Com todo o alarido em torno da sentença do Lula, deu-se pouca atenção a outra decisão envolvendo o ex-presidente na semana passada, a do procurador federal desqualificando a delação do ex-senador Delcídio do Amaral, que o citava.
Segundo o procurador, Delcídio envolvera Lula apenas para valorizar sua delação ao barganhar sua recompensa. O que deve ter levado muita gente a imaginar quantas delações foram feitas com o mesmo fim. Pela importância do delatado se calculando o prêmio pela delação.
O coitado do Temer tem muito o que explicar, e não só aquela mala recheada de dinheiro, mas quem pode dizer se as revelações dos irmãos Batista não foram feitas para lhes garantir a mãe de todos os prêmios, a impunidade total, já que o delatado era nada menos do que o presidente da República?
Quanto vale, para a barganha, um presidente — ou um ex-presidente?
Talvez nenhuma outra delação tenha sido fictícia como a do Delcídio e todos os outros delatores delataram pelo amor à verdade e à pátria. Mas como distinguir o que era ficção e o que não era?
Um teste para descobrir se uma lei trabalhista nova é boa para o trabalhador ou não é saber se a Fiesp gostou.
A Fiesp amou a nova lei trabalhista.
Trabalhadores perderam vários direitos, e seus representantes acuados no Congresso conseguiram manter outros a duríssimas penas.
Mais um resoluto passo das relações sociais no Brasil de volta ao século XIX, que a Fiesp também ama.
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Contam que o Temer flagrou o Rodrigo Maia vestindo a faixa presidencial.
— Pô, Maia!
— O que, Temer?
— Você com a faixa presidencial atravessada no peito!
— Faixa presidencial? Me disseram que era a do Vasco!
Veríssimo
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