terça-feira, 13 de setembro de 2016

Passeando pelo Rio de Janeiro com Machado de Assis



Machado de Assis detestava a estátua de Dom Pedro I, localizada na Praça da Constituição, atual Praça Tiradentes. Ele dizia achar um absurdo homenagear um imperador que abandonou o Brasil para voltar para Portugal, deixando seu filho pequeno para governar o país. A estátua foi construída a mando de D. Pedro 




A Livraria Garnier, na Rua do Ouvidor, era um dos locais prediletos de Machado de Assis. Era lá o local de encontro com seus amigos e com o seu editor. O escritor também frequentava todo o entorno da Academia Brasileira de Letras. Para Daniela Name, idealizadora do aplicativo "O Rio de Machado", o romancista tinha um mapa do Centro na cabeça.





Machado foi morar no Cosme Velho porque adorava passear nas Paineiras. Outro ponto que ele frequentava era o Largo do Machado. A única coisa para a qual ele franzia a testa era a Matriz de Nossa Senhora da Glória. Machado dizia que arquitetura era tão horrorosa que as autoridades deveriam se envergonhar. Ele até abaixava a cabeça quando passava lá.







A Glória na época de Machado de Assis era um dos bairros mais nobres da cidade. Era lá onde ficavam as embaixadas. Em "Dom Casmurro", Bentinho e a Capitu moram no bairro e observam o mar da janela de sua casa. O Parque do Flamengo foi aterrado somente nos idos de 1960.







Importante destino de lazer do carioca no final do século XIX, a Praia do Flamengo correspondia à Copacabana do século XX. Mas, para Machado de Assis, a orla do bairro serviu de cenário para a morte de Escobar, amigo e antagonista de Bentinho em “Dom Casmurro”. O bairro também serviu de inspiração para "Memorial de Aires", o último livro dele.

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