terça-feira, 20 de setembro de 2016

Você sabia disso ?

Memórias Póstumas de  Brás  Cubas foi  publicado por Machado de Assis  em 1881 é considerado  um dos  marcos  do  Realismo  brasileiro.  O protagonista, Brás Cubas, informa ao leitor que  narrará suas  memórias de  modo  pouco  habitual e apresenta-se: “[…] não sou  propriamente  um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a  campa foi outro  berço”. O que significa ser um “defunto autor”? Machado de  Assis exige  perspicácia de  seu  leitor e  brinca com a língua portuguesa ao apresentar este insólito personagem. O autor defunto é aquele que faleceu deixando  como   legado  toda a sua obra;  o defunto autor torna-se, na brincadeira machadiana, escritor depois  de  morto.

Como  bom narrador,  Brás Cubas  preocupa-se  com a  recepção de  sua   obra e escreve um prólogo  ao  leitor para dizer que é  uma “obra de finado”. 

O escritor Machado de Assis, no entanto,  deixa claro que Memórias talvez   não seja  bem recebido  pelos  leitores do  Romantismo e tampouco pelos adeptos do  Realismo  que  começava:
Escrevi-a com a  pena da galhofa e a tinta da  melancolia, e não é  difícil antever o  que poderá sair desse conúbio. Acresce que a  gente grave achará  no livro umas aparências de  puro romance, ao  passo que a gente  frívola não achará nele  seu  romance usual; ei-lo aí,  fica privado da estima dos graves e do amor dos  frívolos, que são as duas colunas máximas de opinião. […] Se te agradar, fino  leitor, pago-me da tarefa; se não   te agradar, pago-te com  um piparote, e adeus.

Em  2001,  foi   produzido   o   filme  homônimo  com  Petrônio Gontijo e Reginaldo  Farias no  papel principal.  No elenco estavam  também Marcos Caruso, Sônia  Braga, Walmor Chagas e  Otávio  Muller.  A direção era  de  André Klotzel.

Ficha técnica:
Tempo de duração:  102 min.
Gênero: comédia
Ano de lançamento: 2001
Estúdio: Europa  Filmes

http://conversadeportugues.com.br/2011/01/memorias-postumas-de-bras-cubas/

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