Rio - Muita gente tem me perguntado o que eu espero para o ano que vem. Diante do processo de distorção da realidade em que vivemos, resolvi me afastar um pouco dela e tentar fazer algumas relações inéditas entre o que diz a Numerologia para o ano que se aproxima e os desafios que a Educação tem pela frente. Não sou místico, tampouco conhecedor da Numerologia. Foi apenas a forma que encontrei de buscar referenciais para estruturar e planejar o ano que se aproxima e pautar minhas expectativas sem cair no pessimismo crônico, mas escapar do frenesi infundado.
De acordo com a Numerologia, 2019 será simbolizado pelo Número 3 (2 0 1 9 = 12. Reduzindo a um só algarismo: 1 2= 3). Será o ano da confiança e da busca por experiências que nos proporcionem mais prazer e crescimento. Logo, será um ano para vencer desafios, o que exigirá de nós uma predisposição maior para arriscar e com isso, vencer medos e incertezas. Nesse processo, perceberemos a importância da inspiração. E podemos descobrir o que nos inspira, percebendo o que nos motiva. Será um ano que exigirá não apenas que perguntemos o que queremos ou desejamos, mas acima de tudo, o que nos entusiasma, o que nos faz vibrar de alegria e empolgação. A resposta deverá indicar o nosso caminho em 2019. Em função de tudo isso, o ano que vem será um ano de emoções intensas.
Talvez possamos começar nos perguntando o que nos guiou até a Educação. Qual é a nossa inspiração básica naquilo que fazemos? Que momentos nos entusiasmam em nosso dia-a-dia? Em que medida a minha empolgação pode existir como fruto isolado do meu trabalho? Não estamos aqui fazendo a apologia do isolacionismo, nem reforçando a falácia do trabalho de formiguinha. Estou tentando achar apoio existencial para o ato de educar. Estou convocando cada educador para retomar sua essência de automotivação e construir uma teia energizante com outros educadores igualmente dispostos.
O ano de 2019 só terá sentido se desenvolvermos nosso potencial de automotivação. Se estabelecermos micro conquistas em nosso dia-a-dia e vencermos desafios diários contra nossos medos e incertezas. Se não tivermos no macroambiente nossa fonte exclusiva de inspiração, mas reforçarmos nossas pequenas certezas no ato de encaminhar uma criança, um jovem ou um adulto rumo à aprendizagem. Que possamos poder acreditar com fé no que diz a Numerologia.
Júlio Furtado é professor e escritor
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