segunda-feira, 25 de abril de 2016

Instituto defende que Jair Bolsonaro seja expulso

21/04/2016 

Entidade classificou deputado, que exaltou a ditadura e a memória do coronel Carlos Brilhante Ustra, durante votação do impeachment, de 'uma figura abjeta'


ESTADÃO CONTEÚDO
Brasília - O Instituto Vladimir Herzog defendeu, em nota, que os deputados federais expulsem “de seu convívio” Jair Bolsonaro (PSC-RJ). No domingo, o parlamentar, durante votação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, na Câmara, exaltou a ditadura militar e a memória do coronel reformado Carlos Brilhante Ustra, morto no ano passado e que foi chefe do Doi-Codi de São Paulo, um dos mais sangrentos centros de tortura do regime militar.

“Aos deputados federais – todos eles, de todos os partidos, seja qual for o lado em que estiveram na votação do último domingo – incumbe expulsar de seu convívio, imediatamente, uma figura abjeta como essa, que faz a apologia do crime covarde que é a tortura”, afirmou o Instituto.

Ustra comandou o Doi-codi entre 1971 e 1974. Nos últimos anos, procuradores da República em São Paulo vinham tentando processá-lo por tortura e morte de vários militantes que foram encarcerados nas dependências daquela unidade militar do antigo II Exército em São Paulo. Há sete anos, Ustra é declarado torturador pela Justiça, após decisão do TJ de São Paulo.

Durante a votação do impeachment, Bolsonaro disse. “Perderam em 1964, perderam agora em 2016. Contra o comunismo, pela nossa liberdade, contra o Foro de São Paulo, pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff, pelo exército de Caxias, pelas Forças Armadas, o meu voto é sim.” Na nota, a entidade manifestou “sua indignação contra essa abominável pregação”.

Jornal O Dia

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