Os Zulus são povos que vivem onde hoje se encontra a África do Sul, Lesoto, Suazilândia, Zimbábue e Moçambique. Antigamente, mantinham formas de sobrevivência baseadas em guerras. Lutaram, por exemplo, contra a invasão dos britânicos e dos povos Bóeres, ainda no século XX. Hoje em dia, o poder político dentro da tribo funciona de forma restrita.
Em síntese, o povo Zulu corresponde a um total de 23,4% da população da África do Sul. Isso significa, aproximadamente, 44,3 milhões de pessoas. São um grupo hegemônico, falam o isiZulu, idioma mais falado no país depois do inglês. Nos outros países africanos, a população dos Zulus correspondem a um toral de 400 mil pessoa.
Um dos costumes cultivados pelos Zulus se refere ao fato dos homens da tribo terem mais de uma mulher. Assim, os homens podem ter quantas mulheres quiserem, desde que possam sustentar cada uma delas. Além disso, uma das formas de medir a riqueza dos homens é observando a quantidades de vacas que dispõe.
Os Zulus, antigamente, eram um clã fundado por Zulu kaNtombhela. Assim, quando Chaka, em 1816, se tornou chefe da tripo, as ordens foram para que o poder se expandisse para outras tribos e clãs. Dessa forma, formou-se o Império Zulu.
Entretanto, a tribo não possuía um exército, muito menos armas e poderio de guerra. Assim, como líder do clã, Chaka organizou formas de treinar e armar os guerreiros da tribo. Dentre os armamentos feitos para os combates estavam grandes escudos produzidos a partir de camadas de pela de vaca. Após treinamentos que incluíam pisar em espinhos, os guerreiros estavam prontos para os enfrentamentos.
Assim, os Zulus se tornaram rápidos e silenciosos em seus ataques, pegando os inimigos de surpresa. Entretanto, a força adquirida pela tribo não foi suficiente para enfrentar os holandeses e ingleses. Assim, em 1887, o povo Zulu foi dominado pelos britânicos que invadiram a Zululândia.
Um dos costumes mais cultivados pelos Zulus está no fato de terem uma refeição e todas as pessoas comerem no mesmo prato. O costume simboliza amizade, partilha e reciprocidade entre os povos da tribo. Além disso, o trabalho fica por conta das mulheres que produzem cerveja, artesanato e comida.
Ainda em relação à mulheres, existe uma divisão feita para identificar as virgens, comprometidas e as casadas. Assim, as mulheres virgens andam com o peito nu, as comprometidas usam uma espécie de top de miçanga. Enquanto isso, as casadas cobrem o corpo com top maior, saia até o joelho e chapéu.
Um ponto interessante é que, antes do casamento, o casal se comunica por meio de um colar de miçangas, denominadas “Love Letter”. Assim, cada miçanga possui uma cor diferente, simbolizando a mensagem que deseja ser passada. Além disso, o ato de se beijar não é praticado pelos Zulus.
Em relação à maneira de se vestir, animais como a cabra e vaca são utilizados para fornecer as vestimentas. Assim, peças de roupas são fabricadas a partir da pele desses animais que, depois de elaboradas, passam a ser finas e confortáveis.
A miçanga é um artefato bastante utilizado pelos Zulus. Com elas produzem desde vestimentas, artesanato e até a utilizam como forma de escrita. Dessa forma, as miçangas simbolizam para esse povo o ato de “falar”. Nesse sentido, as cores representam diferentes significados. Assim, para representar o amor utilizam o branco, o vermelho é a inspiração e o amarelo representa a saudade.
Em relação à religião os Zulus acreditavam em diversos deuses. Entretanto, não possuem uma religião específica e não são adeptos do Cristianismo. Isso porque, acreditam que as ideias desenvolvidas dentro da religião é fortemente influenciada pela política. Hoje em dia, é possível ver o comunismo como a ideologia seguida por eles.
Para a cultura africana, a dança é uma forte representação cultural. Os povos africanos, em especial os Zulus, utilizam desse meio artístico na caça, guerras, casamentos, trabalho e em comemorações consideradas mais simples. A dança sempre está presente.
Assim, para os Zulus a dança significa, além de um rito, conquista, alegria, vitória. Além disso, faz parte de cerimônias fúnebres e em exorcismos. Dessa forma, a dança faz parte de todas as formas de expressão da tribo, sendo, cada uma delas, representação de alguma mensagem.
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