A ex-funcionária adepta da umbanda, religião de matriz africana, trabalhava na telefonia de celular Vivo. Ela diz que foi demitida após entrar em depressão e processou a empresa após gravar áudios com as provas da discriminação. Esse é um dos 36 casos de intolerância religiosa registrados pelo Ministério Público da Bahia, desde janeiro desse ano.
Por um ano e meio ela foi discriminada no trabalho, que começaram depois que sua chefe assumiu o cargo e duraram até sua demissão. A funcionária conta, que quando pedia para usar o banco de horas para sair mais cedo, sua chefe perguntava se ela ia “bater tambor”.
Depois que percebeu os motivos do assédio e da discriminação, a advogada decidiu gravar áudios de conversas com a chefe para embasar a denúncia. Em uma das conversas, a advogada diz: "Jure pela sua mãe que você não falou que macumba não dura para sempre, que você estava se aliando a uma pessoa errada. Jure!". A chefe responde: "Eu falei. Eu juro que isso aconteceu!".
A Vivo, que recentemente recebeu uma grande quantia do governo de Temer para pagar suas dívidas, não comentou sobre o caso, nem muito menos assumiu uma postura de defesa da funcionária. Enquanto nos é oferecido um serviço de péssima qualidade na telefonia, os casos de assédio e exploração só aumentam nas empresas, que serve para encher os lucros dos patrões.
http://www.esquerdadiario.com.br/Vai-bater-tambor-empresa-Vivo-discrimina-trabalhadora-umbandista-e-a-demite
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