sexta-feira, 10 de julho de 2020

Você sabia disso? - Racismo, poder e dinheiro explicam tentativa de ocultar nome da patroa da mãe de Miguel

Por  and  em 05/06/2020, 07:15.

OAB acompanhará inquérito

Sobrenomes de poder e dinheiro

Caridade para o Tennessee


Na manhã de quinta-feira, depois de uma enxurrada de comentários, questionamentos e xingamentos, tanto o prefeito de Tamandaré quanto a acusada Sarí Gaspar Côrte Real desativaram suas redes sociais. No perfil de Sarí, a publicação em modo público mais recente era ela solicitando doações a um hospital no lugar de presentes para o aniversário dela no ano passado. Mesmo sendo primeira-dama de uma das cidades com menor salário médio do estado, foi para um hospital nos Estados Unidos, o St. Jude Children’s Research, de Memphis, no Tennessee, que Sarí pediu as doações.
A ausência dos nomes dos patrões nas primeiras publicações e a retirada dos perfis do ar não adiantaram muito. O caso da morte de Miguel teve uma imensa repercussão nacional. Em um momento em que a luta contra o racismo causa protestos nos Estados Unidos e em capitais do Brasil, além de grande comoção nas redes sociais, a morte da criança entrou forte nesta discussão. Artistas e personalidades com milhões de seguidores se pronunciaram nas redes sociais pedindo por justiça, a exemplo das cantoras Anitta, Ludmilla e Iza.

A ativista Luisa Mell, com mais de quatro milhões de seguidores no Instagram, divulgou a manifestação que acontece hoje, às 15h, em frente às Torres Gêmeas. “Me ajudem a não deixar essa mulher ficar impune, porque ela é rica e influente”, escreveu. Ela foi além da postagem: entrou em contato com a família de Miguel e se ofereceu para pagar um advogado.

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