Temer, Beddell, Eliseu Quadrilha, Rameiro Juquenga, Moreira “Angorá” Franco...

Temer falou em “extraordinária estabilidade”. No momento em que escrevo, 20 estados pedem nas ruas sua saída — e o presiprótese Rodrigo Laia bate boca com o ministro do trabáio Ronaldo Bobeira. Ainda sobre “oportunidade de negócios”, a Bayer comprou a Monsanto por 66 bilhões de dólares, uma graninha de escândalo tucano no reinado FHC.

A Bayer fez parte da IG Farben, que colaborou com o nazismo, produziu o gás Zyklon B para assassinar milhões de judeus e empregou cerca de cem mil trabalhadores escravos, que só paravam quando caíam mortos, por orientação do “bondoso” Speer, hoje considerado grande gestor. Alguns diretores da IG Farben foram presos no pós-guerra.

Só uns sete foram condenados a sentenças de 1,5 a 8 anos. Esse parece ser o modelo para os trabalhadores brasileiros sem direitos, CLT, FGTS, 13º etc. Sempre digo que meu repórter esportivo favorito é Victorino Chermont, o nota 10. Tiago Maranhão, do SporTV, está com 9,99. Conciso, imparcial e muito importante, sem nenhuma banca, é um craque.

Coragem, Tiago, porque é um meio bem tumultuado...

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