Na década de 1960, o movimento hippie apareceu disposto a oferecer uma visão de mundo inovadora e distante dos vigentes ditames da sociedade capitalista. Em sua maioria jovens, os hippies abandonavam suas famílias e o conforto de seu lar para se entregarem a uma vida regada por sons, drogas alucinógenas e a busca por outros padrões de comportamento. Ao longo do tempo, ficariam conhecidos como a geração da “paz e amor”.
Este Blog é uma ferramenta de trabalho do Projeto Espaço de Cultura desenvolvido e ministrado pelo professor José Henrique da Silva
sábado, 10 de novembro de 2018
Artigo de Opinião - Moro e o Estatuto da Magistratura
A Constituição diz que a República Federativa do Brasil constitui-se em Estado Democrático de Direito. Democrático porque legitimado pelo povo e de Direito porque pautado pela ordem jurídica. O povo pode fazer tudo o que a lei não proíbe. Mas os agentes públicos somente podem o que a lei determina. Diz ainda que são independentes e harmônicos, entre si, os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Pela independência, os Poderes funcionam sem subordinações entre si. A harmonia decorre do exercício por cada qual das competências que lhes são exclusivas, sem adentrar na área do outro.
Crônicas do dia = A culpa é dos outros
Rio - Um pensamento (encapetado) das antigas garantia:
"O diabo quando não vai manda o secretário".
No inferno em que habitamos (sinto decepcioná-los), o mensageiro tem outro status. Quando não vai, o que quase sempre acontece, o tinhoso-teimoso-raivoso manda um ministro - às vezes um angorá, às vezes um pitbul. E aí, para se manter fiel aos métodos da liderança, vai e faz (ou fala) a bobagem que quiser. Invariavelmente, vai um primeiro, para esclarecer, e não consegue; o outro depois, para confundir mais ainda.
Em seguida, um bota a culpa no outro, fica o dito por não dito e vida que segue desgovernada, atropelando a população, o contribuinte, os mais necessitados. Estejam ou não com as carretas e caminhões de entrega em movimento.
A culpa é do outro. O inferno são os outros. Pimenta no dos outros. Cuido de mim e o outro que se exploda.
Quem é o outro?
Como o enxergamos?
E o que ele representa, de verdade?
O outro nos mete medo, por isso o satanizamos.
Em conto antológico, o mestre Rubem Fonseca põe no centro de sua narrativa um executivo de empresa bem posto na vida, sentindo-se "perseguido" por um homem que vive a lhe abordar nas ruas e a pedir dinheiro. Na imaginação da personagem, os pedidos se transformam logo em chantagem, depois em ameaças. Ele vê o seu "perseguidor" como um inimigo perigoso, assustador, fisicamente enorme e de face monstruosa.
É aí que entra a paranoia nossa de cada dia. Acuado pelo pavor "do outro", o executivo resolve eliminá-lo a tiros. Só quando a vítima cai no chão, ensanguentado e morto, vê-se que se trata de uma figura minúscula, nada ameaçadora, frágil e imberbe, quase um menino.
Reconheço que a crônica desviou-se em seu propósito primeiro. Prometeu mundos e fundos e não fez a devida entrega. Isto porque, na verdade, fundos não possuía - o que fazem a toda hora os atuais secretários do diabo.
Mas com certeza estou isento de culpa, pois quem me desviou foi o outro.
Luís Pimentel é jornalista e escritor
Crônicas do Dia - Não nos livre dos livros
Rio - Os obstáculos ao se estimular os livros para a nova geração, em especial após o advento da internet, são imensos. Os apelos de um novo tipo de leitura em tópicos, mais rápida e condicionada ao entra e sai nos sites eletrônicos de textos curtos e múltiplas imagens fotográficas e vídeos, são sedutores. Há a tendência em se acumular informações, nem sempre elevando essa carga ao status do conhecimento. O tempo adquiriu uma instantaneidade nova, a que não se lamenta por existir como característica, mas se legitima posto que "sobrevivemos" virtualmente devido a ela.
Você sabia disso ? - 20 de Novembro
No Brasil, a data é celebrada no dia 20 de Novembro. Tem o intuito de fazer com que as pessoas reflitam sobre a inserção dos negros em nossa sociedade. Esse dia foi escolhido em homenagem a Zumbi dos Palmares, um personagem que dedicou toda a sua vida na luta contra a escravidão, bem no período em que o Brasil ainda era uma colônia.
Crônicas do Dia - Excludente de ilicitude, um (triste) romance
Rio - "Meu marido estava sentado na porta de casa, com o nosso filho no colo. Conversava com dois irmãos dele, enquanto embalava o menino, que tinha a cabeça encostada em seu peito e as pernas estiradas no seu colo. Os policiais passaram na frente da casa, de carro, e acharam que o meu marido tinha no colo um fuzil. Acreditam? Confundiram a criança de menos de um ano com fuzil. Então atiraram nele. Meu marido caiu morto prum lado e o bebê caiu chorando pro outro. E agora, o que vou dizer para o meu filho quando ele crescer? Como explicar que o pai dele foi atingido por um tiro quando o segurava no colo?"
Assinar:
Postagens (Atom)